Cap 105

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Cap 105 

Por Alec 

O dia estava indo maravilhosamente bem. Tivemos uma vitória contra Salvatore e Oscar, almocei com minha esposa e assinei um contrato milionário para administrar uma empresa de joias que está se destacando bastante no mercado atual. Tudo ia muito bem e estava a caminho do cassino quando Ivy ligou e mudou tudo. 

Minha esposa não disse o que aconteceu,mas sua voz era fraca e embargada,provavelmente estava chorando. Ela pediu para eu voltar para casa,falou que precisamos conversar com urgência e acendeu um alerta na minha cabeça. 

Se algum ataque tivesse acontecido,as notícias iam chegar a mim primeiro. A não ser que tenha sido na Cosa Nostra ou Chicago Outfit,aí eles recorreriam a Ivy e Jasper. E levando em consideração o estado emocional da minha mulher,não consigo imaginar a reação que ela teria. 

Vim o mais rápido que pude para casa,abandonei o carro em frente a porta principal e subi correndo até o quarto da Ivy,ansioso e preocupado. 

— Ivy - chamo,assim que entro em seu quarto. 

A morena está com o rosto corado e os olhos azuis inchados,parece ter chorado,mas já parou. Está com o mesmo vestido carmesim do almoço,mas o brilho de alegria desapareceu. 

Uma voz na minha cabeça grita que algo muito ruim está para acontecer,mas ignoro. 

Se Ivy está nesse estado,então algo muito ruim já aconteceu e preciso cuidar dela. 

— O que aconteceu,diabinha? Por que está assim? - pergunto com preocupação. 

— Fecha a porta - ela pede. 

Minha vontade é mandar tudo para a puta que pariu e exigir que ela conte detalhadamente o que houve e,principalmente,quem a fez chorar. Mas ao invés de gritar,atendo seu pedido e tranco a porta. 

Meus instintos estão todos atentos. O bad boy quer nomes,o marido quer acolher e o homem são que vive em algum lugar dentro de mim,quer correr e não escutar o que ela tem a dizer. 

— A gente precisa conversar - ela declara,acho que não sabe como começar. 

— Você já disse isso - lembro. 

— Eu…eu preciso contar uma coisa,mas não quero. Acho que não sei nem o que falar - Ivy conta,está bastante perturbada. 

— O que acha de começar contando o que mudou? Quando almoçamos há algumas horas, você estava ótima - tento ajudar. 

— Acho que preciso começar voltando na noite do leilão. Preciso te contar o que fiz naquela noite - ela fala. 

É isso. 

Depois da briga que tive com Ivy,tudo aconteceu tão rápido que não tivemos tempo de conversar. A morte da Camille,o anúncio da guerra contra meu sogro e a própria saúde da Ivy me impediram de ir a fundo nesse assunto e descobrir onde minha mulher passou aquela noite. 

Mas pela culpa no olhar dela,pela dor em seu rosto,está óbvio. 

Antes eu tinha dúvidas,acho que não queria pensar a respeito e acreditar que ela tinha me traído,mas o momento da verdade chegou. Ele sempre chega. 

Respiro fundo para criar coragem e aponto para nos sentarmos no sofá. Ela recusa,mas eu me apoio no braço. 

— Foi com o Kai? - questiono,não reconhecendo minha voz. 

— Eu saí correndo do leilão,usei uma porta lateral e fugi pelo estacionamento,me escondendo do James e dos outros… - ela começa - quando cheguei na rua de trás,sentei em um ponto de táxi. Não sabia pra onde ir ou o que fazer,só queria…queria sumir - a morena confessa,encarando meus olhos. 

A Esposa Do DiaboOnde histórias criam vida. Descubra agora