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Músicas para o capítulo

Hunger- Florence+The Machine

Harry Styles- Falling.

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Na manhã seguinte eu já estava pronta para voltar para casa, eu mal tinha dormido por conta da ansiedade de voltar logo e avisar a todos que eu estava viva.

Me levantei e arrumei o sofá, dobrei os lençóis e deixei tudo em um canto. Logo depois, Starligh e o Miles acordaram, saindo os dois do mesmo quarto.

Nós três tomamos café, Miles fazia perguntas sobre o meu mundo, mas pelo visto ele não era muito diferente do daqui.
Depois que terminamos, eu ajudei a arrumar as louças e logo chegara a hora de ir embora.

-Foi muito maneiro conhecer você.-Miles disse e nós demos um soco com a mão.

-Nem me fale, foi a experiência mais louca da minha vida.- Concordei.

-Sei como é...-A Starligh riu.- Ah! Só uma observação. -Ela disse lembrando de alguma coisa. -Quando você voltar já terá passado uma semana, então vá com calma.

-Como assim?!-Eu perguntei franzindo o cenho.-Eu não sabia que a relatividade se aplicava  a isso também.

-É claro que se aplica, o tempo aqui é diferente do seu mundo, e assim é em qualquer planeta que você for.- Explicou de uma forma simpática.

-Certo.-Eu disse, estava morrendo de medo de voltar, morrendo de medo de ver como vai ser a reação do pessoal.

-Então vamos lá...-Starlight disse. Ela fechou os olhos se concentrando, uniu as mãos e quando as separou, seus olhos abriram de novo e dessa vez um olho estava totalmente preto e o outro estava totalmente branco, as íris haviam sumido. Ela girou as mãos no ar e símbolos se formaram, que nem os símbolos do Stephen. Então um portal circular se formou, eu olhei apreensiva para Miles e ele apenas assentiu. Eu acenei em despedida e caminhei para o portal, quando eu o cruzei dei de cara com o meu quarto.
Eu virei de costas vendo o portal sumir, e quando ele se fora totalmente eu me dei conta que estava de volta, mas precisava ser cautelosa. Eu analisei meu quarto, e estava tudo no seu lugar, ninguém mexera nele, eu me senti aliviada.
Caminhei para a porta e a abri indo para o corredor, ao espiar pela fresta o quarto da Lizie, pude ver que ela estava deitada na cama com o corpo virado para a parede. Eu escutei um fungar bem baixinho, cheguei mais perto dela na ponta dos pés e notei que ela chorava e sussurrava coisas.

-Eu sinto tanto a sua falta...volta por favor.-Era o que ela dizia.

-psiu...-Eu disse baixinho e imediatamente o corpo dela endureceu, o choro parou, e lentamente ela virou o rosto para olhar e quando ela me viu, seus olhos se arregalaram e soltou o grito mais agudo que eu já escutara na vida.

-AAAAAAA!

-Ei ei! Lizie!Sou eu...-Falei chegando mais perto dela e ela foi chegando mais perto da parede totalmente assustada, eu sei que eu deveria ter ido com calma, mas eu não via outra forma de fazer isso melhor.

-AAAAAA-Ela continuou a gritar.

-Calma! Calma!-Eu sentei na cama e toquei no braço dela e ela parou de gritar, mas seus olhos ficaram vidrados em mim e ela ficou pálida.

-Ginnie?-Ela perguntou e seus olhos começaram a se encher de lágrimas. Eu balancei a cabeça afirmando, ela se sentou e voou no meu pescoço me abraçando.

-C-como?-Ela gaguejava e tremia no abraço.- Faz uma semana que você morreu! Ou que você deveria ter morrido, todos acham que você está morta...-Ela começou a falar rapidamente sem dar trégua para respirar.- E você está aqui, está viva, como isso é possível...- Ela apertou meu braço com força.

The GIRL//PETER PARKEROnde histórias criam vida. Descubra agora