A Esposa Do Diabo

Cap 57

Cap 57

Alguns dias depois.

Por Alec 

Meu relacionamento com a Ivy nunca esteve tão complicado. Ela não fala comigo,se recusa a ficar no mesmo ambiente que eu e mal fica em casa, está sempre cheia de compromissos com a mãe e com a reforma do cassino. Mas ao menos parou de destruir meu patrimônio e atacar as pessoas. 

As coisas também estão difíceis com Salvatore. Ivy enfureceu o capo e,apesar de eu ter colocado panos quentes dizendo que ela só quer proteger a mãe,deixei claro que quem vai cuidar desse assunto é minha mulher,então estou lidando com uma pré guerra. 

E a relação com a Sophia…Bom,depois de tudo o que aconteceu,me vi obrigado a oferecer um auxílio maior a ela. Passamos mais tempo juntos, estamos mais próximos e ela mais carente do que nunca. 

— Você precisa realmente ir? - A loira pergunta, manhosa. 

Sophia está na cama,completamente nua depois de mais uma rodada de sexo. Apesar de ainda dolorida,ela se esforça bastante para me agradar e é muito boa no que faz. 

Para ser sincero,adoraria ficar e evitar mais um momento constrangedor com minha esposa,mas não posso. Sou casado,tenho trabalho a fazer e, apesar de tudo,sinto falta da Ivy. Preciso pensar em uma forma de ao menos voltar a dialogar com ela. 

— Não posso me mudar pra cá,Sophia - falo pela milésima vez,com humor. 

— Bem que poderia. Tudo aqui é só seu - Sophia retruca,esticando o corpo esbelto sobre o lençol branco - diferente da ferinha lá…

— Sophia - repreendo. Já disse que não quero ela falando da Ivy. 

— Só estou dizendo que podemos nos divertir aqui - ela insiste. 

— Sei que sim,linda. Mas preciso mesmo ir - falo enquanto fecho o zíper da calça - Vittorio Denaro vai mandar um de seus filhos como representante para discutir a abertura do meu cassino na Sicília e preciso ter certeza que Ivy não vai me causar problemas - conto. 

— Pensei que ela já tivesse causado problemas em relação ao cassino - a loira comenta. 

— Eu também,mas até agora… - me interrompo ao ouvir o celular tocar - um minuto - peço. 

Pego o aparelho sobre a cômoda e vejo que é uma ligação da Itália. Não tem nome,mas sei perfeitamente quem é. 

— Alô? - atendo. 

— Alec? Alec Genovese? - uma voz feminina soa agitada do outro lado. 

— Isso mesmo. Quem gostaria? - questiono. 

— Sou Angelina,secretária do senhor Vittorio Denaro. Vou passar a ligação - ela anuncia e nem espera minha confirmação. 

Há dias que espero uma ligação dele para cobrar a promessa que fiz em relação a Ivy,anunciar uma guerra ou dizer que está mandando um de seus filhos buscar minha esposa para levá-la de volta à Sicília,de onde nunca devia ter saído. Mas ao invés disso,foi Rocco quem entrou em contato e disse que estava vindo a Nova York discutir a construção do cassino. 

Imagino que Ivy não tenha contado nada sobre a crise no nosso casamento ou esteja armando algum plano maquiavélico e cruel para derrubar meu império e o transformar em cinzas. 

O fato é que me casei com uma mulher impulsiva e totalmente imprevisível,que tem uma atração magnética pelo caos e pela vingança. 

— Alec - o dom cumprimenta. Sua voz grossa é fria e educada,mas distante.