Cap 75

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Cap 75

Por Ivy 

Álcool é perigoso. 

Joguei todos os meus malditos valores morais no lixo,fiz a maior loucura da minha vida e amei cada segundo. 

Ter duas pessoas experientes nos quesitos sexo, depravação e prazer,venerando meu corpo,me tocando e chupando,foi delicioso. Pensei que ia desmaiar de tanto tesão. 

Também adorei as reações do Alec. O ciúmes em seus olhos,a força com que me pegou nos braços e me carregou porque estava excitado e furioso pelos olhares maliciosos de outras pessoas,me deixou encantada e toda molhada. 

Fiquei tão exausta que só tomei um banho e cai na cama,enrolada no edredom e entrelaçada ao meu marido. Um sono sereno,mas com sonhos de tirar o fôlego. 

— Dá uma surra nele,porra - ouço a voz do Alec, parece irritada,apesar de baixa. 

Abro os olhos devagar,sentindo eles ardendo. O corpo másculo não está mais ao meu lado,mas ainda estou enroscada no edredom macio e com o corpo coberto por um baby doll verde esmeralda que,segundo meu marido,realça a cor do meu cabelo,da minha pele e dos meus olhos. 

É a cor preferida dele. 

Alec está perto da porta de vidro da varanda,está bravo e com os ombros tensos,mas não abriu as cortinas e tenta falar baixo para não me acordar. 

Tão bonitinho. 

O capo está usando uma cueca boxer cinza escura que se agarra às coxas grossas e valoriza a protuberância entre as pernas. Seu corpo sarado todo à mostra,a barriga tanquinho cheia de gominhos e a entrada em V na virilha…Uma perdição de homem. 

— Porra,Julian - ele xinga,passando a mão nos cabelos escuros - da um susto nesse filha da puta. Daqui a pouco passo ai e resolvo essa merda - o capo manda. 

Não é estranho acordar sozinha na cama,mas é surpreendente vê-lo tão irritado. Normalmente ele só perde a calma comigo. 

Me pergunto o que aconteceu para deixá-lo assim. Será que é um problema na Família ou com aquela…

Não,não,não… 

Jurei a mim mesma que não deixaria a boneca de plástico entrar no meu quarto de novo e não vou deixar. O estresse fica do lado de fora. 

— Tudo bem,Alec? - pergunto assim que ele encerra a chamada. Minha voz ainda está rouca de sono. 

— Te acordei,diabinha? - ele questiona,voltando pra cama. Confirmo com a cabeça. 

— Com fofoca quentinha - respondo. O moreno ri - quem vai levar uma surra? 

— Um comerciante que se recusa a pagar a taxa de segurança. Estou de saco cheio dele - o capo responde,se inclinando para me dar um selinho - bom dia - ele sussurra,me fazendo sorrir. 

— Bom dia - retribuo,lhe dando um beijo de verdade. 

Alec deita por cima de mim,o corpo pesado se encaixando no meu e a língua dançando com a minha num beijo longo e apaixonado. 

Sinto que depois de ontem nosso relacionamento deu mais um passo. Ao menos pra mim. Foi um nível de intimidade e confiança muito alto,uma entrega que nunca pensei que teria coragem de fazer,apesar de fantasiar bastante. 

— Vai ter que sair? - pergunto,manhosa. 

— Só mais tarde. Vou tomar café com você - ele conta,roçando os lábios na minha bochecha. 

— Por que está tão bravo? - insisto. 

— Porque não gosto de trazer essas merdas pra casa. Já disse pro Julian resolver sozinho - meu marido explica. 

A Esposa Do DiaboOnde histórias criam vida. Descubra agora