Cap 103

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Cap 103 

Alguns dias depois.

Por Alec

As últimas três semanas tem se resumido a muita negociação,conversas intermináveis com nossos aliados e cuidado. Minha mãe e Ivy estão sempre cercadas por seguranças,não as deixo sozinhas nem por um minuto. 

Salvatore e Oscar tentaram nos atacar de novo, colocaram infiltrados no cassino e armaram um tiroteio,prejudicando meus negócios. Um soldado morreu naquela noite e foi vingado. 

A retaliação foi intensa como devia. Mandei meus homens invadirem um dos bordeis Gambino e o colocar abaixo. Foi um banho de sangue com vários feridos e mortos,também dando prejuízo ao meu sogro. 

Já com os Colombo,cerquei seu território e tenho impedido as saídas das drogas,além de conversar com os compradores deles e indicar a Chicago Outfit como substituta. Tem surtido efeito e Oscar está se enfurecendo cada dia mais. 

Agora mesmo acabei de sair de uma reunião com Jasper e Freddie Bonanno e estou de volta em casa,ansioso para contar as novidades a minha esposa. Ultimamente tem sido difícil animar ela. Ivy divide o dia entre a academia e o sofá,sempre pensativa,dispersa e preocupada. 

— Candice - cumprimento assim que coloco os pés na sala de estar. 

— Ela almoçou uma fruta,Alec. Uma maçã - a governanta conta,frustrada. 

Para Candice,a maior desfeita que uma pessoa pode fazer é recusar sua comida. Ela se orgulha muito dos cursos de culinária que fez na França e do talento natural que tem na cozinha. Mas a fase de acreditar que era birra da Ivy já passou e ela está preocupada agora. 

Além do peso que perdeu,minha mulher tem tido crises de choro constantes,anda irritada,cansada, tendo enjoos e tonturas. Ela quase não come,não sai de casa - por questões de segurança - e se recusa a ser atendida pelo Dr August ou qualquer outro médico,como um psiquiatra por exemplo. 

— Não sei mais o que fazer,Candice - confesso. 

— Será que não é caso de pedir para a senhora Denaro voltar ou então mandar Ivy para passar um tempo na Itália? - ela sugere. 

— Pedir pra Camille voltar está fora de cogitação. Ivy surtaria e não é seguro - respondo. 

— E a Itália…

— Já tentei. Ivy não quer ir. Disse que vai ficar aqui até Salvatore cair - explico. 

— Até ela matar ele - Candice corrige - você acha mesmo que ela tem cabeça pra isso agora? Sei que Salvatore sempre foi cruel com ela e entendo a situação,mas não acho que Ivy tem estrutura emocional ou até física para encarar o pai,muito menos matá-lo. 

— Essa decisão não é nossa,Candice. Não vou dizer a Ivy o que fazer,só aconselhar. E não tenho muita moral sobre esse assunto…

— Você matou seu pai,Alec. Aquela noite foi sombria e assustadora e devastou você. Sei que não quer que sua esposa sinta o mesmo - ela insiste. 

— Naquela noite eu perdi muito mais do que só meu pai,Candice. E apesar de tudo,nunca me arrependi do que fiz. Mataria Christopher de novo por tudo o que ele fez contra minha mãe,pelo que fez a Sophia,ao meu filho e ao que provavelmente faria contra a Ivy se estivesse vivo - falo com firmeza e sinceridade - ele era um monstro assim como Salvatore é e,quando tiver a chance,vou colocar a cabeça dele nas mãos da minha mulher como ela quer que seja. Ivy não é criança,não é uma menininha assustada e não precisa de ninguém dizendo o que ela tem ou não que fazer - declaro. 

— Não foi intenção ofender ninguém. Só estou preocupada com a Ivy - Candice se desculpa. 

— Também estou - confesso - ela está no quarto? - questiono. 

A Esposa Do DiaboOnde histórias criam vida. Descubra agora