Cap 65
Por Ivy
Alec me trouxe para casa,mas nos separamos no corredor,quando ele foi para o escritório e eu para o meu quarto. Precisava tomar um banho e ligar pra minha mãe,ver se ela está bem e avisar que Brandon não vai amanhecer com vida.
Foi uma conversa breve,não contei sobre o que aconteceu no cassino,só disse que queria ter certeza que Salvatore não a estava importunando e expliquei por cima como envenenei o subchefe do meu pai. Também prometi ligar amanhã para saber qual foi a reação do capo e marcar alguma coisa,talvez um almoço com ela.
Depois de me despedir,tomei um banho tão longo que minha pele já estava ficando enrugada. Lavei os cabelos,me perfumei,fiz tudo o que podia para me sentir limpa de novo,mas ainda ficou aquela sensação de nojo,de sujeira.
Coloquei um sutiã de renda branco,bem levinho e sem aros e um short do conjunto,curto e soltinho. Queria me sentir confortável.
— O que está fazendo aqui? - pergunto,surpresa.
Sobre os lençóis brancos da minha cama,com um livro nas mãos,está um corpo seminu,másculo e coberto por tantos músculos que mais parece um super herói da Marvel.
A pele bronzeada é desenhada com algumas tatuagens,a barriga cheia de gominhos termina com um V na virilha que leva para uma protuberância que,mesmo sem ereção,é impressionante. A cueca boxer preta só destaca o volume e as coxas grossas.
Puta merda,que homem gostoso.
Sinto meu corpo formigar com a eletricidade que emana do Alec. Ele sorri safado e lambe os lábios,virando os olhos maliciosos para mim,para meu corpo exposto.
— Que delícia,Ivy - o capo elogia,fascinado.
— O que está fazendo no meu quarto? - repito.
— Vocês destruiu o meu - ele lembra.
— Tem uns vinte quartos nessa casa - retruco,me aproximando da cama.
— Não é assim que funciona,linda. Você rasga meu colchão,tem que dividir o seu - Alec explica pacientemente,como um professor com a aluna confusa.
Reviro os olhos,recusando entrar na provocação, cansada demais para expulsá-lo e ignorando a voz irritante do meu subconsciente dizendo que estou só carente e preciso de um corpo masculino específico para me abraçar.
Organizo os travesseiros,puxo o edredom macio e me aconchego no peitoral duro e quentinho do meu marido. Alec vira de lado,abraça minha cintura com uma mão enquanto passa a outra por baixo da minha cabeça.
— Está se sentindo melhor? - o capo pergunta com delicadeza. Sua voz faz cócegas no meu rosto.
— Não muito - confesso. Ele acaricia minha pele, usa o polegar para percorrer os traços da maçã do rosto.
— Aquele verme está preso,recebendo os devidos cuidados do John. Amanhã dou um fim nele - Alec conta.
— É horrível dizer isso,mas…
— Você quer ver - ele deduz. Nego com a cabeça.
— Queria matar ele com minhas próprias mãos - confesso,tão baixo que é quase inaudível - bom, não com as mãos. Nunca mais quero tocar um dedo naquele porco - comento,enojada.
— Não vou te deixar fazer isso,Ivy - o capo fala tranquilamente,com ternura - se depender de mim,você nunca mais vai matar ninguém - ele declara.
Penso no Brandon e na morte dolorosa que ele já deve ter tido. Nesta hora,o corpo do subchefe da Família Gambino está caído em algum quarto ou no carro,esperando ser encontrado antes de virar comida para os vermes.

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A Esposa Do Diabo
RomantizmIvy Gambino é uma mulher linda,inteligente,forte e está determinada a destronar o capo de sua Família,seu pai, Salvatore Gambino. Criada pelos tios na Itália,a garota volta a Nova York para se casar com Alec Genovese,um homem poderoso e capo mais j...