Laura:🙏
Em breve eu entraria de férias da faculdade e estava animada com meu descanso, parecia que eu não me cansava de viver com a cara nos livros didáticos, mas eu me cansava, eu não cansava de ler os meus romances favoritos, mas me cansava dos livros da faculdade, que eram extensos e um tanto intediantes.
Tem passado o tempo e eu tenho ficado mais amiga do Geovane, ele era legal, tínhamos assuntos iguais e gostávamos das mesmas coisas, por exemplo: "Estudar". Hoje estávamos lanchando juntos no campus, já tínhamos terminado as aulas e estávamos comendo algo que compramos ali na lanchonete mesmo.
— Você é muito calada, Laura-ele fala sorrindo.
— Só não tenho muito o que dizer-sorrio amena.
— Seus pais, o que fazem?.
— Meu pai é empresário no ramo de roupas, minha mãe era atriz e modelo, hoje em dia seu tempo livre é para ajudar pessoas que precisam, como nas ONGs e moradores de rua.
— Nossa, seus pais são interessantes.
— De verdade, eles são incríveis. E os seus?.
— Meu pai é um mensalão podre de rico, que tenta arranjar um casamento que ele queira que dê certo mais financeiramente. Minha mãe é uma designer de interiores, ela passa o dia todo imaginando e montando cenários para seus clientes, quando não tem que ir até a casa e montar na mesma hora os cômodos luxuosos que o bom gosto dela ajuda a montar.
— Os seus pais também são bem interessantes.
— É, só são um tanto autoritários...bom, nem tanto minha mãe, mas sim meu pai.
— Ele deveria deixar você escolher seus caminhos-falo normal e abocanho meu lanche novamente.
— Concordo com você linda-ele diz sorrindo e passando a mão em cima da minha.
Eu tiro a mão sorrindo, era novo toda essa aproximação que estava tendo com ele, às vezes ele agia diferente, estranho, acariciava meu rosto, ou meus cabelos, dizia palavras que me deixava constrangida, com vergonha, ele era carinhoso de mais comigo, tão carinhoso que eu sentia um certo sentimento estranho em mim, não sei se temor, não sei se gostava, só sei que eu ficava apreensiva.
Depois do lanche fomos até o ponto de ônibus, ele estava de carro, mas ficou esperando meu ônibus comigo, mas estava demorando de mais e o mesmo olhava no relógio de pulso a todo momento.
— Se estiver atrasado para algo, pode ir, eu espero-falo gentil.
— Não quer uma carona?, eu posso te levar até em casa.
— Não, precisa não-sorrio.
— Vamos, eu te deixo em casa.
-Ok então.
Ele destranca o carro, depois abre a porta para mim, eu entro e ele da a volta, entrando do outro lado, então dirigi, eu digo que moro na comunidade, o que faz ele me encarar pelo retrovisor algumas vezes no meio do caminho, mas não parecia assustado. Quando chegamos no ponto de ônibus perto da comunidade, eu me despeço e já vou saindo, mas ele me puxa e me beija, eu fico sem ação e assustada, ninguém nunca fez isso, fora o fato de que eu com 22 anos nunca tinha beijado ninguém e se meu pai soubesse que eu beijei alguém?, ele iria surtar...eu prometi não desviar meu foco dos estudos.
Então empurro o Geovane e saio do carro quase que correndo, quando chego em casa paro pra me acalmar um pouco e então meu pai me olha com a sobrancelha arqueada.
— Que tá rolando?.
Eu penso em falar sobre o beijo roubado, mas não queria que ele fosse à faculdade arrumar problemas, pois isso podia o prejudicar com as vendas, agora ele era um homem de negócios, importante e visado, claro que podiam ter paparazzis.
— Nada-sorrio amena.
— Hum… tem certeza?, tá parecendo fantasma de tão branca que tá, e olha que tu puxou tua mãe pakas nessa sua branquice.
— Branquice pai?!-pergunto rindo.
— Qual foi, vai fica me palmiando?-ele fala rindo divertido.
— Não, senhor-beijo seu rosto-, bença, vou tomar banho.
— Tá bom, Deus te abençoe!.
Vou para meu quarto, ponho minhas coisas no lugar de sempre e vou para o banheiro, tiro a roupa e tomo um banho fresco, depois que acabo, me seco, me visto e então vou fazer minhas coisas do cotidiano.
No dia seguinte evito falar com o Geovane, mas ele fica me perseguindo, até que no fim da aula, quando todos estavam saindo, ele me puxa, segurando meu braço com força, nossos olhos se encontram e ele estava sério, com minha visão periférica vejo todos os alunos saindo apressados, os ricos também pareciam o pessoal de classe média ou baixa saindo da sala/escola como fugitivos da polícia, doidos para chegar em casa e fazer seus cosias normais.
— O que houve, por que está me tratando estranho?-pergunta me olhando penetrante.
— Desculpa… é que não me pareceu certo você me beijar sem minha permissão, sem saber se posso.
— Claro que pode, qual garota não poderia beijar ou ser beijada?.
— Eu… eu fiz uma promessa para meu pai, prometi só pensar em namoro depois que terminasse as duas faculdades, namoro atrapalha os estudos, o foco e tudo mais...
— É só não namorar, então, eu não me importaria nada de ser seu ficante-ele sorri do mesmo jeito que o Zico sorria para algumas garotas do morro.
— Não quero-puxo meu braço, mas ele segura com mais força, pois era mais forte que eu.
Então ele me beija, eu fico sem ação, então ele solta meu braço e me pega pela cintura, me colocando sentada em cima da mesa, uma mão ele segura minha cintura e com a outra meu maxilar.
— Se não tentar me beijar também, eu não vou parar de beijar você-diz no intervalo que deu.
— Eu não sei fazer isso e não devo fazer...
— Só faz o mesmo que eu.
Ele diz sério e volta a me beijar, eu ainda continuo do mesmo jeito, mas então ele começa a me segurar com força e eu fico apreensiva novamente, então faço o que ele mandou, para que tudo aquilo acabasse logo.
Então eu beijo, fazendo a mesma coisa que ele fazia, ele põe a mão nos meus seios me deixando nervosa, eu queria chorar, ele não podia me tocar desse jeito, então alguém entra batendo na porta, ele me solta, eu desço da mesa e saio dali correndo e chorando, eu não queria mais esse tipo de toque, não assim, não sem minha permissão, mas eu não conseguia ser rude e tinha medo que isso se repetisse.
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Esperando cair papel
عاطفية: (Antes) 4° Temporada de:Meu dono me bate. Eu olhava pra ele com nojo e sentia a ancia vir,seu modo errado de falar me deixava injuriada,suas roupas me deixava irritada e eu não entendia como eu podia sentir ciúmes de um garoto mimado,criminoso e...