Eu podia esperar tudo, menos que conseguisse mudar de forma. Eu ainda estava paralisada vendo aquela coisa estranha ameaçando a jogar água em mim. Isso era um ótimo artifício, eu podia me infiltrar tranquilamente, e já que o Strange estava ali, poderia ajudar ele à escapar.
Sai daquele precipício seguindo o estranho, ele reclamava de algumas coisas, mas eu simplesmente o ignorava por não entender.
Eu admirava a paisagem do lugar por ser tão estranha e deformada, era um lugar sombrio e psicodélico. Descemos alguns rochedos, quase rolei montanha à baixo quando pisei em falso, meu coração acelerou me enchendo de adrenalina. Parei e recuperei o fôlego.
Quando chegamos finalmente em terra firme, eu olhei para o precipício a onde eu estava e me enchi de vertigem por olhar pra cima, era um lugar bem alto.—Vamos logo, idiota—Ele reclamou comigo. Eu voltei a prestar atenção a onde ele estava indo, e observando o lugar, pude notar que a terra não era tão anômala quanto a visão que eu tinha lá de cima. A terra era roxa, com algumas falhas que continham algo líquido na cor roxa também, mas era um líquido neon, era uma coisa que eu não me atrevia a por a mão. Não tinha ninguém ao redor, o céu estava tão nublado que parecia mais nuvens pretas do que cinzas. Com certeza ia cair uma tempestade, o vento passou a ficar mais forte e eu apressei meus passos. Chegou um ponto que o Anônimo parou no meio do nada, sussurrou algumas palavras e uma porta no chão surgiu. Isso mesmo, uma porta. Ele abriu-a revelando uma escadaria de pedras, ele foi primeiro e eu cogitei uns segundos até acabar sendo ameaçada de novo, esse cara tá me dando nos nervos. Desci a escadaria ouvindo vozes.
—Me fale onde ela está, Strange—Era a voz de uma mulher. O lugar, que parecia mais um porão, estava escuro, parecia uma sala de interrogatório policial. Eu não ouvi o Strange respondendo.
Chegamos mais perto e eu vi o mesmo flutuando no ar com seus membros esticados, ele estava adormecido, mas balbuciava algumas coisas. A mulher que o interrogava tinha belos cabelos compridos da cor preta, vou perguntar qual a hidratação que ela usa depois.
Ela usava um tom de voz ditador, o que me deu um arrepio na espinha. Pelo o que parecia, eu, que não era bem eu, e o meu amigão aqui, somos servos, e viemos aqui ajudar a não sei fazer o que, mas tá, eu não preciso agir como se fosse esse cara, ou preciso?
Tinha alguns outros caras iguais à nós, uns quatro, ajudando a arrancar algum segredo do Doutor Estranho.—Senhora, ele está enfeitiçado, nenhuma outra magia irá funcionar—Um dos quatro ajudantes falou. A mulher esbanjou raiva.
—Era óbvio que não ia ser tão fácil vindo do Strange-Ela passou a mão no rosto adormecido dele.—Mas a pressa é inimiga da perfeição...—Ela sorriu sedutora para um dos seus ajudantes.—Vamos esperar meus caros ajudantes.
A mulher deixou aquele projeto de porão restando só os ajudantes. Estava na hora de agir.
—Ei-Chamei o cara que estava comigo, pelo visto ele era algum amigo meu—Eu não me lembro muito bem o que está acontecendo, você pode me recordar?—Levei um tapa na cabeça.—Bebeu muito ontem? Paspalho. Umar jogou um feitiço no Strange para que ele adormecesse e contasse o que ela quer saber... mas antes disso, Strange já tinha feito um feitiço de silêncio a onde se alguém quisesse tirar alguma informação dele, ele não vai falar...
—E o que ela quer saber?-Perguntei, ele me encarou.
—Não podemos saber, nunca se sabe se temos um infiltrado.—Respondeu e milagrosamente ele não me bateu. Não puxei mais assunto, era o bastante que eu precisava saber, além do nome dela...Umar.
Não demorei muito até decidir tomar uma atitude. Havia uma faca em cima de um balcão de madeira, era uma espécie de torturador, escolhi a faca mais pontiaguda que tinha. De mansinho, perfurei bem no coração do primeiro cara, só escutaram ele urrar e cair de dor. O segundo o esfaqueei com golpes na barriga e no peito, ele caiu no chão. O terceiro, cortei seu pescoço sentindo seu sangue jorrar por minhas mãos. O quarto anônimo, bati sua cabeça contra a parede cheia de saliências pontiagudas. O Quinto e último, eu apenas apontei a faca para ele, me transmutei voltando para minha forma real.—Faça ele acordar!-Ordenei, o ajudante estava em choque.—Agora!-Ele se assustou e andou até onde Strange flutuava em um sono profundo. Ele sussurrou algumas palavras e Stephen caiu no chão, ele recuperou a consciência na hora.
—Como você chegou aqui?-Ele me olhou furioso, se levantou na mesma hora. Começou a fazer um círculo com as mãos e um portal se formou, com uma das mãos, fez aquele ser ajudante flutuar e o jogou para dentro do porta o fechando na mesma hora.
—Para onde você o mandou?-Perguntei talvez não sendo uma boa hora para fazer perguntas.
—Para bem longe daqui, assim como eu vou fazer com você Giennah, em nenhuma das hipóteses você deveria estar aqui.— Ele disse ansioso, parecia muito bravo. De repente escutamos passos na escada, Stephen arregalou os olhos para mim, abriu um portal rapidamente.
—Eu não posso ir embora Stephen!-Eu disse, mas antes que eu pudesse convencer ele, ele já havia me jogado pelo portal e eu estava no meu quarto novamente.
Eu sentei no chão do meu quarto novamente que nem criança birrenta, ia me transportar de novo.
—Concentração e...agora!-Eu disse, abri os olhos e continuava no meu quarto. Tentei mais duas vezes e não consegui, a raiva bateu e antes que eu pudesse piorar, eu apenas me joguei na cama e dormi. O mal pode esperar por alguém que só quer tirar uma soneca.
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The GIRL//PETER PARKER
Fanfiction"Respire; Seja quem você é; Luz ou trevas; Amor ou ódio; Heroína ou Vilã? Você decide...Giennah" Ela foi monitorada pela S.H.I.E.L.D desde o momento em que chegou no orfanato, mas por quê? Giennah Collins foi adotada por um casal conturbado...