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Nora:💁🏻‍♀️

  Depois de dois dias o Michel ainda não tinha aparecido em casa, eu não me preocupava com isso, mas estava ansiosa para falar com ele, pra que visse meu esforço.  Esses dois dias eu estava indo à ONG com a Thalia(que estava de férias da escola), ela trazia um café reforçado para mim, comia um pouco comigo e íamos para ONG, eu e a Alice até que estávamos tentando uma reaproximação e estava até que dando certo, algumas palavras.

— Comeu direito hoje?-pergunta a Alice.

— Sim, a Thalia é um amor e traz tudo que eu gosto de comer-falo feliz.

  E era verdade, a Thalia trazia as comidas que eu estava acostumada a comer em casa, ela disse que era um prêmio por minhas boas tentativas de mudança, eu me senti uma cadela sendo adestrada, mas não liguei muito para isso, eu andava com tanta fome depois do primeiro café da manhã que ela trouxe, então não liguei para esse pequeno fato.

— E o Zico, vocês estão se dando bem?-ela pergunta preocupada.

— Faz uns três dias que ele saiu e não voltou mais.

— Ok, se precisar de alguma coisa, qualquer coisa, pode bater lá em casa-ela sorri amigável, então já percebi que voltei a ser aceita na casa dela, que a pouco tempo tinha sido expulsa.

— Tá bom, obrigada-sorrio largo, em fim eu estava "de boa" (como dizem eles) com todos.

  Então eu segui para casa, fiz mais uma vez todo o processo, roupas eu lavei logo as poucas minhas que tinha e as outras que já tinha lavado, só recolhi, passei e dobrei.  Tomo um banho gelado e fresco, queria lavar o cabelo, mas percebi que estava sem shampoo, então me lembrei que o Zico disse que não ia me dá nada que fosse para mim, pois a obrigação era só com o bebê, exceto se...

  Ele invade o banheiro na pressa e me olha assim que me nota ali, eu fico um tanto sem ação, pois ele tinha a mania de quando me via nua, me olhar de cima a baixo.

— Tudo bem?-pergunta devagar encarando meus olhos.

— Estou e você?-cruzo os braços para não mostrar o bico dos meus seios, esse olhar dele me deixava estranha.

— Tranque, cara*** achei que tu tinha sumido mina-ele solta uma respiração pesada-, tava em canto nem um.

  Eu encaro bem seu rosto, até parece que se preocupa, sai de casa e fica dias sem aparecer, se fosse deu morrer, iria morrer sozinha nessa imensa casa, já que eu quem andava vivendo sozinha aqui.

— Ainda não fui sequestrada, se é isso que pensou, acho que eu não valho tanta coisa agora e não iria embora, não tenho para onde ir e muito menos dinheiro-falo rígida, mas não grossa, não queria tomar outro soco e vê meu rostinho lindo com hematomas.

— É, esqueço que tu não tem nada-diz normal e eu não consigo notar se sua intenção era me deixar triste ou não.

  Eu termino meu banho sob seu olhar, depois saio do box, pego a toalha e me enrolo, indo para o quarto e voltando a respirar, a presença dele e esses olhos penetrantes me deixavam aflita, eu tinha medo de fazer algo errado, ou só ficava apreensiva de tê-lo me encarando tanto.

  Me seco bem e escolho uma roupa normal e esse meu normal, eram minhas roupas de grife, percebo que não tenho nem uma roupa mais baratinha como o pessoal daqui, então eu tenho uma lista de coisas que preciso, mas que eu tenho que convencer o Zico de me dá.

  Me visto com uma lingerie normal, um vestido justo, que media na metade das minhas coxas, ele não tinha decote como os outros, também não tinha as fendas que eu gostava, mas era um modelo exclusivo da Dior, lembro que fiz meus pais pagarem muito por esse vestido, foi comprado em um leilão caríssimo na Espanha.

Esperando cair papelOnde histórias criam vida. Descubra agora