Bella piorou de um dia para o outro. Ela não saía mais da cama de hospital improvisada no meio da sala de estar.
Eu estava na sala quando ouço a campainha tocar, era Jake. Edward, que não desgrudava mais de Bella, ficou, e então Carlisle foi atender, e eu fui junto:
- Oi, Jake. - eu disse.
- Está tudo bem com você, Jacob? - Carlisle perguntou.
- É Bella? - Jake perguntou, viu a exaustão no rosto de Carlisle.
- Ela está... na mesma de ontem à noite. Eu o assustei? Desculpe-me. Edward disse que você estava chegando na forma humana e vim recebê-lo, já que ele não quer deixá-la. Ela está acordada. - Carlisle disse.
Edward não queria perder nem um segundo, sabia que Bella não tinha muito mais tempo. Jake se sentou em um dos degraus da varanda, eu me sentei ao lado dele e Carlisle se sentou do outro lado.
- Não tive oportunidade de lhe agradecer ontem à noite, Jacob. Você não sabe quanto estou grato por sua... compaixão. Sei que seu objetivo era proteger Bella, mas lhe devo a segurança de minha família também. Edward me contou o que você teve de fazer... - Carlisle disse.
- Não vamos falar nisso. - Jake disse.
- Como preferir.
- Vocês a consideram parte de sua família? - Jake perguntou.
- Sim. Bella já é uma filha para mim. Uma filha amada. - Carlisle respondeu.
- Comecei a considerar Bella minha irmã muito antes do casamento. - eu disse.
- Mas vão deixar que ela morra. - Jake disse.
- Posso imaginar o que pensa de nós sobre isso. Mas não podemos ignorar a vontade dela. Não seria certo tomar uma decisão dessas por ela, coagi-la. - Carlisle disse.
- Acha que há alguma possibilidade de ela conseguir? Quer dizer, como vampira e tudo mais. Ela me falou de... de Esme. - Jake disse.
- Eu diria que há uma chance de cinquenta por cento a essa altura. Tenho visto o veneno de vampiros operar milagres, mas há problemas que nem o veneno pode vencer. O coração dela está muito sobrecarregado agora; se falhar... não haverá nada que eu possa fazer. - Carlisle disse.
- O que essa coisa está fazendo com ela? Ela estava pior na noite passada... Eu vi... os tubos e tudo aquilo. Pela janela. - Jake disse.
- O feto não é compatível com seu corpo. Forte demais, para começar, mas isso ela provavelmente poderia suportar por algum tempo. O maior problema é que a coisa não permite que ela se alimente como precisa. O corpo está rejeitando toda a forma de nutrição. Estou tentando a alimentação intravenosa, mas ela não está absorvendo. Eu estou vendo Bella... e não só ela, mas também o feto... morrendo de inanição a cada hora. Não consigo impedir e desacelerar isso. Não consigo descobrir o que a coisa quer. - Carlisle disse.
- Queria poder ter uma ideia melhor do que é aquilo, exatamente. Mas o feto está bem protegido. Não consegui uma imagem de ultrassom. Duvido que haja algum modo de penetrar uma agulha no saco amniótico, mas, de qualquer forma, Rosalie não me deixaria tentar. - Carlisle continuou.
- Uma agulha? Que bem isso faria? - Jake perguntou.
- Quanto mais souber sobre o feto, melhor posso estimar o que é capaz de fazer. Se eu ao menos soubesse a contagem cromossômica... - Carlisle disse.
- Está me deixando perdido, doutor. Pode descomplicar isso, por favor? - Jake perguntou.
Carlisle e eu rimos.
- Tudo bem. Quanto de biologia você estudou? Chegou aos pares cromossomos? - Carlisle perguntou.
- Acho que sim. Temos vinte e três, não é? - Jake disse.
- Os humanos têm. - Carlisle disse.
- Quantos vocês têm? - Jake perguntou.
- Vinte e cinco. - Carlisle respondeu.
- O que isso quer dizer? - Jake perguntou.
- Pensei que significasse que nossas espécies fossem completamente diferentes. Mas essa nova vida... Bem, ela sugere que somos geneticamente mais compatíveis do que eu pensava. Eu não sabia, e não pude alertá-los. - Carlisle disse.
Jake suspirou.
- Poderia ser útil saber qual é a contagem... saber se o feto está mais próximo de nós ou dela. Saber o que esperar. - Carlisle disse.
- Imagino como são meus cromossomos. - Jake pensou alto.
- Você tem vinte e quatro pares, Jacob. - Carlisle disse, sem graça.
Jake se virou para olhá-lo, surpreso por ele saber.
- Eu fiquei... curioso. Tomei a liberdade quando tratei você em junho passado. - Carlisle disse.
- Acho que isso deveria ter me chateado. Mas, na realidade, não me importo. - Jake disse.
- Juro que não queria lhe fazer mal nenhum. É só que... Acho sua espécie e a de Violet fascinantes. Creio que os elementos da natureza vampírica passaram a ser lugar-comum para mim com o decorrer dos séculos. A diferença entre a sua família e a humanidade é muito mais interessante. - Carlisle disse.
- E quantos cromossomos Violet tem? - Jake perguntou, curioso.
Eu já sabia a resposta, Carlisle, algum tempo depois de eu ter ido morar com os Cullen, fez alguns testes e estudou meu DNA.
- As bruxas são uma espécie fascinante. Elas possuem vinte e três pares cromossomos, assim como os humanos, mas é como se todos os cromossomos fossem modificados, como se fosse uma mutação genética em cada cromossomo. - Carlisle respondeu.
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A irmã mais nova de Rosalie Hale
FanfictionE se Rosalie Hale tivesse uma irmã biológica? E se ela fosse uma bruxa? Vou começar do início, 1933, ano em que Rosalie foi transformada em vampiro.