• Capitulo 53 •

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Jana

Entrei na boca de fumo e bati na porta, eu empurrei e vi logo Alê me encarar.

- Porra, o que tu tava fazendo aqui? - Alê perguntou vindo com tudo me abraçar.

Eu abracei ele forte e logo ele se afastou.

- A gente precisa conversar... - Falei.

- Pô, senta aê! - Ele disse. - Mas aê, conta pra mim, tá tudo tranquilo contigo? - Ele perguntou e eu neguei.

- Não tá muito não Alê, minha menstruação tá atrasada! - Falei.

Ele ficou me encarando sem entender e se levantou.

- Que papo é esse? - Alê disse.

Eu peguei o teste e deixei em cima da cadeira.

- Deu positivo... - Falei.

Alê engoliu seco virando as costas, ele passou a mão no rosto e suspirando em encarando novamente.

- Tu tá saindo com alguém lá do asfalto? - Ele perguntou e eu arqueei a sobrancelha.

Oi?

- Tá doido? Eu só sai contigo nesses últimos tempos! - Falei um pouco alto.

- Abaixa o tom que não tem ninguém gritando aqui! - Alê disse. - Qual é Jana, esse negócio tá estranho ai, não deve ser meu não! - Ele disse.

Ouvir aquilo parecia que eu tinha recebido um murro no estômago. Eu fiquei encarando ele sem entender.

- Tá de brincadeira com a minha cara né? A gente transa sem camisinha, tu goza dentro e ainda fala que não é teu? - Falei indignada.

- E qual é a confirmação que é meu? Tu tá lá no asfalto faz dias, não tô contigo toda hora não, tu é solteira, tu deve sair sim com as negadas do asfalto! - Alê dizia.

Sentia uma raiva subir em meu corpo, eu sentia aquela sensação de traição. Eu e ele não tinha nada, mas ele não podia deixar de lado a obrigação de pai. E ainda por cima eu estava gostando dele, que ridículo achar que uma pessoa é boa e no fim quebrar a cara com ela.

- É teu, eu não sou nenhuma vagabunda, tu me respeita Alexandre, eu nunca sai com ninguém enquanto estava saindo contigo. Tu não tem vergonha na cara de falar isso pra mim? - Falei brava.

Ele estreitou os olhos mr encarando sério, o sangue deve ferveu, deu pra ver a raiva nos olhos dele, eu fechei a cara também e fui pegando o teste pra sair daquela sala.

- Tu vai ficar ai caralho. - Ele disse vindo pra perto me colocando sentada na cadeira. - Tu tá querendo vir com pilantragem pra cima de mim né? - Ele disse e eu me levantei ficando cara a cara com ele.

- Porra, não achei que tu seria esse bosta que é, parabéns, nunca vi um cara tão filha da puta igual você! - Falei brava e logo senti o primeiro tapa na cara.

Eu coloquei a mão sentindo o ardor daquele tapa e logo encarei ele indo pra cima. Ele veio com me enchendo de tapas.

*****

Luísa

- Deus me livre engravidar de tu! - Respondi.

- Aê, tu vê como tu fala! - Vigarista disse.

- Eu não tô grávida cacete, Pedrinho vê os negócios e sai falando o que nem sabe! - Falei negando com a cabeça.

- É de quem então aquele teste? - Ele perguntou.

- Jana! - Respondi. - E o que tu tem que saber? Eu em, vai assumir? - Perguntei.

- Sem educação do caralho, parece que tem onze anos, na moral mesmo! - Ele disse acendendo um cigarro.

Eu olhei feio pra ele e ai ele chegou até mais perto.

- Cheiro horrível, sai de perto! - Reclamei.

Ele soltou toda fumaça no meu cabelo e eu levantei com tudo metendo um tapa no braço dele, fazendo o cigarro cair no chão.

Ele me encarou sério e se afastou.

- Tá devendo o segundo cigarro já, tu é malucona demais, sai fora meu! - Ele disse sentando no banco em que eu estava sentada.

Eu continuei de pé, ficamos no maior silêncio, mas dava pra ouvir a voz da Jana falando alto, demorou nada e logo o primeiro berro da Jana falando “sai de perto de mim ”.

Eu encarei Vigarista, ele me encarou e fomos correndo até a sala. Vigarista entrou com tudo, eu encarei aquela cena vendo Alê enforcando a Jana. Vigarista na mesma hora puxou Alê.

- Larga dela porra! - Vigarista puxou ele fazendo ele soltar a Jana.

Jana tava vermelha, eu corri até ela, ela tava com os olhos vermelhos cheios de lágrimas. Ela me abraçou firme e eu senti que aquela conversa não tinha sido boa.

- Tu cria sozinho, meu não é! - Alê dizia alto.

- Cala a porra da boca caralho! - Vigarista disse puxando pra fora da sala.

Jana se sentou tampando o rosto e chorando mais ainda.

- Jana, olha pra mim! - Falei puxando o rosto dela. - Eu tô contigo, você vai pra minha casa, vem vamos! - Falei puxando ela pra fora.

Vigarista falava com Alê lá fora, dava pra ver que Alê tava fora de si, nem parecia o mesmo cara de sempre. Eu levei ela até em casa, Jana só sabia chorar, fomos direto pro meu quarto, ela se jogou na cama e ai sim que ela começou a me contar...

Escroto.

aperta na estrelinha •

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