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Jef: 🤡

  Depois de dias a Flora me chamou pra sair, então marcamos um dia de sexta, depois do trampo na lanchonete me arrumei como sempre e mandei mensagem pra ela, pra saber se já estava pronta, então ela diz que já.

  Eu saio de casa e vou para a quadra, aonde marcamos de nos encontrar, marco 10 ali e logo ela chega, a mina tava gata, usava uma blusinha curta, um shortinho jeans curto, seus cabelos estavam a parte de cima trançada e o resto solto, assim que me vê sorri largo e a mina era bonita pacas.

— Oiê Flora-sorrio e beijo seu rosto.

— Oiê Jefinho-ela beija o canto da minha boca e eu sorria sem entender como ela, recatada pela criação que teve, conseguia ser ousada sem se constranger.

— Vamos pra onde?-pergunto normal andando ao lado dela.

— Pra pista.

— As paradas lá são caras-mordo os lábios, jurava que nós ia andar pela favela mérmo.

— Você merece coisas caras e eu quero te dá coisas caras, então não tem problemas e nem, porque se preocupar.

— E vai gastar dim com homem?.

— É, eu sou uma mulher que gosto de presentear pessoas especiais, então já te presenteei com minha presença e agora, vamos lanchar juntos.

— Né melhor ficar por aqui?, não tem como nós andar pacas até na pista, é muito longe pá tu, eu também não tenho moto.

— Sem problemas, Jef, eu não ligo de andar até a pista-sorri, então eu deixo pra lá.

  Andamos e conversamos sobre ela, seus pais, sobre mim, minha mãe, e nesse papo todo que até que foi divertido, acabou que chegamos rápido no lugar aonde ela queria, chegamos meio suados em uma lanchonete bonita, bem iluminada e cheia de espelhos na parede.

— Aqui é bonitão-falo olhando tudo.

— Gostou?-ela sorri feliz.

— Sim, é legal aqui.

— Verdade.

  Escolhemos o lugar pra sentar e depois escolhemos os lanches, ela mandou eu escolher o que quisesse e não precisava olhar o preço, então eu fiz, escolhi um hambúrguer com cheddar, muito bacon, duas carnes, molho com presunto e bastante queijo, ela escolheu um hambúrguer normal, batatas e nuggets, escolheu uma coca de dois litros e assim esperamos, quando chegaram nós começamos a comer e voltamos a conversar.

— Eai, tá interessado em alguém?-pergunta me olhando atenta.

— Achei que sabia que eu gostava já de uma mina aí.

— Ah-diz sem ânimo-, a Maria fuzil.

— Ela é maneira Flora, só tem aquele jeito complicado dela.

— Ela foi maneira quando era bebê e criança, depois disso nunca mais foi maneira.

— É por causa da vida difícil.

— Eu tenho vida difícil e não sou como ela é.

— Mas tu não tem ninguém viciado na família, ela tem o pai dela alcoólatra, a mãe só vive trabalhando, apanhando e dando a maior parte do dim pro marido, além de ser explorada no emprego.

— Tá bom, Jeferson, eu não vou discutir com você, também não vou perder meu tempo falando dessa fulana-ela revira os olhos e eu gargalho.

  Comemos e depois que terminamos ela foi pagar a conta, eu me ofereci muito pra pagar, mas ela me chamou de machista e lindo, então não sei se era ruim ou bom, só deixei passar, depois fomos caminhando novamente pra casa e paramos pra comprar açaí e continuamos nossa caminhada.

— Tem medo de andar pela pista não?-pergunto já que ela andava bem tranquila pela noite nas ruas do Rio.

— Não-ela gargalha-, estou acostumada a andar por aqui, também saia muito com a Thalia, quando ela não tinha carro, a gente ia às festas andando, ou ela se oferecia pra pagar uma fortuna no táxi.  Sem contar que os boys que assaltam são tudo de favela, como eu conheço um bocado deles, não tem roubos pra mim.

— Como conhece tanto bandido, sem nunca namorar e nem ficar com nem um deles?.

— Eu sou gentil, eles gostam de mulheres gentis e deixam bem claro que tem que respeitar, eu me dou o respeito.

— E chama um cara sem grana como eu pra sair?, tu tem várias oportunidades de melhorar na vida, de crescer na vida, tem vários caras atrás de tu, bandido ou burguês, por que não se envolver com eles?.

— Eu não sou interesseira, como tem várias minas que ficam com bandidos e não são interesseiras, mas tem umas que vão atrás dos burguês ou dos "caras" pra ganhar algo em troca, eu nunca fui assim, não fui criada pra isso, meus pais me criaram pra vencer na vida e ir atrás de alguém que eu goste, goste muito.

— Tu é maneira.

— Como a Karen?-fala com cara de nojo.

— Diferente, você é diferente dela e de outras, todas que conheço, na verdade.

— Eu não quero só ser diferente, Jef, eu quero ficar contigo, no sério, de verdade, quero que me dê a chance de te mostrar que nascemos pra ficar juntos.

— Qual foi Flora, que papo errado é esse?.

— Eu gosto de tu e tu já sabe disso, agora só falta querer me dá uma chance, eu sei que nascemos um para o outro, eu sinto isso.

— Eu não quero te magoar lindinha, eu não sou o cara bom pra você, não tenho nada pra oferecer, fora que eu gosto pacas da Karen, então não tem como nós fica junto.

— Tem como você tentar pelo menos?.

— Sei não, cara...

— Vai continuar como um besta atrás dela?, ela te esnoba, joga na tua cara que tu não tem dim, que tu não usa uma pistola, nem fuzil, nem p****, nem uma e tu ainda corre atrás como cachorro.

— Tá bom mina, não precisa falar assim também.

— Precisa Jeferson, você dá um de doido, ela nem gosta de você e você corre atrás dela.

— Tendi já, tá bom, vamos mudar o assunto.

— Tá bom, então.

— Tá bom, então pô.

Ela sorri e para, eu paro também, então ela me beija cheia de vontade, nós tava no beco perto da casa dela, seguro forte seus cabelos e a mesma solta alguns gemidos baixos, beijo seu pescoço e tento levantar sua blusinha.

— Que tal me levar pra sua casa?-diz segurando minha mão.

— Pode ser, bora lá.

  Nós fomos pra minha casa, entramos de vagar por causa da minha mãe e fomos direto pro meu quarto, assim que entramos e eu tranco a porta, tudo nós fazemos na pressa, evitamos fazer barulho, mas às vezes escapavam alguns gemidos altos nosso, ou barulho de tapas, ou até mesmo alguns gritos meus já que ela me arranhava pacas, no fim acabamos cansados, a mina dava aula mano, tá de bobeira, ficamos um tempinho ali na cama nos amassos e depois nos arrumamos e eu levei ela pra casa.

Esperando cair papelOnde histórias criam vida. Descubra agora