• Capitulo 29 •

3.6K 352 85
                                    

Maratona 3/3

Vigarista

Eu tinha bebido uma lata de cerveja e pra mim tava tranquilo, queria beber muito não, tava suave.

Já era meia noite, tava todo mundo bêbado, Pedrinho tinha sumido com uma mina ai e nem voltou. Eu tava cansadão já.

A idade chega...

Quando eu me levantei a mulher do Fumaça veio pra perto dele.

- Vamos logo cantar parabéns! - Ela disse e ele concordou.

Ela saiu de perto e ele se levantou. Ela saiu avisando todo mundo. Todo mundo foi pra perto do bolo, eu continuei ali parado. Bolei um e acendi ali mesmo.

Do nada Pedrinho aparece.

- Cadê a Luísa? - Pedrinho perguntou.

- E eu que tenho que saber? - Perguntei negando.

- Ninguém tá achando ela! - Pedrinho disse.

Essa mina só da trabalho.

Fumaça chegou pra perto de mim e de Pedrinho.

- Aê, Luísa não tá ai não. Tem como dar aquela procurada? - Fumaça perguntou e eu concordei.

- Ela não tá dentro da casa? - Pedrinho perguntou e ele negou saindo de perto. - Luísa é foda em! - Pedrinho disse saindo perto.

Todo mundo ali desesperado, terminei de fumar e fui caminhando lentamente sabendo aonde a maluca tava.

*****

Luísa

Eu tentava me acalmar, eu não tava bem, eu estava tendo novamente a crise, mas agora estava pior, eu sentia uma agonia maior, sentia ânsia e sabia que eu ia acabar vomitando.

Samira acabou me segurando e falando algumas coisas, eu xinguei ela pra caralho, ela começou a chorar ali e eu sai de casa vindo pro campinho. Tava tudo apagado, eu me encolhi em um canto pra que ninguém me visse.

Fiquei ali passando aquela sensação horrível, até ouvir passos, eu tampei a boca pra não fazer barulho e logo me assustei vendo Vigarista do meu lado, ele me encarou e negou.

- Tá maluca caralho? Todo mundo atrás de ti e tu ai! - Ele disse, mas logo em seguida percebeu que eu estava chorando. - Ih, qual foi? - Ele perguntou se abaixando.

- Nada, me deixa! - Respondi respirando sem controle.

Eu tava ofegante demais, ele tocou na minha mão e logo segurou.

- Calma caralho, porra tua mão tá gelada. - Ele disse. - Tu vai falar ou vou te levar arrastada daqui até tua goma? - Ele perguntou todo bravo.

- Cala boca caralho. - Falei brava. - Eu tô tendo minhas crises imbecil! - Falei em lágrimas.

Ele ficou me encarando e me puxou com tudo. Ele não tinha jeito pra aquilo, mas naquele momento era o que tava começando a me acalmar, ele dava leves batidinhas na minha costa.

Eu suspirava fundo com os olhos fechados, e a única coisa que entrava pelo meu nariz era o perfume dele. Ele se afastou de mim e me encarou.

- Vai falar? Porra é melhor tu desabafar. - Ele disse e eu neguei suspirando.

Eu comecei a contar tudo, eu estava esgotada, eu era muito fácil de ser afetada.

- Deixa eu ir... - Falei me levantando me sentindo mais leve.

Vigarista se levantou e acariciou meus cabelos.

- Fica de boa aê garota, tu fez tua parte. Tu tem que entender que nesse mundão é cada um por si, tu não pode ficar se magoando por qualquer bagulho que falam pra ti, manda ir pra casa do caralho, se for o caso, arrebenta, mas esse bagulho de ficar aguentando pra tu mesmo? Não não, sai dessa Luísa, isso faz mal pra tu, tu tá deixando de viver por negada que nem vale a pena cara! - Ele dizia isso sério.

As vezes ele me dava medo.

- É, você tá certo! - Falei me sentando novamente.

Ele se sentou e acendeu um cigarro ali.

- Aê, aproveita o hoje, faz como se fosse uma virada de vida pra tu o dia de hoje. - Ele disse e eu concordei.

Vigarista enfiou a mão no bolso e retirou uma caixinha, ele me deu e ficou encarando o céu. Fiquei encarando aquela caixinha preta e olhei pra ele.

- O que é isso? - Perguntei.

- É pra tu. Abre ai e bora pra tua goma, não dá pra tu parar tua vida não gata! - Ele disse se levantando.

Encarei aquela caixinha e abri vendo um anel.

- Que lindo... Não precisava... - Falei colocando no dedo e me levantando até ele.

Ele não disse nada. Eu abracei ele firme e ele retribuiu depois de alguns segundos.

Eu fui me afastando sentindo aquele perfume dele entre nós. Eu encarei aqueles olhos e ele me olhava firme sem tirar os olhos de mim. Eu fechei os meus olhos e puxei a cabeça dele em direção a mim, ele abriu a boca e acabamos se beijando ali. Querendo ou não aquele beijo dele era gostoso, era de prender qualquer um...

Depois de uns minutos ele se afastou.

- Tua casa, bora! - Ele disse e eu concordei.

Fomos o caminho todo sem falar nada. Só ele que mandou rádio dizendo que havia me encontrado pro meu pai. Chegando lá todos veio perguntando aonde eu estava, e eu acabei mentindo que eu estava na casa da Jana, já que ela acabou nem ia no meu aniversário...

• aperta na estrelinha •

Esse foi o anel:

Desculpa a demora pra postar, eu acabei apagando e acordei no susto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Desculpa a demora pra postar, eu acabei apagando e acordei no susto. 🥺

MUNDO MOnde histórias criam vida. Descubra agora