Cap 42

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Cap 42

Por Ivy 

Alec está todo carinhoso hoje e passou o dia todo me mimando. Café na cama,banho de espuma e pétalas de rosas,dia de sol na piscina e agora me chamou para jantar em um dos restaurantes mais bem recomendados da ilha. 

Como é um ambiente mais elegante,optei por um vestido preto,curto,com decote de um ombro só e justo ao corpo. Prendi o cabelo num rabo de cavalo alto,fiz uma maquiagem esfumaçada nos olhos,escolhi scarpins Louboutin e uma bolsa Saint Laurent também preta. 

Quando me viu,o capo fez tantos elogios e me beijou tão profundamente que quase desisti do jantar e pedi pra ficar em casa,mas Alec prometeu surpresas e estou ansiosa para recebê-las. 

Chegamos no restaurante e fomos guiados para uma mesa redonda,coberta por toalha branca e com um lindo arranjo de tulipas vermelhas no centro. O estabelecimento fica na cobertura de um prédio,é fechado com paredes de vidro e tem uma vista impressionante da ilha e do mar. 

— Nossa,é lindo - elogio,encantada. 

— Imaginei que fosse gostar - Alec comenta ao puxar a cadeira para mim - é digna da senhora Genovese - o capo murmura no meu ouvido,roça os lábios no meu pescoço e se afasta. 

Ainda arrepiada,não consigo conter o sorriso. Alec é um homem muito charmoso e galante,tem sempre um elogio,uma cantada ou uma carícia capaz de arrebatar até a mais experiente das mulheres. 

Porra,um sorriso dele,um olhar,é capaz de fazer pernas tremerem,calcinhas molharem e cérebros congelarem!

Ele está incrível em uma calça escura,sapatos pretos lustrosos,camisa também preta e casaco de camurça caramelo. O cabelo está rebelde como sempre,o colar de chifre italiano que lhe dei está por baixo da camisa,só a corrente a mostra, e esse meio sorriso…

— Está mordendo os lábios como se fosse me comer - ele comenta de bom humor. 

— Provoca mais um pouco e vai ter que tentar a sorte - retruco. Ele ri. 

— Antes do casamento,lembro de ter ouvido alguma coisa sobre você ficar aliviada por eu não ser um ninfomaníaco… - o capo provoca. 

— Eu costumava ser uma virgem recatada e ter a imagem perfeita,aí resolveram me casar com o diabo e ele me apresentou os prazeres e pecados carnais… - explico - …nunca me diverti tanto e nunca fui tão livre - confesso. 

— Sabia que depois que provasse,não ia conseguir parar - ele se gaba. 

— Como se você conseguisse - retruco. Ele sorri. 

— Touché - ele responde,se dando por vencido. Dou risada. 

— Boa noite… - um garçom nos cumprimenta e entrega os cardápios. 

Fazemos nossos pedidos e escolhemos um vinho francês que o maitrîe - um homem muito gentil e louco para puxar o saco do Alec - indica para acompanhar os pratos que o chefe sugeriu. 

Não precisa ser muito inteligente para perceber que essa não é a primeira vez do capo neste restaurante,mas prefiro não me dar ao trabalho de questionar. Não quero me estressar e o que ele fez no passado não importa mais. 

Quero curtir esse momento. 

Adorei esse lugar. A vista é esplêndida e me faz lembrar da Itália. É muito diferente dos ambientes lotados,barulhentos e com cheiro de álcool que frequentei ultimamente. 

Acho que estava com saudade da civilização. 

— Quando era pequeno,minha mãe me levou para passar as férias escolares na Itália. Nos hospedamos num hotel que tinha um restaurante parecido com esse,ficava na cobertura do prédio e tinha uma vista incrível da ilha - ele conta. 

A Esposa Do DiaboOnde histórias criam vida. Descubra agora