A Esposa Do Diabo

Cap 36

Cap 36

Por Alec 

Já levei a Ivy para conhecer muitas praias,mas essa aqui,Praia Cala Salada,é com certeza minha preferida e a que deixou minha mulher mais encantada. 

Apesar de ser pequena,é cercada por montanhas e pinheiros,cheia de pedras,o que dá a sensação de privacidade. A água translúcida,azul turquesa, é digna do paraíso e o clima está tão bom,quente na medida certa. 

Estou sentado em uma pedra,afastado de alguns turistas que fazem a maior algazarra e com os olhos presos a linda sereia que emerge das águas tranquilas. 

Ivy escolheu um biquíni preto,morderno,que tem a parte de cima transpassada,deixando os seios maiores e a parte debaixo com duas tiras laterais e num tamanho que comporta bem a bunda macia. 

Elegante e sexy. 

A morena está completamente molhada. Os fios do cabelo escuro escorrem por suas costas e grudam no pescoço. Os olhos estão destacados, mais azuis e profundos. E o corpo…

Porra,que corpo! 

Tem gotas de água escorrendo por entre os seios empinados,na barriga lisa,nas coxas malhadas. É como assistir um filme antigo,onde uma beldade sai do mar parecendo uma deusa e todos ao seu redor param pra assistir. 

Só agora me dou conta de que os turistas não estão mais gritando e,ao virar para olhar,encontro os desgraçados encarando minha mulher como se ela fosse a porra de um diamante no meio do carvão. 

São quatro homens e três mulheres. Duas delas têm a decência de parecer irritadas. Uma cutuca o marido e a outra se afasta com cara de poucos amigos,mas a terceira - uma morena de cabelo curto e corpo magro - só falta começar a babar na minha esposa. 

Apesar de estar só de sunga e minha arma na bermuda ao meu lado,tenho o instinto de tocar o quadril - local onde normalmente ela fica -. 

Caralho,eu os mataria agora mesmo se isso não fosse acabar com minha lua de mel. 

Ouço os passos da Ivy mais próximos e volto a atenção a ela bem a tempo de vê-la pegar a toalha para se secar. 

— Não vai entrar na água? Está uma delícia - Ivy fala assim que deixa a toalha sobre a pedra em que nossas coisas estão. 

Descarado,sabendo que ela está acompanhando meu olhar,dou mais uma verificada em seu corpo escultural antes de encarar seus olhos azuis como o oceano. 

Ivy revira os olhos,finge desdenhar,finge que não se importa,mas sei o quanto adora ser desejada, vejo a chama crescendo por trás das íris de cor fria. 

— Tá uma delícia mesmo - concordo e,num movimento rápido,coloco uma mão de cada lado da bunda dela e a puxo para mim. Ivy dá risada e o som enche o ambiente. 

A pele dela está fria e o choque de temperatura faz a minha arrepiar. Ivy abraça delicadamente meu pescoço e,além de me deixar livre para tocar seu corpo,ainda faz carinho no meu cabelo. 

Seus olhos se fixam nos meus e,pelo sorrisinho que aparece em seus lábios avermelhados,sei que percebeu meu incômodo em relação aos seus fãs. 

— Está bravo,lindo? - a morena pergunta em tom de provocação. 

— Porque minha mulher atrai uma multidão a cada passo que dá? Claro que não. Minha arma está carregada - respondo sem me importar em expor a irritação. Ela ri 

— Pensei que gostasse de exibir seus brinquedinhos - ela retruca. Apesar da objetificação,minha esposa não parece brava. 

— Se formos usar essa metáfora… - escolho as palavras para não causar problemas - você se mostrou mais divertida e valiosa que um simples brinquedinho.