Cap 70

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Cap 70 

Por Ivy 

Minha mãe é teimosa como uma mula. Briguei, chorei,argumentei e até liguei pro Jasper,mas não consegui convencê-la a voltar para Itália,então Camille Gambino agora mora com minha sogra na mansão Genovese. 

Por alguma razão,ela confia que Alec vai cumprir com sua palavra e protegê-la. 

Queria eu confiar tanto assim. 

Katherine deu um jantar em homenagem ao Alec e,após três horas sorrindo e atuando como uma verdadeira indicada ao Oscar,voltei pra casa com meu marido. 

No caminho,Alec recebeu uma ligação que não atendeu. Ele tirou o som do celular e virou a tela para baixo. Não precisa ser nenhum gênio pra saber que era Sophia cobrando a visita de ontem, que não aconteceu. 

Só que hoje também não vai rolar,Barbiezinha. 

Mesmo exausta,jurei a mim mesma que ia pôr um fim nesse romance do meu marido com a amante e é o que vou fazer. 

Tomei um banho relaxante,lavei o cabelo e passei meus cremes antes de vestir um baby doll preto de alcinhas finas na parte de cima e um shortinho tipo calcinha,com aplicações de renda chantilly no bumbum. Um look despojado,mas sexy. 

Depois de pronta,ainda com os cabelos úmidos para fingir que não tinha intenções maiores,vim até o quarto do Alec e bati na porta. 

— Ivy? - ele questiona,surpreso. 

Seus olhos se arregalam por um segundo,mas logo são tomados por calor e desejo. As pupilas dilatam enquanto Alec percorre cada uma das minhas curvas com o olhar. 

Percebo que ele está se aprontando para sair. O perfume já domina o ambiente,o cabelo escuro está penteado e a calça jeans e a camisa preta se destacam embaixo da jaqueta de sarja. 

— Atrapalho? - pergunto. 

— Não,claro que não. Estava indo no seu quarto ver como está - ele declara. Faço careta. 

— Se arrumou assim só para ir ao meu quarto? Que honra - debocho. 

— Ia te ver e depois sair. Preciso passar na boate - o capo explica,mas abre espaço para eu entrar. 

Finjo que acredito na sua desculpa esfarrapada e entro no quarto que era para ser nosso. Está bem mais organizado que a última vez. 

O colchão e os travesseiros foram trocados,a porta do armário consertada e não tem sinal de plumas em lugar algum. 

— Preciso pegar um canivete e fazer uma visita aos seus shorts - meu marido provoca. 

— Todos os meus pijamas foram friamente planejados para manter um homem na cama - lembro. Alec ri. 

— Foi pra isso que veio? - ele pergunta. Nego com a cabeça. 

— Candice deixou um kit de primeiros socorros no meu quarto,mas não tem pomada pra isso - explico,apontando a faixa vermelha na coxa - e como você vive todo machucado,pensei que poderia ter - falo. 

— Está doendo? - o moreno questiona. Sua voz fica mais séria,embargada. 

— Mais o ego - confesso. 

— Eu devia ter matado ele - Alec lamenta. 

— Você não vai tirar esse gostinho de mim - falo, consolando. Ele suspira,sem desviar os olhos do hematoma que se forma na minha perna. 

— Tenho um creme aqui,vai ajudar a não ficar tão roxo - ele anuncia,caminhando até o banheiro. 

Enquanto espero,deixo meu olhar viajar no quarto e avisto algo conhecido deitado sobre a mesa de cabeceira. 

A Esposa Do DiaboOnde histórias criam vida. Descubra agora