69✌🏼

46 2 60
                                    

Zeus: 🥵

  Eu sabia que a Fernanda tava dando uma de esperta, eu vi a escada na frente da janela do quarto dela, eu queria matar essa garota de porrada, mas era melhor eu me acalmar, tava dando tempo pra ela ser sincera, eu não queria criar cobra pra me picar, eu queria criar filhos de bem, mas a Fernanda não gostava de agir da forma certa, nunca gostou.

  Eu sentia ciúmes de mais dos meus filhos, dos meninos também, mas não tanto, eles sabiam se virar, mas as minhas menininhas não, elas eram frágeis de mais e só pensar que um cara pode tratar elas mal, podem maltratar elas igual eu fiz com a mãe delas um dia, que um cara pode abusar delas, pode bater nelas, pode fazer elas chorarem, isso me matava por dentro, então pra mim não iria existir um cara bom o suficiente pras minhas filhas, sempre alguém ia fazer elas sofrerem, então eu não queria que elas sofressem, por isso não iam namorar ninguém até ter uma idade boa, talvez 30 ou 50, com essa idade já vão ser maduras o suficiente pra não sofrer por macho.

  Já era 2 da matina, eu não consegui dormir, então fui no quarto das crias, primeiro no do Tarantino, ele dormia como sempre todo largado, a coberta estava mais no chão do que nele, então pego e o cubro direito, depois vou no quarto da Laura, ela dormia com a coberta enrolada em todo seu corpo.  Ela parecia uma criancinha, era a mais velha, mas parecia a mais nova, era muito inocente, muito boa, às vezes ela parecia mesmo filha da Alice, não tinha nada a ver com a Raissa, acho que pode ser a convivência com a Barbie, aí adquiriu todas as coisas boas da mãe ao decorrer de todos esses anos.

  Nós não costumamos tocar no assunto da Raissa, tanto que os irmãos da Laura não sabiam mesmo que ela era filha de outra mãe, todos achavam que ela era filha da Barbie e nós nunca desmentimos isso, já que a Alice quem cuidou da Laura com carinho, deu amor, nós nunca escondemos a existência da mãe da Laura para ela, mas ela mesmo não ligava tanto para isso, já que não lembrava tanto da mãe, lembrava de muito pouca coisa e não chegou a ter tanto carinho, já que a Alice preencheu todo o vazio que a Raissa deixou de bobeira na pequena Laura, que agora é uma moça crescida.

  Fecho a porta e desligo a luz, ela tinha medo de escuro, estou falando, ela parecia uma criança de verdade.  Vou no quarto da Fernanda, mas a porta estava trancada, então pego a chave reserva e abro, ligo a luz e o quarto estava vazio, era de se esperar já que ela estava me enganando há tempos, só Deus sabe se há meses, semanas ou dias, mas tava tentando me fazer de trouxa.   Desligo a luz e sento no sofá, fico ali a esperando, olhando para a janela, tava quase pegando no sono sentado quando escuto um barulho, então fico atento, vejo uma silhueta na janela e logo um ser entrar e dá tchau daqui de cima, então eu ligo a luz fazendo ela se assustar e quase cair pra trás.

— Pai?!!-fala pasma.

— Ué, agora tá assustada?, na hora de ficar fugindo na madruga tava super de boa né?-falo até tranquilo.

— Pai, não é o que o senhor está pensando… eu...

— Cala a boca e presta atenção-vou até ela devagar-, essa é a última chance que te dou, tu vai me falar o que ta rolando, se mentir eu te meto a porrada até me falar a verdade.

— Pai… eu...

— Aonde tu tava?.

— Eu...

— 1… 1,5… 2… 2,5...

— Eu estava na casa de uma amiga!-ela fala rápido.

  Eu já pego ela pelos cabelos e puxo, depois dou soco em todo canto, menos na cara, ela gritava muito, o que fez geral acordar.

— Não, pai, por favor!!!-grita e chora enquanto eu dou soco.

— Cala a boca po***!!, cala a boca!!-grito puto da vida.

Esperando cair papelOnde histórias criam vida. Descubra agora