Cap 33

125 5 0
                                    

Cap 33

Por Alec
Depois de me dar a noite de sexo mais deliciosa que já tive,Ivy adormeceu nos meus braços,ainda na varanda.
Não foi a primeira vez que tirei a virgindade de alguém,mas é a primeira em que estava totalmente lúcido e consciente do quão marcante essa noite teria que ser.
E foi.
Ivy estava ansiosa,um pouco assustada,mas é uma mulher confiante e me deu liberdade para cuidar dela. Ela confiou em mim e retribui esse voto lhe dando dois orgasmos.
Pretendia não causar dor,imaginei que ela estaria lubrificada o suficiente para evitar o desconforto, mas mesmo depois de gozar,provavelmente por causa do nervosismo e por nunca ter sido penetrada antes,a invasão não foi bem aceita no início.
Mas em momento algum minha esposa quis parar. Ela continuou firme e,em poucos minutos - os mais difíceis de toda minha vida -,se acostumou com meu tamanho e voltou a sentir prazer.
Ela é muito mais apertada e mais macia do que imaginei,tanto que fiquei preocupado em acabar traumatizando a garota. Mas a sensação de entrar nela,de sentir aquela buceta se abrindo e se moldando a mim…Isso não tem preço. Foi a melhor coisa que já senti na vida.
Só eu sei o quão difícil foi ficar parado,esperando a Ivy se adaptar e torcendo para que as lágrimas em seus olhos não começassem a escorrer pelo rosto. Tive uma ponta de pânico naquele momento,pensei que ela ia pedir para eu me afastar e sair correndo.
Todo meu autocontrole valeu a pena e gozei tão gostoso que finalmente,depois dias,meu pau está mole.
Aliás,meu pau e tudo o resto porque estou me sentindo novo em folha,totalmente relaxado e plenamente saciado.
Acabei pegando no sono também e acordei já de manhã,com o sol batendo no meu rosto.

— Que merda - murmuro e sinto os olhos ardendo por causa da claridade.
O céu está ficando alaranjado e o sol brilha sobre as águas tranquilas do mar. Algumas poucas nuvens deixam a vista ainda mais espetacular.
Mas não tão espetacular quanto a que tenho bem aqui,nos braços.
Como está de costas para o amanhecer,a luz não incomoda a Ivy,que permanece dormindo como um anjo.
Seus cabelos estão espalhados sobre meu peito, meu braço e o sofá. Os cílios compridos tocam as maçãs do rosto e as feições delicadas estão relaxadas.
Ivy é linda demais.
O nariz arrebitado é delicado,as sardas mínimas são encantadoras e dão um ar sobrenatural a ela e os lábios carnudos são tão atraentes que,se alguma divindade realmente existe,deve tê-los desenhado.
Olhando assim,nessa luz,com essa paz,Ivy está mais para uma fada do que para a mulher sexy e provocante que é quando acorda. Ela é pequena, tem o corpo magro e é tão delicada.
— Minha - sussurro e me inclino para dar um beijo no rosto dela.
Ivy vira um pouco mais e se aconchega em mim, provavelmente à procura de mais calor.  O corpo nu está gelado e me surpreende.
Devia tê-la levado pro quarto assim que voltamos a respirar normalmente. Na verdade,devia tê-la levado antes,para ficar confortável e quentinha na nossa cama.
Me levanto devagar,com muito cuidado para não acordar minha esposa e a pego no colo. Ivy é levinha e não tenho dificuldade em carregá-la até o quarto.
Coloco minha mulher na cama e ela resmunga baixinho antes de se aconchegar nos travesseiros. Aproveito para esticar o edredom e cobrí-la.
Depois de me certificar que a morena dorme com tranquilidade e confortavelmente,volto para a varanda e pego nossos celulares.
Um olhar rápido para o sofá e vejo uma mancha de sangue pequena,já seca. Do outro lado,uma taça de vinho está tombada e o líquido também mancha o estofado.
A imagem me leva de volta há dois anos atrás,ao momento em que acordei ao lado da Sophia depois de uma bebedeira e,apesar de não lembrar de nada,sabia que tinha feito merda.
Sophia sempre teve uma paixonite por mim e nunca fez questão de esconder,mas como ela era um membro da Família,filha do subchefe e ótima opção para um casamento arranjado,não a levei a sério.
Um dia tive uma discussão séria com meu pai e saímos no soco. A coisa foi tão grande que o antigo capo foi parar no hospital. E eu,como o imbecil que era,fui para a boate e bebi tanto que esqueci até meu nome.
Quando acordei no dia seguinte,morrendo de dor de cabeça e com uma ressaca desgraçada,vi que tinha uma mulher ao meu lado.
Uma mulher nua.
A filha do subchefe do meu pai.
Ela despertou sorridente,me deu um beijo e disse que tinha sido a noite mais linda da vida dela. Eu não lembrava de nada.
Não lembro até hoje.
A coisa ficou mais séria quando ela contou que era virgem - a mancha de sangue no lençol era prova suficiente - e,como estava noiva de Kai Colombo,eu teria que fazer alguma coisa.
Consegui enrolar e atrasar o noivado por meses e,quando meu pai morreu,rompi o compromisso e fiz da Sophia minha amante.
Sei que ela merece mais,mas não posso e nunca quis lhe dar isso. Estava prometido a Ivy e só ela tem poder para me levar onde quero.
Afasto da mente a lembrança do rosto arrasado da Sophia quando anunciei que ia realmente me casar com a Ivy e volto para o agora,para o presente.
Nunca fiz promessas infundadas ou declarações de amor à minha amante. Ela sempre soube que não passaria de sexo casual e que teria que viver nas sombras.
Pego meu celular e abro as mensagens que a Sophia mandou. Ela está desesperada para sair de casa,quer saber como estou e quando vou voltar para os seus braços.
Com um suspiro,respondo dizendo que estou bem e que só volto no mês que vem. Mas não digo que vou encontrá-la e nem retribuo as milhares de mensagens dizendo que está com saudade.
As vezes me sinto culpado por ser um babaca com ela,mas somos adultos,cacete. Ela sabia o que esperar e eu sabia o que ia acabar partindo o coração dela.
E agora tem a Ivy…
Minha esposa é a maior inocente nessa história toda e não tem nem ideia do que realmente existe entre a Sophia e eu. Não é justo traí-la e nem jogá-la nessa confusão,mas que escolha eu tenho?
Poderia terminar com a Sophia e sei que seria a coisa certa a fazer,mas também não parece justo. Ela me adora,se sacrificou por mim,aceita todas as migalhas que dou com um sorriso no rosto.
E porra…Ela é gostosa demais!
Sou um canalha e tenho certeza que um dia essa conta vai chegar.
Mas enquanto não chega,aproveito minha lua de mel ao lado da mulher mais surpreendente que já conheci.
Volto para dentro,sento na poltrona perto de uma das janelas e pego meu notebook. De repente me deu vontade de comprar um presente para a Ivy.
Aliás…um,não. Dois.
Abro um app de compras na internet e procuro por algo que minha esposa citou mais cedo,de brincadeira,mas que chamou minha atenção. Tenho certeza que ela vai gostar e que vou ganhar pontos,já que as mulheres adoram ter a impressão que estamos ouvindo cada detalhe do que falam.
Ivy é uma mulher forte e impressionante,diferente de tudo o que já vi,mas tenho certeza que seus instintos e os caminhos para seu coração são os mesmos que os das outras. Ela quer ser ouvida, quer ser paparicada e sentir que é única.
Só que diferente das outras,ela tem um mundo inteiro para me oferecer e é tão fascinante que não preciso fazer esforço algum para ficar ao seu lado ou tentar conquistá-la. Na verdade,é uma honra tê-la só para mim.
Faço a compra mais simples - que vai ser entregue aqui mesmo,em Ibiza - e mando uma mensagem com as instruções exatas do que quero para o Jason providenciar o outro antes de chegarmos em Nova York. Vou dar um presente de boas vindas a minha mulher.
Antes de viajar,também pedi que minha mãe e a governanta da minha casa fizessem algumas reformas e ajustes para receber a Ivy. A mansão em que vivo é muito masculina e adaptada às minhas necessidades,não aos milhares de sapatos,jóias e roupas que minha esposa tem.
Quero que a Ivy se sinta bem na nossa casa e sei que esse vai ser um grande desafio já que a morena garantiu que não gosta de Nova York e que sente falta da Sicília. São dois lugares completamente diferentes.
Um bocejo me lembra de que ainda está cedo e que não dormi quase nada,então decido voltar a dormir e aproveitar mais algumas horas com o corpo macio - e nu - da Ivy junto do meu.
Fecho o notebook,coloco o celular na mesinha de cabeceira e me deito na cama,ao lado da minha mulher. Ivy ainda está sonolenta,mas resmunga baixinho quando a puxo para meus braços.
— Já está de manhã? - a morena pergunta com a voz fraca e rouca de sono.
— Está muito cedo. Volta a dormir - respondo com um sussurro.
Com as costas no meu peito e a bunda macia perigosamente encostada no meu pau,Ivy se aconchega a mim e me permite envolvê-la num abraço confortável,de conchinha. 
Seus cabelos sedosos tem um aroma floral que é bastante relaxante. Tem cheiro de casa,me deixa confortável e tranquilo.
Aliás,o perfume e o corpo quente.
As curvas dessa mulher devem estar descritas em algum livro de mitologia nórdica,cheia de elogios sobre o quão irresistíveis e perigosas são. Cada pedacinho dela é uma tentação,uma droga que estou desesperado para provar de novo.
A pele? Macia e perfumada,deliciosa para lamber e chupar.
Os olhos? Uma perdição de tão intensos e profundos.
Os cabelos? Sempre sedosos e caindo lisos nos ombros,implorando pelo meu toque.
O sorriso? Tão lindo que me levaria a matar um exército inteiro para vê-lo de novo e de novo…
E a buceta apertada,sempre molhada e receptiva para mim…
Porra,essa mulher só pode ser uma armadilha de Deus para me punir pelos meus pecados porque, além de tudo isso,ainda tem um gênio do cão e é cheia de opiniões e vontades.
Quero viver enterrado nela.
Quero mimá-la,protegê-la e guardá-la só pra mim.
— Alec? - ela chama baixinho,ainda sonolenta.
— Tudo bem,diabinha? - questiono.
Fui o mais cuidadoso que pude,mas a buceta da Ivy é tão apertada que estou com medo de tê-la deixado dolorida ou machucada.
Só que ela não parece brava,magoada ou com dor. Está exausta,tranquila e busca meu abraço como se precisasse desse carinho depois de se entregar.
Ivy segura minha mão - que está sobre seu seio esquerdo - e entrelaça os dedos nos meus. Ela pressiona contra o peito,tanto que sinto as leves palpitações de seu coração.
— Estou feliz com essa noite - ela confessa.
Não entendo o motivo,mas sua frase me faz sorrir feito um idiota e aquece meu peito como uma manta no inverno. Ela me deixa…
Feliz.
É isso.
Também estou feliz e não é só com essa noite. É com todas as que já tivemos,com as carícias,as safadezas,a diversão e o casamento.
Ivy é uma grande surpresa. É o completo oposto do que imaginei que teria. E me impressiona mais a cada dia.
Ela é minha mulher,minha esposa,o símbolo que escolhi carregar,uma companheira,conselheira, sanguinária e agora amante.
— Também estou,linda - confesso contra seus cabelos - achei que sua língua afiada seria minha perdição,mas esse corpo… - brinco. Ela ri.
— É uma combinação perigosa - a morena murmura.
— Realmente - concordo - mas tenho certeza que está cansada demais para me mostrar agora,não está?! - provoco. Ela assente.
— Exausta - minha mulher confirma.
— Então dorme,paixão - aconselho e dou um beijo terno na sua nuca - dorme e amanhã nós resolvemos esse assunto.
— Uhum - ela concorda sem pensar duas vezes - boa noite,diabinho - minha esposa sussurra.
— Boa noite,diabinha - respondo e a aperto em meus braços.
O conforto,a paz e a sensação maravilhosa de estar no lugar certo vão nos preenchendo e nos acolhendo aos poucos. A respiração da Ivy vai ficando mais tranquila e ela não demora a dormir novamente.
E eu…bom,também durmo com facilidade e com uma imensa satisfação no peito.

A Esposa Do DiaboOnde histórias criam vida. Descubra agora