Cap 43

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Cap 43

Por Alec 

Resolvi mimar um pouco a Ivy depois da noite incrível que ela me proporcionou ontem e,depois de um dia fazendo tudo o que ela mais gosta,a trouxe para um restaurante que adoro. 

Nos divertimos juntos,gostei de saber mais sobre ela e sua vida antes do casamento. Apesar de ter crescido cheia de regras e limitações,a princesa da Cosa Nostra se virou bem. 

Ela é forte. 

Ivy tem uma capacidade impressionante de virar a seu favor um jogo que estava totalmente perdido. 

Acabei de abrindo também,contei um pouco sobre minha infância e sobre meu pai - assunto que costumo evitar a todo custo - mas com a Ivy é impossível não falar. Ela me deixa confortável e sempre deixa a conversa leve. 

Agora estou esperando minha esposa voltar do toalete. Pretendo levá-la para passear um pouco na praia e lhe dar uma jóia que comprei antes do casamento,um colar que tenho certeza que ela vai adorar. 

A não ser que tenha fugido pela porta dos fundos. 

Já tem alguns minutos que a morena saiu e ainda não voltou. Já paguei a conta e só estou esperando seu retorno para poder seguir com meus planos. 

Será que aconteceu alguma coisa? Sei que a Ivy provavelmente ia retocar a maquiagem,talvez o perfume,mas está demorando demais. 

Estou prestes a ir ver o que diabos aconteceu no banheiro quando meu celular toca e o nome da minha esposa aparece no visor. 

— Sei que adora aventuras,Lilith. Mas logo o restaurante vai fechar e acho que não dá tempo de uma rapidinha no banheiro - provoco. 

— Não sou mulher de rapidinhas,Alec - minha esposa retruca. Sua voz chama atenção,está fraca demais. 

— O que aconteceu,Ivy? Onde está? - pergunto com preocupação,já levantando e quase derrubando a cadeira. 

— No banheiro feminino. Preciso de ajuda - ela responde. 

— Estou indo - anuncio. 

Apresso o passo em direção aos toaletes e tento não parecer desesperado demais. Não sei o que aconteceu com a Ivy,então é melhor não chamar atenção dos outros clientes. 

Não demoro a chegar no corredor e tenho uma sensação horrível ao ver uma placa amarela, alertando que o cômodo está em manutenção,em frente ao banheiro feminino. 

Avanço na maçaneta,desesperado pra encontrar a Ivy e,ao abrir a porta,me surpreendo com o que vejo. 

Me surpreendo e me assusto. 

Ivy está parada diante do espelho,pressiona uma toalha branca sobre o supercílio que jorra sangue e a expressão em seu rosto demonstra dor. 

Conforme meus olhos vão descendo pelo corpo dela,vejo que o vestido também está manchado com o líquido vermelho. A pele tem feridas e marcas rosadas,os pés estão descalços e…

Porra,tem uma poça de sangue sob os pés dela! 

Sigo o rastro até um corpo masculino caído perto de uma das cabines. A pele já está pálida,os olhos ainda estão abertos e o sangue escorre de um ferimento no pescoço,onde o salto alto da Ivy está cravado como uma faca afiada. 

— O que…o que aconteceu aqui? O que esse filho da puta fez com você? - pergunto. O ódio na minha voz só não é maior que nos olhos da Ivy. 

Me aproximo da minha mulher e coloco a mão na toalha que ela pressiona na tempora. Com muito cuidado,assumo o controle e tento limpar o excesso de sangue para conseguir ver a ferida. 

A Esposa Do DiaboOnde histórias criam vida. Descubra agora