• Capitulo 44 •

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Luísa

Segunda-feira

Dia de ir pra escola, mas o que eu queria mesmo era continuar dormindo até meio dia. Levantei já com a roupa no corpo e fui direto escovar os dentes, lavei meu rosto e prendi meu cabelo em um coque, passei desodorante, até por que ninguém é obrigado a sentir cheiro de caatinga logo cedo.

- Luísa... - Ouvi a voz da Samira.

- O que? - Perguntei entrando no quarto calçando meu chinelo.

- Tu me ajuda a ir na casa do Pedrinho, essas horas o pai vai pra dionéia... - Samira disse.

Eu olhei o horário do celular e peguei a mochila colocando nas costas.

- Rápido! Respondi pegando o fone e conectando no celular.

Fui pro banheiro e bati.

- Tô cagando caralho! - Vinícius berrou.

- Vou deixar tu pra trás, toda vez essa demora do caralho! - Falei e nem ouvi ele falar nada.

Eu fui na sala e me deitei sentindo aquele soninho gostoso.

Ai ai, eu podia matar aula em...

- Bora Luísa! - Ouvi a voz da Samira.

Eu me levantei e fui saindo de casa. Parecia mais uma morta viva eu andando, tava indo pra escola na força do ódio mesmo.

- Se o pai te pegar o problema não é meu, tu que segure o b.o! - Falei descendo a rua de casa.

- Não vai dar em nada, é só pra tu ir comigo até lá, se ele ver eu sozinha lá, ele vai estranhar, se tu tiver junto, ele vai se ligar que a gente vai ir na tua amiga lá! - Samira disse e eu concordei.

Loucura matar aula pra transar, ainda mais cedo.

Fomos até a dionéia, cortamos o maior caminho, Pedrinho esperava a gente de touca, capuz e um moletom que não dava pra ver nem quem era.

Se eu tô passando, e passa ele, eu logo acho que vou ser assaltada.

Eu parei na metade do caminho.

- Obrigada Lu! - Ela disse.

- Usa a porra da camisinha pelo amor de Deus, de gente irresponsável já basta Vitória! - Falei e ela riu indo até ele.

Fiquei vendo eles irem e logo entrar em um barraco. Eu voltei indo pra escola, botei meu foninho no alto e entrei na escola.

Tava morrendo de sono, me sentei na cadeira e já abaixei a cabeça na mesa, meus olhos pesavam de verdade. Eu fechei e cheguei até a tirar um cochilo, senti me cutucarem e nem me importei, senti passarem a mão no meu cabelo e eu abri um olho vendo Lelê do meu lado sentado.

- Bom dia princesa! - Lelê disse pegando minha mão e beijando.

- Tô com sono... - Falei baixo fechando os olhos. Ele começou a acariciar meu cabelo o que me fez ficar mais ainda sonolenta.

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