Estou me remoendo de ciúmes

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Erling Braut Haaland

Ellie saiu apressada depois do treino, ela parecia desconfortável com alguma coisa e eu queria saber o que era.

- E aí? - Grealish parou ao meu lado enquanto eu me vestia. - Já contou pra Ellie que estão livres da megera?

- Já. - Afirmei.

- E o que ela disse? - Insistiu.

- Ela ficou feliz, obviamente. - Resmunguei. - Mas, tem algo a incomodando.

- E tem haver com você?

- Ainda não sei. - Terminei de me vestir. - Vou levar ela pra casa, vamos conversar.

- Se precisar de alguma coisa, é só ligar. - Ele apertou meu ombro e saiu.

Segui meu caminho até a sala dela, mas ela não estava lá, então peguei o caminho para o refeitório, pra ver se a encontrava por lá. No entanto, não foi preciso, escutei a voz dela e a de Ethan, estavam conversando no corredor, em frente a sala dele. Juro que não queria ter ouvido a conversa, eu só pretendia esperar até que ela me notasse e nós iríamos pra casa, mas, não consegui lidar muito bem quando percebi que ele estava se declarando pra ela. Quase fiquei cego de tanta raiva.

- Erling, vamos. - A voz de Ellie parecia distante, eu só conseguia prestar atenção no idiota com a maior cara lavada na minha frente.

- Eu deveria..

- Não deveria nada! - Ellie me interrompeu.

- Eu não queria te causar problemas, Ellie. - Ethan disse, tentando parecer inocente, mas eu conheço o tipo dele, faz cara de santo mas não me engana.

- Não causou. - Respondi. - Não pra ela.

- Vamos! - Ela me puxou pelo braço e eu me deixei ser arrastado. - Deu pra me seguir agora?

- Eu estava te procurando. - Corrigi. - Você foi atrás dele?

- Eu não ia conseguir ficar tranquila se não esclarecesse as coisas com ele, tá legal? - Se justificou e eu sabia que era verdade.

- Então o problema dele é que está apaixonado por você? - Eu ri e Ellie parou de andar, me encarando com uma cara nada boa.

- Eu tenho culpa, por acaso? - Retrucou, percebi que ela estava nervosa e com os olhos cheios de lágrimas. Ellie não gosta de ver ninguém mal, ainda mais quando o motivo, de certa forma, é ela.

- Não estou dizendo isso. - Senti meu coração pesar quando vi sua carinha triste. - Você ficou ainda mais preocupada.

- Eu queria saber o que ele tinha. - Suspirou. - Eu não achei que as meninas pudessem ter razão.

- O que eu perdi? - A encarei.

- Eu tenho muita coisa pra te contar. - Disse baixinho. - Mas eu quero ir pra casa.

- Porquê eu suspeito que não vou gostar nadinha do que vou ouvir? - Segurei sua mão e peguei sua bolsa, pendurando no meu ombro, entrelacei nossos dedos.

Yuànfèn - Erling HaalandOnde histórias criam vida. Descubra agora