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Na manhã seguinte, George deixou eu e Lizie no Campus. Jenny não queria me deixar voltar, e inclusive eu não queria voltar. A faculdade não me fazia sentido, não gostava de fazer jornalismo, eu sentia que meu dever agora era a Dimensão Negra.

Voltei para a irmandade e fui recebida com uma belo café da manhã, o pessoal havia dito as meninas da irmandade que eu estava internada. Maeve foi a que mais demonstrou preocupação. Depois do café da manhã, fui para o meu antigo quarto e ali encontrei minhas coisas do jeito que eu tinha deixado.

-Qualquer coisa, só me chamar.-Maeve falou entre a porta dando um sorriso reconfortante, eu assenti e ela saiu fechando a porta. Me joguei na cama pensando no que eu iria fazer.

Lembrei do meu vizinho da casa azul ao lado e na hora eu fui espiar pela janela o que ele estava fazendo. A janela do quarto deles estava aberta, mas pelo o que parecia não tinha ninguém.
Decidir ir fazer uma visita, mas antes eu corri para a cozinha para preparar algo e encontrei Joy lanchando.

-Ei!-Ela me cumprimentou tomando um gole do seu café.

-Olá...-Respondi meio tímida, Maeve era mais próxima de mim da Fraternidade, por isso sentia vergonha ao conversar com as outras por não conversar com elas.- Tô querendo conquistar um menino talvez eu faça cookies...não sei.- Ninguém perguntou, mas disse para puxar assunto.

-Sério?!- Disse com um olhar doce.- Posso ajudar você, se você quiser.

-Claro! Não sou muito boa em fazer cookies.- Falei me lembrando de quando fiz cookies com a Lizie e eles saíram todos deformados.

-Na internet tem a receita.- Ela falou pegando o celular que estava em cima da mesa e pesquisando a receita. Então, Joy me ajudou a fazer os cookies com recheio de chocolate branco. Durante esse tempo nós conversamos bastante, ela contou que veio da California fazer faculdade, disse que arrumou uma namorada e que se sentia muito feliz.

-O nome dela é Deise, ela é tão linda.- Joy suspirou enquanto colocava a bandeja de biscoitos no forno. Naquele momento eu a admirei e pensei que também queria ter o que ela tinha. Joy pegou o celular e me mostrou uma foto de uma menina com fortes traços, cabelos pretos, curtos e lisos, era a Deise.

-Ela é libanesa.- Contou sorridente.

-Ela realmente é muito linda.- Admirei.- Vocês são um belo casal.

-Muito obrigada.- Agradeceu indo lavar o copo dela que ela tinha deixado na pia.- E você? Por que você quer conquistar alguém?

-Porque eu sempre fui apaixonada por ele, mas aconteceu muita coisa e eu preferi não me envolver. Porém, quando a gente perde é que dá valor, não é? Foi mais ou menos isso.- Contei me apoiando no armário vendo ela ainda lavar a louça.

-Ahh...agora entendi.- Ela riu fechando a torneira e secando a mão.- Sabe o que você pode fazer? Escrever um bilhetinho anônimo e eu vou ir lá entregar.

-Ótima ideia!- Concordei. Quando os biscoitos ficaram prontos, tiramos eles do forno e vimos que novamente, eles estavam com formatos estranhos.

-Tá vendo? Nem pra colocar fermento direito eu consigo.- Choraminguei.

-Realmente são formatos de biscoitos bem incomuns.- Joy analisou, ela pegou um e comeu.- Mas o que tem de feios, tem de gostosos, experimenta um.- Assim eu fiz, peguei um e comi, estava uma delicia. Eu fiz um bilhetinho que estava escrito "Da sua admiradora secreta, não tão secreta assim. Espero que goste...fiz com muito carinho."
Quando ficou tudo arrumadinho, Joy fora entregar os biscoitos e eu fiquei vendo da varanda ela ir e voltar saltitante.

The GIRL//PETER PARKEROnde histórias criam vida. Descubra agora