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Alice: 🥰

Eu estava feliz pelas minhas crianças, todos estavam bem e seguindo seus caminhos, às vezes eu ficava triste deles terem crescido tão rápido, por mais que eu tenha curtido bastante a infância, adolescência, juventude, parecia que eu não tinha curtido nada ainda, que eles nasceram e cresceram do dia para a noite.

Eu estava preocupada com a Fernanda, ela andava deslumbrada com a vida fora da comunidade, estava tratando gente da comunidade com indiferença e infelizmente minha filha sempre mostrou que não gostava da comunidade. Eu e o Zeus ainda não estávamos super bem, nos falávamos normal, eu fazia minhas coisas em casa, a gente dormia junto, mas eu não me sentia totalmente bem depois do ocorrido com a Nanda, eu fiquei muito assustada mesmo, nunca achei que ele pudesse fazer isso, na verdade, eu sabia que ele podia sim já que ele era muito de prometer as coisas, mas depois do seu autocontrole nos últimos anos, achei que não iria haver algo do tipo.

Na hora em que ele segurou meu braço com força eu esperava mesmo que me batesse, meus olhos arregalaram de medo e eu sei disso, lembro como se fosse hoje todas às vezes que fui espancada pelo antigo Zeus, ele me batia como fez com a Fernanda e ainda fazia pior, pois antes o Zeus me batia como ele fazia quando ia cobrar as pessoas, ele me chutava sem pensar aonde iria acertar, ele só descontava a irá em mim.

Resolvo parar de pensar no passado, quando eu foco de mais no passado eu fico indiferente com as pessoas que um dia me magoaram e eu não queria ficar assim com o Felipe, na verdade, já estava um pouco e não queria ficar mais ainda. Eu amava o Lipe e não passava pela minha mente pegar ódio dele devido a erros do passado, que já foram corrigidos com amor, carinho, lealdade e tudo mais que ele fazia por mim.

Arrumo as roupas dele, já que era bagunceiro como a irmã, a Fernanda também era bagunceira de mais, porém nem tanto igual ao pai e a tia. Dobro as roupas de vagar, mas quando dobro uma bermuda, sinto algo no bolso, então abro o bolso e pego o que estava dentro, era um envelope não tão grosso de papel, abro após ver o nome do Felipe na frente, nome de outro homem, assim que abro o envelope pego um papel que tinha ali dentro, deixo o envelope no criado mudo e me sento na cama, leio o papel e todas as informações que haviam ali, a cada momento que eu lia as palavras rebuscadas, eu sentia meu coração palpitar, aquele papel era de médico e o Felipe nunca me disse que iria ao médico e quando foi aquele dia que ficou em casa, ele disse que estava super bem e não me mostrou papel nem um.

Eu preocupada e o papel era imenso e por fim eu chego ao laudo médico, as lágrimas caem sem eu poder segurar, eu respirava forte e minha vontade era de gritar de raiva, de dor, de tudo, ele não podia ter feito isso, ter escondido isso de mim, algo tão sério, importante.

- Alice?!!-ouço sua voz longe se aproximando-, sabe aonde eu deixei meu celular?, eu tinha que dá um papo no Tali...

Ele para de falar assim que me vê sentada com o papel na mão, eu olho para o seu rosto e ele respira pesado, então vem de vagar até mim e se senta ao meu lado me abraçando.

- Por que fez isso?-pergunto baixo em meio às lágrimas-, por que, cara?!.

- Eu não achei necessidade de te preocupar.

- Não achou necessidade?!!!-eu grito-, Felipe, nós somos amigos antes de qualquer coisa, nós somos parceiros mano, que ideia idiota é essa sua, aonde tu não me fala as coisas sérias Felipe!!!.

- Eu não queria te vê assim, triste!.

- Queria que eu te visse morrer sem saber o que estava acontecendo?!, queria me esconder que você vai morrer logo?!!!!-eu gritava e chorava, logo vejo as crianças correrem para a porta preocupados.

Esperando cair papelOnde histórias criam vida. Descubra agora