Capítulo 2- A 2ª pior noite da minha vida

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Edward me levou em suas costas o mais rápido que pôde até minha casa. Quando chegamos lá, encontrei minha tia arrumando algumas bagagens dos meus irmãos:

- Tia Abby! - falei, quando minha tia me viu.

- Violet! Não podemos demorar! Arrume suas coisas o mais rápido possível! Não temos muito tempo antes que seu pai volte! - ela falou totalmente preocupada.

- Por que tia? O que aconteceu? - ela me olhou, mas não se atreveu a me responder com medo da minha reação.

- Sinto muito Violet. Sua mãe vai ser executada essa noite. Por isso seu pai não está em casa. - quem disse foi Edward. Devia ter lido a mente de tia Abby.

- Deve ter alguma coisa que a gente possa fazer para impedir isso! - gritei, chorando.

- Sinto muito querida, mas seu pai sabe que sou uma bruxa assim como você e sua mãe, acho que se tentarmos impedir, só mais pessoas irão ser executadas. - falou ela, com olhar de pânico e tristeza. - Você tem que arrumar suas coisas para que eu leve você e seus irmãos daqui, foi o que sua mãe pediu que eu fizesse.

- Mas eu não posso abandonar Rose! - disse enfurecida.

- Não se preocupe, eu e minha família podemos ficar com Violet, Rose será da família também, está se transformando em vampira, meu pai a salvou do acontecimento de ontem à noite. - respondeu Edward calmamente.

- Evelyn e eu já sabíamos que os Cullen eram vampiros. Confiamos nos vampiros de olhos amarelos. Violet, então acho que é hora de dar adeus aos seus irmãos. - disse ela, com olhar de tristeza.

Me despedi de Samuel e Benjamin, estava sentindo uma dor inexplicável, uma dor que não era física. Estava com mais medo deles terem medo de mim sabendo agora o que sou.

- Sam, Ben, eu quero que saibam que eu amo muito vocês, são os melhores irmãos que eu poderia ter. Mas não posso ficar com vocês, vou ficar com Rose e os Cullen, tia Abby explica o resto para vocês depois. - então abracei os dois, e virei para minha tia.

- Adeus tia Abby. - olhei para ela e nos abraçamos.

- Adeus Violet. Se precisar de mim sabe onde estarei, Harrisville, Rhode Island.  - ela me deu uma última olhada, e desapareceu com meus irmãos, viagem rápida feita com o poder de teletransporte que todas as bruxas tem.

- Vamos, não temos muito tempo, seu pai chegará logo em casa.- disse Edward, já me colocando em suas costas, e disparando para casa.

Quando voltamos, já havia se passado uma noite desde que Rose foi transformada, e seu corpo estava se ajustando ao veneno e se preparando para completar a transformação. Esme me esperava, assim como Carlisle:

- O que aconteceu?!- Carlisle perguntou preocupado.

- Eu cheguei em casa e minha tia estava se preparando para levar meus irmãos até um lugar seguro, longe das garras do meu pai. - falei chorando ainda mais.

- Querida, não se preocupe, agora vai recomeçar sua vida... seja bem vinda, Violet Cullen. - era Esme quem falou.

- Tento não me preocupar, mas é impossível, dei meu último adeus aos meus irmãos e minha tia. Não consegui me despedir da minha mãe, que a essa altura já deve estar morta. E percebi hoje que na verdade nunca tive um pai. - falei desabando no chão, pois minhas pernas estavam fracas de tudo o que havia acontecido.

- Sinto muito, Violet. Entendo completamente sua dor nesse momento tão difícil. - Esme disse.

- Entende?!- perguntei confusa.

- Venha comigo querida.

Esme me levou ao quarto onde eu havia dormido na noite anterior. Pediu para que eu deitasse na cama, e ficou ao meu lado acariciando a minha cabeça, tentando me acalmar.

- Como vai passar provavelmente o resto de sua vida conosco, acho que mereço ser totalmente sincera com você. - disse ela.

- Eu fui transformada em 1921. Logo depois de meu filho falecer. Tinha 26 anos, meu marido abusava de mim, e quando ele foi para a guerra descobri que estava grávida, então eu fugi. Depois que meu filho nasceu, ele faleceu somente 2 dias depois pois tinha um problema nos pulmões. Não suportei a dor da perda do meu filho, eu pulei de um penhasco, achavam que eu estava morta, mas Carlisle sabia que conseguiria me transformar. - ela realmente ainda sentia a falta de seu filho, via em seus olhos isso.

- Eu sinto muito Esme, não sabia. - eu disse, com extrema pena dela.

- Também sinto querida, até hoje sinto falta do meu menino, que mal cheguei a conhecer. - ela teria chorado se fosse humana.

- Vou passar a eternidade com vocês, eu sei que não é minha mãe biológica, mas depois do que você e sua família fizeram, acho que poderia chamar você de mãe, e você me chamar de filha. - falei, sendo totalmente sincera. Esme era a pessoa mais doce que eu havia conhecido, ela tinha um instinto maternal muito forte.

- Eu ficaria muito feliz se me chamasse assim. - agora ela teria chorado de felicidade.

Passaram-se alguns minutos sem ninguém falar nada, só trocando olhares. Então ela falou:

- Acho que você realmente deveria descansar hoje. Amanhã Carlisle gostaria de saber um pouco sobre sua espécie. - disse ela.

- Eu não sei se vou conseguir dormir. - disse com olhar cansado.

- Eu posso me deitar com você que nem ontem, acho que vai ajudar.

A irmã mais nova de Rosalie HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora