A Esposa Do Diabo

Cap 52

Cap 52 

Por Ivy

Depois da montanha russa de emoções que vivi nos últimos dias,resolvi me mimar um pouco e passei a tarde no SPA. Cuidei da pele,das unhas, do cabelo e,o principal,da autoestima. 

Traída sim,feia nunca! 

Colocar Salvatore contra a parede também me ajudou a alavancar o ego. Sempre quis proteger minha mãe daquele verme e agora tenho poder e meios pra isso. 

Só não estou pronta pra voltar pra casa. 

Quero evitar um novo encontro com Alec até ter certeza do que vou dizer,de como vou encará-lo depois de tudo o que descobri. Então liguei para a mansão,dei ordens para que minhas coisas fossem levadas pro quarto de hóspedes e vim ao shopping. 

Comprar sempre me acalma. 

Passei em algumas lojas,vi as novas coleções de primavera-verão e,após comprar algumas saias e vestidos,vim até a joalheria. Vou estourar o cartão do Alec. 

— São lindas,não? - uma voz masculina soa ao meu lado,enquanto observo as gargantilhas na vitrine. 

— São - concordo,sem tirar os olhos de uma peça minimalista,feita em ouro amarelo e com forma geométrica. 

— Está procurando algo especial? - ele pergunta educadamente. 

— Não,só estou vendo a nova coleção - informo - você trabalha aqui? - questiono e levanto a cabeça. 

E uau. 

Que homem! 

Ele é alto,tem ombros largos,cabelo loiro e olhos espetacularmente verdes. A pele clara é pálida, como se não visse o sol a muito tempo e o terno caro,de corte italiano,mostra que ele não trabalha aqui. 

A menos que seja o dono. 

O loiro sorri e…

Uau. 

Uau. 

Uau. 

— Não,não trabalho - ele responde com simpatia - só vi a senhorita aqui,vi que é muito elegante e pensei em pedir ajuda - o loiro explica. 

— Ajuda com o que? - pergunto curiosa. 

— Minha irmã caçula faz aniversário amanhã e preciso comprar um presente,mas não levo muito jeito pra isso… - ele conta. Dou risada. 

— Homens - desdenho - ela faz quantos anos? - questiono. 

— Dezoito - o homem responde. 

— Ela tem um estilo mais clássico,delicado, despojado…

— Na verdade ela é uma patricinha bem metida a besta - ele fala com tanta franqueza que me faz rir. 

— Certo… - comento e volto a me virar para a vitrine -...por que não tenta essa? - proponho ao apontar uma gargantilha - ouro branco e diamantes rosas sempre combinam com uma patricinha metida a besta - comento. Ele ri. 

— É realmente muito bonita - ele concorda - não sei se ela merece,mas…

— Mas é aniversário dela e só se faz dezoito anos uma vez - completo,defendendo a garota. 

— A idade do caos - ele finge medo. 

— A idade da liberdade - corrijo. Ele faz careta. 

— A propósito,meu nome é Logan. Logan Reynolds - ele se apresenta e estende a mão. 

— Reynolds… - repito - já ouvi falar em você,só não estou lembrando de onde - comento enquanto aperto sua mão. 

— Sou dono de uma empresa de arquitetura - ele ajuda.