Cap 82

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Cap 82

Alguns dias depois. 

Por Ivy 

A guerra com a Família Colombo está bastante focada no subúrbio,onde tiroteios e brigas por território acontecem com frequência,por essa razão continuo com minha rotina normalmente,a não ser pelo exército de seguranças que me segue. 

Alec e eu continuamos distantes,mesmo com as tentativas dele de se aproximar. Todas as manhãs acordo com um buquê de tulipas sobre a cama ou me esperando na sala de estar e recebo outros durante o dia,às vezes três ou quatro de cores diferentes,sempre com bilhetinhos fofos e provocantes. 

Também tenho recebido outros mimos. Lingeries exclusivas,roupas e bolsas de grife,sapatos dos meus designers preferidos…Alec não está poupando dinheiro e nem esforço para tentar me reconquistar,mas não estou no clima. A traição ainda dói no meu peito. 

Mas…Como estamos em guerra e aprontei mais do que devia,precisamos manter as aparências e frequentar lugares públicos,por isso saímos quase todas as noites. O capo aproveita para me levar a jantares românticos,passeios ao ar livre e vindas à boate e ao cassino. 

Hoje estamos na boate e escolhi um look bem noite,com um cropped preto com aplicações de rosas 3D e uma calça pantalona do mesmo tom, inteiramente brilhante. 

— Sério,cara. Você precisa ver a facilidade com que elas abrem as pernas quando chego com aquele carro… - um dos “amigos” empresários do Alec declara. Bêbado feito um gambá. 

— Levando em consideração que o carro é bem mais atraente,é compreensível - murmuro em resposta,de mau humor. Os outros riem,mas o tal homem - Theo,se não me engano - não parece lisonjeado. 

Alec aperta minha coxa em aviso,pedindo que eu pegue mais leve,mas não se importa tanto. Theo não é perigoso e meu marido sabe que só estou entediada. 

Trago minha taça de gin aos lábios e dou um gole lento,desafiando meu rival com o olhar. Mas ele nem se dá ao trabalho. Talvez se Alec não estivesse presente ele responderia,mas na frente do capo fica com o rabo entre as pernas. 

— Então,como estão as coisas,Alec? - um outro homem,Mike,pergunta,mudando de assunto. 

— Tudo sob controle - meu marido responde com desprendimento,tragando o charuto que tem nas mãos. 

— Soube que sua esposa andou aprontando um pouco - Theo comenta,ressentido. Sorrio de lado, pronta pro desafio. 

— É? O que você soube? - questiono. 

— Que foi até o território dos Colombo e…bom, digamos que se divertiu bastante - ele responde. 

— É,foi bem divertido - concordo. 

— Dizem que a guerra é por isso - ele declara. 

— Meu marido é um pouco possessivo - falo em voz baixa,como se fosse segredo - você não faria o mesmo? Se fosse sua esposa - pergunto. 

— Minha esposa nunca me trairia - ele garante. 

— Ah,sim. Ela deve ser uma santa,considerando que continua casada com… - meus olhos descem por seu corpo nada atraente e faço careta - bom, com você - concluo,indiferente. Alec roça os lábios macios no meu pescoço,sabe que estou jogando. 

— Se a senhora fosse minha esposa,a resposta seria não. Não entraria em guerra - ele responde, ofendido - provavelmente só a jogaria no bordel do seu pai ou a puniria de outra forma. Sabe,por desonrar a Família - Theo provoca. Dou risada. 

— E é por isso que você não sobreviveria um dia na máfia - declaro. 

— Você não se importa,Alec? - o homem pergunta,tentando me jogar contra meu marido. 

A Esposa Do DiaboOnde histórias criam vida. Descubra agora