Cap 118
4 anos depois.
Por Alec
Estou completando 29 anos hoje e minha família decidiu fazer uma festa enorme. Passei o dia todo me divertindo com as pessoas que amo e sendo mimado por elas. Ravena faz questão de me dar uma jóia que ela mesma desenhou - Ivy bancou o ouro,as opalas pretas e o artesão que esculpiu a peça - mas foi nossa filha quem fez o designer totalmente sozinha e ficou impressionante.
Para uma menina de nove anos,Ravena é muito talentosa e inteligente. As jóias que desenha são lindas e a pulseira que ganhei é o equilíbrio perfeito entre a delicadeza e a masculinidade. É incrível o que essa menina faz,o tanto de orgulho que sinto dela.
Já era noite quando voltamos para casa,Ravena dormiu no carro e a carreguei nos braços até seu quarto. Ela mal se mexeu quando a coloquei na cama,tirei seus sapatos e a cobri. Estava exausta.
Fui ansioso pro meu quarto,doido para terminar a noite nos braços da minha mulher,mas Ivy tinha outros planos e,além de me obrigar a entrar novamente no carro,ainda colocou uma venda nos meus olhos dizendo que tinha uma surpresa para mim.
— Estamos quase - Ivy fala,me guiando numa escada.
— Para onde está me levando? - questiono com seriedade.
Odeio não saber onde estou andando e nem para onde estou indo. Ficar no escuro não é algo que um capo costuma aceitar porque geralmente é uma caminhada em direção à morte.
Mas é Ivy quem está me levando e ela estava tão animada e ansiosa que não pude negar.
Porra,um sorriso dessa mulher e eu escalaria o Monte Everest usando só uma cueca e luvas de couro.
— Só mais um pouquinho e você descobre - ela responde,não revelando nada.
Subimos pelo que parece uma eternidade num ambiente abafado e fechado,com Ivy segurando firme na minha mão e orientando meus passos para que eu não caia. Depois de um tempo,ela para,conversa com um homem,pergunta se está tudo pronto e ouço o que parece ser uma porta sendo destrancada.
Ivy me manda andar novamente e,após alguns passos,sinto o vento frio no rosto. Ouço o que parece ser água ao nosso redor e a porta volta a ser fechada.
— Você não vai me matar,vai? - pergunto. Minha esposa ri.
— No dia do seu aniversário? Isso seria cruel - ela comenta com leveza,como se não fosse a criatura mais cruel do planeta.
Percebo minha esposa se aproximando,sinto o calor da presença dela e seus lábios tocando carinhosamente os meus enquanto suas mãos vão até minha nuca,desamarram a venda.
Pisco algumas vezes para me acostumar com a luz e não contenho o sorriso por dar de cara com minha fantasia mais ridícula.
Ivy me trouxe até a estátua da liberdade,bem no alto,na tocha.
Sobre nós,o céu escuro é iluminado por estrelas e pela lua cheia. Ao nosso redor,o mar está calmo e,atrás de nós,a vista da cidade - da nossa cidade - é deslumbrante.
Mas não mais deslumbrante que a mulher na minha frente.
A diavola desamarra o sobretudo sem pressa,tira a peça devagar,me provoca com o olhar e releva uma lingerie que me faz perder o fôlego.
Era de se imaginar que depois de tanto tempo juntos,nós enjoariamos um do outro. Mas é o contrário. Nunca desejei tanto essa mulher quanto desejo agora.
Ivy escolheu uma lingerie francesa,vermelha,feita de renda floral. O sutiã é meia taça,brinca com a transparência e tem tiras finas que dão sustentação aos seios que estão inchados. E a calcinha…
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A Esposa Do Diabo
RomanceIvy Gambino é uma mulher linda,inteligente,forte e está determinada a destronar o capo de sua Família,seu pai, Salvatore Gambino. Criada pelos tios na Itália,a garota volta a Nova York para se casar com Alec Genovese,um homem poderoso e capo mais j...