Cap 63

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Cap 63 

Por Ivy 

Tem uma voz no fundo da minha mente gritando que sou burra,fraca e que vou me magoar de novo,repetindo sem parar que preciso me afastar do Alec,colocar uma calcinha e me portar feito a mulher decente que sempre me orgulhei de ser. 

Infelizmente,essa voz é mais baixa do que todos os meus outros sentidos. 

Depois do banho extremamente pornografico e longo com meu marido,jantamos nus sobre a cama e trocamos mais algumas carícias antes de eu conseguir finalmente me afastar e me arrumar. 

Optei por um vestido estilo blazer,preto e com um decote generoso que vai até o meio do estômago,destacando meus seios. No pescoço, coloquei a gargantilha de cobra que Alec me deu quando voltamos da lua de mel e nos pés sandálias Jimmy Choo pretas,delicadas para tirar um pouco a sensualidade do look. 

Demorei um pouco para ficar pronta,o caminho até o cassino também é longo,mas chegamos a tempo de ver o jogo entre Brandon e alguns outros homens começando. 

Reconheci Joshua,meu antigo guarda costas,um soldado conhecido como Chuck - imagino que pelo cabelo ruivo - e Liam,um garoto que foi iniciado pouco antes do meu casamento. 

— Sua vez,senhora Genovese - Adam Ballard, governador do estado,chama minha atenção. 

Encaro as cartas que tenho na mão e as que Adam descartou. Sorrindo,aumento a aposta em dez mil,ignoro o lixo dele e pego uma carta do monte. 

Alec está relaxado embaixo de mim,a palma da mão acariciando preguiçosamente minha coxa enquanto observa o jogo com o governador. 

Apesar de estar com a atenção dividida entre as duas mesas,não tenho dificuldade em vencer o homem. Para um político,Adam blefa muito mal. 

— Onde aprendeu a jogar pôquer? - ele pergunta curioso,após passar suas fichas para mim com a expressão de derrota. 

— As noites de jogos na família Denaro são um tanto quanto agitadas - respondo - mais uma? - sugiro. Alec ri. 

— Tenha piedade do homem,Ivy - meu marido pede. 

— Já perdi setenta mil pra senhora hoje. Acho que é o suficiente - Adam responde. Dou de ombros. 

— Como quiser - respondo. 

— Vou aliviar um pouco o estresse. Com licença - ele pede e se levanta,indo em direção ao bar. 

Curiosa,observo o ambiente decorado em tons quentes. Essa sala é para jogos de cartas,então várias mesas estão dispostas sobre o tapete cor vinho,estampado. Funcionários vêm e vão,entre eles as meninas que meu pai fornece. 

Lá embaixo,na primeira sala,ficam as máquinas caça níqueis,dispostas em semi círculos,com cadeiras estofadas e lustres enormes,de cristal, espalhados. 

Uma terceira sala abriga os jogos de roletas e um outro ambiente,no andar de cima,serve como bar de strip. As meninas servem bebidas,dançam,se exibem e podem escolher entre fazer danças particulares,programa ou só ficar como garçonete mesmo. 

— O que achou? - o capo pergunta,a voz fazendo cócegas no meu pescoço. 

— Não é tão diferente do que imaginei. Podemos subir? - questiono. 

— Não é lugar pra você,amor - ele responde,os lábios tocando minha bochecha - tem um monte de pervertidos lá - Alec conta. Dou risada. 

— Só lá? Tive a impressão de sentir uma ereção roçando minha bunda - comento. Ele sorri. 

A Esposa Do DiaboOnde histórias criam vida. Descubra agora