Cap 25

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Cap 25 

Por Alec 

Mandei preparar o jatinho enquanto a Ivy estava comendo e recebi uma ligação da recepção dizendo que Salvatore Gambino está no hotel e exige falar comigo. 

Meu sogro queria subir,provavelmente para ficar cara a cara com a Ivy,mas não permiti. Apesar de saber que ele não fez nada do que é acusado, não acho prudente deixá-lo no mesmo ambiente que minha esposa. 

Atualizei a Ivy sobre o assunto,contei que ia falar com o Salvatore e pedi que ficasse no quarto até receber a liberação para irmos pro campo de voo pegar o jatinho. E surpreendentemente,ela não discutiu,só acenou com a cabeça e disse que vai se arrumar. 

Deixei o John vigiando a porta e usei o elevador privado para descer. Quando cheguei ao bar,não demorei a encontrar o capo Gambino. 

— Alec - meu sogro cumprimenta com alegria. 

— Fiquei surpreso quando soube que estava aqui - comento. 

— Também fiquei - ele retruca. 

Me sento na cadeira ao lado do capo e recuso a oferta do garçom que serve uma dose de conhaque para meu sogro. Está muito cedo para beber e tenho uma mulher para cuidar. 

Salvatore aparenta tranquilidade,o que me leva a acreditar que talvez não saiba o que realmente aconteceu. Ele deve ter vindo por outra razão,não pelo suposto envenenamento. 

— Vamos viajar ainda hoje. Estou esperando o jatinho ficar pronto - conto. 

— Imagino que a Ivy esteja indisposta,já que não me deixou subir - Salvatore comenta. 

— Ela está ótima. Está se arrumando - respondo. 

— Claro…a noite deve ter sido longa - o capo brinca. 

— O que veio fazer aqui,Salvatore? Sei que não é por preocupação com a Ivy - falo com seriedade. 

— Sei que tem total capacidade de cuidar da sua mulher - ele garante - só vim buscar o que é meu. 

— Que seria…

— O lençol com o sangue dela. Pretendo exibir a prova de pureza da minha filha para a Família - ele responde. 

— Talvez você não tenha esse conhecimento, mas nem todas as mulheres sangram quando perdem a virgindade - comento,tento manter a calma. 

— Quando é feito direito,tem a prova - ele retruca. 

— Está questionando a forma com que transo com minha mulher? - questiono com irritação. 

— Só quero a prova,Alec. Ivy é minha filha e esse lençol é meu por direito - o capo fala no mesmo tom. 

— Você não vai pegar lençol nenhum e não vai chegar perto da Ivy. Não existe direito ou tradição no que fez quando entregou sua filha pra minha Família - respondo. 

— Mantive essa piranha virgem por todos esses anos e não vou sair daqui sem a porra do lençol - ele declara com firmeza. 

Encaro bem os olhos do desgraçado e vejo muita raiva,muito orgulho. Ele não está aqui pela prova de virgindade,mas sim para constranger ainda mais a Ivy. 

Não é pela Família,é vingança. 

Também não deixo de me perguntar de onde veio toda essa coragem de repente. Há alguns dias,o Salvatore estava com o rabinho entre as pernas e com a língua bem guardada. 

Mas não importa. 

Ele é um capo das cinco. É poderoso,rico e tem sua força,mas não é páreo para mim. 

A Esposa Do DiaboOnde histórias criam vida. Descubra agora