Cap 59

118 6 0
                                    

Cap 59

Dois dias depois. 

Por Ivy 

Acordei me sentindo muito melhor,sem cólicas e sem sangramento,então decidi sair para correr um pouco e vim até o Central Park. 

Ainda estou furiosa com Alec. Como ele teve a cara de pau de ir até meu quarto,exigir respostas e me beijar depois de ter transado com a amante, sem nem tomar um banho,sem nem…

Porra,essa filho da puta não respeita nem a própria casa. 

Ele não respeita a Família que exige que eu defenda. É ridículo. 

Meu peito parece que vai explodir de indignação e ódio. 

E ainda tenho um homicídio para cuidar. 

Há alguns dias convenci meu irmão de que matar o novo subchefe Gambino era necessário,mas Jasper deixou claro que não tem como fazer isso agora. Eles estão tendo problemas com a North Side Gang - a gang que quer matar Selena Lansky - e todos estão ocupados. Então assumi a responsabilidade e,após várias discussões,eles aceitaram.

Agora estou aqui,perto da ponte,esperando a boa vontade do Tyler aparecer com o frasco de veneno que vou precisar dar um jeito de colocar na boca de Brandon Thompson. 

— Olha só o que os ventos trouxeram - uma voz masculina,conhecida,soa atrás de mim.  

Ao me virar,avisto Kai Colombo. O homem que consegue tirar o pior do meu marido. 

Kai está lindo como sempre. Os cabelos escuros recém cortados,os olhos castanhos intensos e o sorriso sacana nos lábios. Ele também está se exercitando,está usando uma calça de moletom e uma camiseta branca,simples e suada. 

— Kai - cumprimento. O homem sorri. 

— Que bom,se lembra de mim - ele comenta ao se aproximar. 

— É difícil esquecer alguém que quase causou uma briga na minha festa - retruco,afiada. Kai da risada. 

— Você não tem rodeios,não é? - ele provoca. 

— Sempre priorizo a honestidade e,quem está com a verdade,não precisa de rodeios - explico. 

— É,tem razão - ele concorda - mas quem quase causou uma briga foi seu marido. Eu só…

— Só quis provocá-lo e ele caiu. Homens e sua masculinidade tóxica - completo com humor. Ele ri. 

— Alec e eu não temos uma boa relação,mas peço desculpas se isso te afetou de alguma forma. Não é sua culpa - Kai declara com mais seriedade. 

— Posso te desculpar se me disser o porquê de vocês não terem uma boa relação - sugiro. 

— Pensei que a essa altura ele já teria te contado ou você teria exigido - o herdeiro brinca. 

— Não conversamos muito sobre você - provoco. 

— Então conversam um pouco - ele retruca com infantilidade. Dou risada. 

— Se for alguma coisa tão íntima que não pode contar,tudo bem… - insisto. Ele ri. 

— Há alguns anos,Christopher tinha interesse em uma aliança com minha Família. Ele queria que as drogas do meu pai fossem exclusivas para seus estabelecimentos…

— Mas vocês perderiam muito lucro - comento. 

— Sim,por isso meu pai só aceitou uma parte do acordo. As drogas novas seriam comercializadas primeiro nos estabelecimentos dos Genovese e só depois vendidas em outros lugares. Naquela época a cocaína estava dando muito lucro e a cada dia aparecia uma mistura nova. Seria ótimo para ambos os lados - Kai conta. 

A Esposa Do DiaboOnde histórias criam vida. Descubra agora