Cap 64

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Cap 64 

Por Ivy 

Alec se aproximou agarrando Maxwell pela parte de trás do pescoço,afastando o velho de mim e das minhas unhas afiadas. O capo está tomado pelo ódio. 

Meu marido joga o verme contra a parede oposta a que estou escorada e acerta um soco tão forte no rosto dele que sangue começa a jorrar do nariz. 

Meu estômago se revira mais. 

As duas taças de gin tônica que bebi voltam com tudo,fazendo minha garganta queimar e meu corpo se inclinar para frente,vomitando de forma violenta no tapete com estampa dourada. 

Ouço Maxwell murmurar alguma coisa,um pedido de perdão,acho. Mas estou ocupada sentindo nojo de mim mesma. 

— Fica aí - Alec ordena. Sua voz é furiosa. 

Poucos segundos depois,sinto as mãos grandes e carinhosas do meu marido afastando meu cabelo do rosto e puxando para trás,num rabo de cavalo. Ele afaga minhas costas. 

A ânsia vai diminuindo,mas ainda sinto tanto nojo que tenho vontade de arrancar minha pele até os ossos. Minha bunda ainda dói,assim como o seio esquerdo que Maxwell agarrou. 

— Que nojo,que nojo,que nojo… - repito sem parar,sentindo lágrimas nos olhos. 

— Calma. Já passou - Alec sussurra,me puxando para um abraço. 

Afundo o rosto em seu pescoço,desesperada pra exalar a fragrância cítrica do perfume e deixar aquele cheiro de velho bêbado para trás. O capo tem aroma de casa,é acolhedor e forte como uma muralha. 

Alec passa o braço ao redor da minha cintura e usa uma das mãos para acariciar meu cabelo. Tenho certeza que molho sua camisa com as poucas lágrimas que fugiram,mas ele não liga. 

— Está tudo bem,Ivy. Tudo bem - meu marido murmura. 

— Ele me agarrou,Alec. Esse velho nojento… - me interrompo,sentindo náusea de novo - ai que nojo - sussurro,sufocada. 

— Não devia ter te deixado sozinha - Alec fala no meu ouvido - desculpa,diabinha. Desculpa - meu marido pede. 

Me aconchego mais em seu peito,ansiosa por um pouco de conforto e segurança. Minhas mãos por baixo da jaqueta,agarrando a camisa como se fosse meu bote salva vidas. 

Alec beija o topo da minha cabeça,faz carinho no meu cabelo,me acolhe. 

Ele,o traidor. 

Meu Deus como consigo me meter em tantas situações malucas? 

— Fica aí,desgraçado! - Alec ordena,me dando um susto. 

Por reflexo,o capo aumenta o aperto na minha cintura e me afasta o suficiente para me colocar atrás de si. Ele usa o próprio corpo como escudo entre o velho pervertido e eu. 

Arrisco um olhar pro Maxwell e vejo sua camisa coberta de sangue. O nariz ainda sangra,assim como um corte no supercílio. A pele asquerosa está pálida,meio esverdeada. E os olhos verdes estão arregalados,encarando meu marido com pavor. 

— Alec,eu juro que nunca tocaria nela se soubesse que é sua - ele afirma,tentando se defender. 

— Você foi alertado sobre assediar mulheres no meu cassino. E resolveu tocar logo na minha - o capo retruca. 

— Ele já fez isso antes? - me vejo perguntando. 

— Há alguns meses ele agarrou a namorada do John - Alec conta. 

— Eu não sabia…

— Você cala a boca - ordeno,irritada - como é que esse verme entra aqui,agarra as mulheres que quer e continua vivo? - exijo saber. 

A Esposa Do DiaboOnde histórias criam vida. Descubra agora