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Finim: 😎

Toda hora aparece alguém novo, na verdade, eu não sou novo, já tava aqui quando tudo começou, mas não fui citado, não era importante. Como geral sabe eu sou primo da Sara, a mãe dela é minha tia, irmã do meu pai, meu pai morreu no tráfico nesse mesmo morro, minha mãe era uma morena linda que hoje em dia era sofrida, ainda lembrando da morte do meu pai, passa ano, entra ano e sempre morre alguém numa favela, nem sempre lembram dos menó, nem dos braços que some, mas eu lembro dos que amo, dos que vi morrer.

Minha mãe não sofria só pela perda do meu pai, ela sofria pela minha pré-morte, uma morte que ainda não sabíamos quando, mas que ia rolar um dia, talvez mais rápido do que eu esperava, mas ela esperava de tudo, meu pai morreu em um tempo que não tava tendo invasão na época do Zeus, então ele morreu "do nada".

Eu morava com minha mãe, mas passava a maior parte do tempo na casa da Jeane, ela é minha mulher, linda, uma preta gostosa e toda nenémzinha, tinha um jeitinho de criança, mas dava aula na cama, ela era mais velha que eu, já tinha 23 e eu tava ainda com 20 anos, começamos a namorar eu tava com 17, mas com 16 eu já pedia pra ficar com ela, ela mandava eu crescer, sair das fraudas, mas depois de tempo não teve escolha, era eu ou era eu.

Lembro das brigas e das vezes que voltamos, a gente discute muito por eu ser imaturo e ciumento, por mete o loco e às vezes fazer ela chorar, no fundo, ela gostava de mais de mim. Na última briga ela choro, grito e disse que não queria mais, parecia mais nítido que água na minha mente.

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— Mano vai embora, finge que eu não existo po***!!!!-ela grita em pranto.

— Eu não vou, já disse!!!.

— Eu tô cansada disso João, cansada, toda vez eu saio como a corna conformada da história, mete o loco do nada, sisma que peguei os cara e eu nunca fico com ninguém, usa suas nóias como pretexto pra me trair com essas pu**, elas sabem que tu é casado, mas mesmo assim joga coisinha na tua mente, da em cima de tu e depois tá eu sabendo de tudo, pegando no flagra, eu tô cansada dessa po*** toda, João, pra mim chega, tô cansada, eu quero um homem de verdade, não uma criança, não sei que merda deu na minha mente pra eu da modal pra muleque.

— Tu me ama pô, foi um erro… errei, não quero mais erra contigo.

— Cabo cara***!, todo mês, toda semana erra, num fo**, mete o pé antes que eu te tire com o cabo de vassoura.

— Cara, bora conversar?.

— Mete o pé!.

Ela grita e eu vou embora, eu tinha traído ela pela milésima vez, sempre parecia que ela pegava os mano, então eu dava o troco, mas no fim ela só ficava comigo, eu dava muito mole com ela, sempre me aceitou depois de todas as traições, gostava mesmo de mim, mas essa era a última… bom, eu esperava que não fosse nossa última vez juntos. Esperei por 3 meses, eu queria que ela fosse dizer que sentia saudades, mas em um mês já tava sentando pá outro, um dia chapei tanto que acabei indo à casa dela arrumar briga com o cara, o maluco era muito mais forte que eu, era negro, então ele me bateu pacas, eu todo magrelim, branquelo, sem músculo nem um, fui de ralo, mas foi bom, no outro dia acordei na cama dela, ela tava cuidando de mim, chorando como a maior parte das vezes que vivemos juntos, mas parecia está preocupada comigo.

A surra me ajudou a reconquistar minha mina e depois disso não vacilei mais, virei o cara mais fiel do mundo, claro que fazendo as paradas erradas de costume, como encher a cara e arrumar brigas com os cara que olhava pra ela, discutir com pessoal das barracas, butiquins, pensão, eu era brigão de mais e só dei uma parada quando ela disse que não gostava desse meu jeito, que sempre chegava machucado na casa dela, que sempre que saímos a gente brigava ou eu brigava com alguém e no fim fazia ela morre de vergonha ou raiva, então eu fiz de tudo pra mudar por ela e aos poucos nós tava se ajeitando.

Esperando cair papelOnde histórias criam vida. Descubra agora