Esperando cair papel

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Luna: 🦋

Todo dia era dia de sentir meu peito doer, ou por vê a Elise frágil como andava ficando, ou por vê-los felizes e apaixonados, ou por sentir algo estranho quando ele me olhava sem querer na hora que eu ficava encarando ele.

  Vou para uma área mais reservada, bebo água, molho os pulso e a testa, o dia estava quente de mais e eu estava passando mal de ser pega pela sexta vez encarando o Arthur, eu estava ficando louca com isso e toda vez que ele me via o encarando, ele sorria amigável como sempre.

— Luna, cliente!-chama a Tuane.

— Já vou-falo secando o rosto e as mãos.

  Saio dali e atendo as meninas que chegaram, faço de tudo pra manter o foco, mas toda hora eu perdia e me via secando o garota que eu tanto odiava e que agora parecia fazer meu coração acelerar.

— Menina, tu precisa manter o foco!!!-me repreende a Tuane.

— Acha que eu não sei?, eu só não consigo fazer o que minha mente manda.

— Cara, fala pra ele que tu gosta dele.

— Pra ele rir de mim?.

— Arthur não costuma fazer isso.

— É, mas antes eu detestava ele e agora não sei o que tenho, que sinto um carinho por esse ex ser deplorável.

— Nunca pensei que pudesse ter alguém no mundo que não gostasse do Arthur, ele sempre foi um doce de pessoa.

— É… agora vejo meu equívoco.

— E agora ele está namorando.

— É Tuane, valeu.

— A desculpa, achei que tava falando a verdade.

— E ta… mas acho que tô sofrendo-faço beicinho e ela ri, mas logo fica séria, já que vinha o cliente do Arthur.

— Eai Luna?-fala o burguês colocando sua compra ali em cima do balcão pra Tuane fazer a notinha dele e ele pagar.

— Oie, tudo bem?-sorrio normal, já fazia meses que não estava mais a fim de ficar de sorrisim com esses bofe burguês.

— Tudo sussa, será que tem como a gente sair?.

— Poxa, boy, tá muito complicado pra mim, tô sem tempo.

— Então me dá seu número, qualquer dia te mando mensagem pra saber se tá livre.

— Me dá o seu.

— Pra você não me chamar?.

— Quase isso…

— Passa aí, namoral.

— Ok.

  Passo o número, ele paga a conta e vai embora chei dos sorrisinhos, o Arthur encarava tudo quieto e eu fico me achando a mina mais idiota, que andava pagando pau de mais pra ele e ele namorando, nem aí pra mim e eu não querendo da trela pros boy pra ele não vê.

           Affs, que raiva de mim.

  Os dias foram passando e eu na minha bad trip, sim, eu estava sofrendo por um cara que tava namorando, que quando ele era solteiro eu não queria e não gostava dele.  Tava jogada no sofá assistindo filme romântico, xingando a atriz apaixonada e criticando os atores bonzinhos, até essas merdas de filme me fazia lembrar daquele idiota, tinha que ser, se fosse mau igual eu achava, eu não ia gostar dele, mas era tão fofinho com a Elisa, tratava ela tão bem, com carinho, com amor.