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-Tia May, essa é a Giennah.-Peter me apresentou à tia dele depois do vexame no quarto. Ela era uma mulher que aparentava ter uns quarenta anos, cabelos castanho claros e era bem jovial.
May havia se levantado do sofá para me cumprimentar.

-Ora, é um prazer Giennah?-Falou estreitando os olhos e estendendo a mão.

-Carter, Sra.Parker-Apertei a mão dela.

-Giennah Carter...-Ela sorriu repetindo.

-Perdão pelo o que aconteceu no quarto...-Falei e Peter me deu uma cotovelada de lado.

-Águas passadas, minha querida, aceita um chá? Café...

-Não senhora, muito obrigada, já estou de saída.- E eu fui saindo de fininho, caminhando em direção a porta.

-Disponha, querida.-Ela acenou com a cabeça e Peter me seguiu até a porta.

Na rua, em frente ao apartamento dele, nós sentamos nos degraus no prédio e conversamos.

-Se não for muito incômodo, queria saber o que aconteceu com seus pais?-Perguntei enquanto ele acariciava minha mão que estava apoiada no joelho dele.

-Morreram num acidente de avião, então meus tios Ben e May me criaram como se fosse filho deles. Porém meu tio Ben foi assassinado, me restando tia May...-Contou em um tom descontraído.

-Sinto muitíssimo...-Eu encostei minha cabeça no ombro dele a onde ele depositou um beijo na minha testa.

-Tudo bem...já passou. Mas mudando de assunto...-Virou o corpo dele para mim e eu me virei para ele.-A escola termina esse ano, alguma ideia do que você quer fazer na faculdade?.- Uma coisa que eu não havia pensado em todo esse tempo, meu curso na faculdade.

-Eu não faço ideia...-Confessei rindo.- Eu realmente não faço ideia. Mas e você?

-Eu tenho algo em mente...

-Ah é? O que?-Perguntei.

-Biofísica...-Olhou para rua dando um sorriso singelo.

-Que ótimo! É a sua cara.- Ele combinava com exatas, também ele era o melhor aluno de exatas da sala. Já eu, nem me atrevia em pensar em estudar exatas, odiava.

-Eu sei...mas não sei se você pensou, ano que vem não vamos mais nos ver todos os dias.-Me olhou ainda com o sorriso no rosto.

-Isso não é um problema.-Retruquei dando de ombros.

-Mas vou sentir sua falta.-Ele colocou uma mexa do meu cabelo para trás da minha orelha.

-Vai é?-Eu dei um sorriso de mostrar os dentes.

-Com toda certeza...-Disse e em seguida me deu um beijo. Eu estava completamente apaixonada por ele.

-Mas...-Se separou do beijo.- Se não se importa, agora eu que tenho uma pergunta...- E eu assenti para que ele prosseguisse.

-Por quê você roubava?-Perguntou sendo direto e eu pensei por uns instantes na resposta, era um pouco difícil lembrar do passado.

The GIRL//PETER PARKEROnde histórias criam vida. Descubra agora