Cap 53

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Cap 53

Por Alec 

Estou sentindo um clima estranho e não estou gostando nada disso. 

Ivy foi até a mansão do Salvatore hoje cedo e,por tudo o que James contou,sei que conseguiu tudo o que desejava. Meu soldado disse que ela foi letal,segura e que parecia uma rainha ditando suas vontades. 

Mas então tudo ficou silencioso. 

Tentei conversar com minha esposa durante o dia todo e não tive qualquer sinal dela. Ivy não atendeu quando liguei,não respondeu nenhuma mensagem e ficou fora durante toda a tarde. 

E não é só isso. 

Mais cedo a Candice ligou,parecia preocupada e contou que a senhora Genovese deu ordens para que todas as suas coisas fossem transferidas pro quarto de hóspedes. 

Também fiquei preocupado,liguei várias vezes e nada da minha mulher atender. Segundo seus seguranças,ela estava no SPA e depois seguiu pro shopping. 

Passei um bom tempo tentando entender o que diabos está acontecendo até que recebi uma mensagem da Ivy me pedindo para encontrá-la em casa porque tem uma surpresinha pra mim. Isso aliviou um pouco da tensão. 

Se tem uma surpresa,com certeza é sexual e se pediu para trocar de quarto,talvez seja muito mais selvagem do que estamos acostumados. 

Mais tranquilo e ansioso,ignorei as ligações e as mensagens da Sophia e segui direto pra mansão, para os braços quentes e perfumados da minha esposa. 

Ao entrar na garagem,tive um vislumbre do corpo magro da Ivy encostado na lamborghini branca,o cabelo escuro caindo sobre o rosto e as mãos brincando com a aliança. 

Estaciono na vaga desocupada e,ao abrir a porta da BMW azul escura,sinto um cheiro bem forte de gasolina. Acho que algum dos carros deve estar vazando. 

— Ivy? - chamo quando desço do carro. 

Minha esposa levanta a cabeça,mas não sai do lugar. Percebo que também não coloca a aliança de volta no dedo e me encara com uma soberba que não combina com ela. 

Ivy normalmente me olha com calor e urgência, louca pra ser agarrada e pressionada contra qualquer coisa que acomode seu corpo enquanto fodemos feito dois loucos. 

Mas não agora. 

Agora é um tipo diferente de calor. O sangue está pegando fogo. Atrás das íris azuis tem uma fúria capaz de destruir um país inteiro e a postura é de ataque. 

— Tentei falar com você o dia todo e não consegui - comento,já tentando me defender. 

— Tenho certeza que sabe de todos os passos que dei hoje - ela responde. A frieza em sua voz é quase uma estaca de gelo. 

— Claro que sei. Foi só por isso que não mandei meus homens virarem essa cidade de cabeça pra baixo atrás de você - garanto. Ela ri. 

— Quem escuta pode até pensar que você é um homem loucamente apaixonado - ela comenta com desdém. 

— E não sou? - retruco. 

— Não sei. É? - ela questiona. 

— Ivy,o que…

— Antes de voltarmos da lua de mel,eu cheguei a pensar que sim. Nos demos tão bem,estava tão gostoso e intenso… - ela continua - mas voltamos para Nova York e lembrei com quem me casei. 

— Se isso é sobre termos voltando antes,eu já cansei de explicar que foi pelo seu próprio bem - falo. Estou farto dessa história. 

— Meu ou seu? - a morena retruca - não é bom para sua imagem ter uma esposa que foi atacada duas vezes e na sua companhia,não é? Sob a sua responsabilidade - ela acusa. 

A Esposa Do DiaboOnde histórias criam vida. Descubra agora