• Capitulo 64 •

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Luísa

Vinicius foi na Jana e eu fui pra frente de casa aonde o Vigarista estava com Lizandra.

Não gostei dela do mesmo jeito, ela ficava me encarando, ai quando eu olhava ela virava a cara.

- Bora comigo ali levar minha irmã pro asfalto! - Vigarista disse.

- Não é ruim pra tu? - Perguntei e ele negou.

Fomos descendo até a casa dele, ele entrou no carro e ela entrou na frente com ele.

Eu entrei atrás e vi Vigarista virar me olhando.

- Não sentou aqui na frente por que em? - Ele perguntou.

- Queria que sentasse no colo dela? - Perguntei.

- Quer sentar aqui amore? - Ouvi a voz da Lizandra.

- Não amore, não precisa! - Falei no mesmo tom de deboche.

Vigarista me mediu e se virou, ele ligou o carro e foi guiando até a favela da onde o namorado da Lizandra morava. A música do Sabotage tocava alto.

Quero até provar pra ti, quem mais te quer por ti sorrir, a fauna e a flora mostra nossos dois sentimentos. É da hora quando nós se encontra e fica juntin... ”

Olhei pro retrovisor e Vigarista me encarava cantando. Eu continuei olhando e suspirei vendo que...

Ou ele era o meu maior amor ou seria minha maior dor...

Chegamos até a favela, Lizandra falava no celular com o namorado, e pelo visto os dois discutiam. O Vigarista parou o carro e ela desceu, ele desceu atrás indo até a minha porta abrindo.

- Bora, tu vem junto, Deus o livre alguém faz alguma maldade e eu ter que meter bala! - Vigarista disse pegando na minha mão.

Eu fechei a porta e fui indo com ele. Lizandra tava um pouquinho a frente.

- O namorado dela é envolvido? - Perguntei.

- Olheiro! - Vigarista respondeu.

Logo apareceu um carinha, ela foi até ele e gesticulava bastante enquanto falava com ele.

Chegamos perto vendo os dois discutindo.

- Custava tu ir lá? Que merda tava fazendo que tava ocupado pra mim? - Lizandra dizia pro namorado dela.

Ele tinha uma cicatriz enorme na bochecha, ela tava só de bermuda com uma pistola na cintura.

- Tu veio não veio? Chega porra, quer mais o que? Não deu pra ir, não fica enchendo a minha cabeça não. - Ele disse.

Vigarista mediu ele e ai foi que ele percebeu que estávamos ali também.

- Tu que é o Pablo? - Vigarista perguntou estendendo a mão.

- Sou eu sim... Satisfação aê Vigarista! - O namorado da Lizandra disse estendendo a mão.

Era um lugar escuro, dava agonia.

O que eu tô fazendo aqui?

- Aê, tô indo, qualquer bagulho tu me manda um sinal que eu dou um jeito de vir pra cá. Tá de boa Lizandra? - Vigarista perguntou e ela concordou. - Cuida dela ai, no respeito e na humildade! - Vigarista disse e ele concordou.

Fomos se afastando dali voltando pro carro.

- Ele tem cara de ruim. - Falei e ele concordou.

- Nem adianta, já mandei o papo pra Lizandra, mas quem disse que ouve? Ouve porra nenhuma, cada um por si então! - Ele disse entrando no carro.

Entrei de volta no carro e ele suspirou me encarando.

- Desculpa, foi ridículo hoje, eu realmente achei que vocês estavam juntos... - Falei.

- De boa, eu me liguei que tu ia ficar bravona quando te vi passar por mim cedo hoje. Tua cara não disfarça nada mulher! - Vigarista disse me puxando e depositando um beijo na minha bochecha.

Ele ligou o carro voltando de volta pra favela. Chegamos na rua de baixo de casa e ele parou o carro.

- Boa noite Washington! - Falei indo dar um selinho.

Ele me puxou com tudo pra um beijo, eu me afastei e vi ele encarar a minha boca.

- Essa tua boca... - Vigarista disse me dando um selinho demorado. - Vai lá princesa, tô de olho! - Ele disse.

Eu assenti saindo do carro rápido e subindo até a frente de casa. Ele passou com o carro e piscou sorrindo.

Já quero o meu pedido de namoro. Tô brincando, mas se ele quiser eu quero...

aperta na estrelinha •

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