Capítulo 057

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(...)

Aquele era exatamente o tipo de beijo que Anahi gostava. Forte, sem pretensões ou chantagens. Era simplesmente algo que os dois queriam que acontecesse, comum acordo, livre e espontânea vontade. Depois de tanto tempo, isso parecia novo outra vez e deixou Alfonso extremamente excitado. Era um choque elétrico.

Ele agarrou o bumbum dela com gana, pressionando-a contra a ereção por trás do roupão. Anahi gemeu entre o beijo, zonza de tesão. Então se esfregou em Alfonso, mas o tecido grosso a frustrava, sua pele nua sentia falta da dele. Ela tateou o peito do marido até chegar ao nó do roupão e, após tê-lo desfeito, o ajudou a tirar, beijando o que antes o tecido cobria.

Porém, ansioso, ele suspendeu a loira pelas coxas, fazendo-a rir. Ela estava achando aquela necessidade gritante simplesmente deliciosa, absolutamente recíproca. Enrolou as pernas na cintura dele e se amparou nos ombros, esperando, passiva e expectante. Não teve delicadeza nenhuma, em momento algum. Ele a penetrou inteiro. Ela estava, literalmente, molhada o suficiente, mas a dor que veio com o ato foi inevitável. Anahi gemeu, franzindo o cenho, estreitando-se ao redor do membro do marido. Mas passou, sempre passava, os corpos tinham a medida certa. Agora a sua agonia era de prazer, obrigava-a a respirar em arfadas, sem fôlego. Anahi o mordeu onde alcançava, desesperada por ele, e Alfonso apertava cada centímetro da pele dela, como para se certificar que era Anahi em suas mãos, pressionando-a contra a parede fria para penetrá-la cada vez mais rápido e mais profundo. Os seios dela ficaram comprimidos contra o peito musculoso de Poncho, o corpo chocando-se com força ao dele. Por causa disso, Anahi estava ficando dolorida, hipersensível, mas até isso era gostoso, então não importava.

Quando acabou daquela vez, ele a levou para o quarto. A pressa ameaçou fazê-lo escorregar e Annie soltou um gritinho divertido, escondendo o rosto no vão do pescoço do marido.

Dessa vez, Alfonso a colocou no colchão e Anahi recebeu o peso dele sobre si de bom grado. Sentia falta daquilo também. Ele precisava de algum tempo até estar pronto outra vez, então a beijou inteira, chupando a pele até marcar, deslizando a língua, se deliciando com o corpo sinuoso que ela tinha. Anahi simplesmente entregou o que possuía, inerte e de olhos fechados, sentindo uma explosão dentro de si por cada vez que ele a tocava. Tudo o que ela podia oferecer naquele instante estava nas mãos de Alfonso, na boca dele sobre seu ventre, nos dentes que arranhavam sua pele.

Ele voltou a subir sobre Anahi, ajustando as pernas bem abertas ao redor de si. Mas não penetrou nela.

- O que foi? - ela perguntou, incerta, sentindo a testa suada do marido amparar-se na sua, com os narizes a se tocarem. Havia silêncio, exceto pela respiração de Alfonso que era forte demais. Com a boca entreaberta, ele liberava o ar de maneira entrecortada, puxando-o de volta em seguida com avidez - Por que você... - hesitou - Parou?

- Porque se eu continuar assim vou te machucar, anjo. Você me faz perder o controle - confessou, rouco. Anahi sorriu, pousando as mãos sobre os músculos ressaltados das costas dele, acariciando como se o tranquilizasse.

- Não vai - ela balançou a cabeça, doce - Não tem problema, eu quero - disse sentindo as bochechas esquentarem. Alfonso analisou, sério, com o maxilar trincado pela tensão - Eu gosto assim - então ela riu, travessa, ao mesmo tempo em que as mãos se dirigiam para o membro de Alfonso, começando a acariciá-lo logo depois.

- Por Deus, Ana... - ele gemeu, apertando os olhos - Você vai me deixar louco.

- Eu já não faço isso? - ela perguntou, umedecendo os lábios. Tinha o atrevimento estampando o rosto. E como ele a queria! Queria fazer amor com ela durante aquele dia inteiro, de preferência.

Ruas de OutonoOnde histórias criam vida. Descubra agora