• Capitulo 92 •

3K 304 92
                                    

ATENÇÃO

Este capítulo será escrito conforme os “depoimentos” das pessoas que estavam ali no momento.

*****

Vigarista

Vazei a caminho de apagar aquele filho da puta. Eu sentia aquele ódio corroer pelo meu corpo, eu tava agitadão, e olha que eu nem tinha cheirado...

Entrei na primeira estrada de terra que era o ponto de encontro com o manos lá de São Paulo.

Papo reto mesmo, quis nem saber de Pedrinho ir junto, ele tava louco pra pular na bala por mim, mas ele eu não deixava não. Pedro e eu era como irmãos, eu não me perdoaria nunca se eu perdesse ele também.

Avistei de longe Tiquinho e Kaká. Os manos era das antigas, cresceu comigo e com meu irmão, mas eles eram mais parceiros do Leo mesmo...

- E aí caralho! - Falei descendo da moto cumprimentando os dois.

- E aí Vigarista... Qual é o papo? Aonde o mano lá tá? - Kaká perguntou.

- Tá pra lá só Cantagalo... Descolei a fita que ele tá desfilando por aí, papo que tá casado com uma mina de lá. - Falei. - Ele tá fodido, ele só sai de lá no caixão agora! - Falei sentindo o ódio.

- Tá certo, mas aê, tu tá querendo ir já? Tá clarão ainda, papo que a gente devia ir na parte da matina em! - Tiquinho disse e eu concordei.

- Tô ligado, já esquematizei tudo. O Baiano vai dar reforço pra qualquer b.o também, ele chega ai mais tarde, já tá certo. Vocês não vão meter bala em nada, o bagulho é eu e ele, só que se foder algum bagulho lá, ai mete bala, vou chegar na tranquilidade, acerto de contas! - Falei e os dois concordaram.

Foi tudo bolado ali com os moleques, eles entenderam tudo, quando deu umas onze da noite, já vazamos com tudo na mente. Baiano ficou de tocaia. Eu tava ligado já da rotina do filho da puta do Julião, Baiano tava acompanhando já fazia um mês e a gente sabia que na parte da noite, quase umas onze e meia, ele brotava na pista atrás da amante...

Era a hora certa.

Chegamos na esquina do outro lado. Ficamos só de bituca olhando o movimento, era um sobe e desce do caralho de moto. Demorou nada pro Julião aparecer, ele desceu de moto na maior velocidade, dei partida e fui atrás, minha barriga tava gelando, eu sentia aquela adrenalina, eu sentia meu coração bater forte pra caralho. O alívio de saber que a hora daquele lazarento tinha chego. Eu sentia o gosto da vingança, eu sentia o abraço do Leonardo. Suspirei fundo sentindo o cheiro do perfume, eu olhei rapidamente pro céu e havia uma estrela comigo...

Eu sabia que era ele...

Julião se ligou que eu tava atrás dele, ele mudou total a rota e foi entrando numa rua que era cheio de mato, tinha uma pontezinha velha pra caralho.

Eu peguei a pistola mirando na roda e acertando vendo ele ir de um lado pro outro. Logo ouvi os tiros e quando afirmei os olhos, vi que ele estava com uma pistola também tentando mirar em mim.

Eu passei por ele com a moto e logo atrás os moleques tavam lá.

Eu já fui logo descendo da moto e acertando um tiro na mão dele que tava com a arma, a mão dele foi estourada pela bala.

Ele caiu no chão com tudo gemendo de dor.

- E aí pau no cu, tu lembra do meu rosto morfetico? - Falei metendo um chute no saco dele. - Tu apagou meu irmão, e tu sabe que a tua caminhada era a errada, tu tirou a vida do meu irmão, quem tira tua vida hoje sou eu! - Falei metendo um chute na boca dele.

- Tá maluco caralho?! - Ele foi falar e eu acertei um tiro na perna dele vendo ele agonizar de dor.

- Tu fez minha coroa chorar um dia. Quem vai chorar hoje, é a tua! - Falei abaixando e enchendo ele de socos.

Eu perdi a linha, desci o murro nele, enquanto eu batia no rosto dele eu sentia as lágrimas no meu rosto caírem, eu sentia o Leo ali, a música mundo m rondava na minha mente.

- Bora vazar Washington, os caras tá chegando ai! - Ouvi a voz do Kaká.

- Daqui tu não sai vivo não Vigarista! - Julião disse.

Eu me levantei rindo pelo nariz.

- Tu também não! - Falei descarregando a bala na cara dele.

Ouvia os barulhos das motos e dos tiros. Eu corri até a moto e dei partida indo a milhão, eu ouvia aquela chuva de tiros, sai daquela área indo pra favela e logo ouvi e senti aquele estralo, eu comecei a perder totalmente o controle da moto ali, eu tentava ter controle mas não dava, tinham acertado nas rodas. Eu tava acelerando, tava uma velocidade rápida demais, eu perdi todo o controle quando senti que o baque... Eu havia dado de frente com um poste...

• aperta na estrelinha •

Instagram: @autorabecaax

MUNDO MOnde histórias criam vida. Descubra agora