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Thalia: 🤯

As aulas voltaram e eu estava mais ocupada que nunca, na sexta estava eu e minha mãe jantando quando ela resolve olhar as cartas, já que o Gustavo disse que mandou um presente para ela pelo correio, então ela pegou todas as cartas e foi abrindo uma por uma, três eram contas(luz, água e Internet), então ela acha a que ele mandou e sobra uma, ela lê calmamente e sem emitir som, então logo está chorando de alegria, ela manda mensagem para ele e em segundos tocam a companhia, ela abre e ele segurava um buquê de flores e uma cesta de café da manhã, eu olho a cena realmente feliz e apaixonada naquele ato, eu sabia que ele não era uma pessoa ruim, mas desde que o conheci ainda não tinha aprovado essa relação e após saber que ele era pai do Ian, aí que eu não gostei mais ainda dele, mas agora ele parecia mesmo querer fazer minha mãe feliz.

Então eles ficam no agarramento ali, eu janto e abro a última carta, eu sempre fui enxerida e minha mãe sabia disso, então deixou a carta fechada porque quis, se quisesse ser a primeira a saber, abria ao invés de deixar ali na mesa. Assim que abro leio tudo atentamente, as palavras eram muito rebuscadas e logo percebo que é uma ação contra minha mãe, tinha meu nome, o dela e do meu pai, na mesma hora que diz que eles vão brigar na justiça por minha guarda eu começo a chorar, eu não entendia porque a justiça ainda permitia essas coisas, eu já sou de maior, os tempos mudaram, não entendia porque o dinheiro fazia as pessoas ficarem presas aos seus pais, vai ver os filhos e filhas das pessoas de classe baixa, não tem esse migué, essa palhaçada.

— Sabia que ia abrir, não pode ver algo que não te dê a resposta-ela sorri e eu estendo a carta olhando para ela com tristeza e controlando o restante das lágrimas-, o que é isso?.

— Da justiça. Do meu pai.

Ela lê do começo ao fim e começa a chorar também, logo ela levanta irritada e liga para ele.

— O que está fazendo querida?-pergunta o Gustavo preocupado.

— Eu vou ligar para aquele homem que só me dá asco, ele não pode fazer isso comigo, não pode!!.

Então ela liga, eles gritam e ele diz que não iria deixar eu namorar um marginal, alguém que bate nas outras pessoas por puro prazer, que ela deixava porque nunca me amou de verdade, minha mãe falou mais ainda na cabeça dele, chamou ele de tudo menos de homem, falou que ele sempre foi ruim de cama e por isso só tinha eu de filha, que nem a novinha dele queria um filho dele, só queria mesmo o dinheiro e que ela apostava que a mulher drogava ele para falar que transaram sem ter transado, já que em anos ele nunca foi capaz de lhe causar orgasmos, eu fiquei passada, mas ele merecia, por fim ele desligou na cara dela e ela voltou a chorar, mas agora de raiva dele.

— Calma, mãe, ele não vai conseguir nada-abraço ela e beijo sua testa.

— Eu tenho medo Thalia, dessa vez ele falou com muita convicção e disse que te busca amanhã, já que ele tem direito de te levar para ficar com ele em uns fins de semana.

Depois de um tempo ela se acalma e eu começo a pegar um certo ranço pelo meu próprio pai. No sábado de manhã ele ficou me ligando, quando eu atendi sem vê quem era, ele manda eu me arrumar para ir para casa dele, eu me arrumo bem devagar, eu não queria ir, estava com saudades do Yuri e devido à escola eu não pude vê-lo essa semana. Após arrumada e de ter tomado café com minha mãe então eu saio de casa, ele esperava no carro impaciente, entro na parte de trás e só falo "bom dia", ele fala um monte de coisas que não presto atenção, coloco o fone e ponho uma música bem alta para não ouvi-lo. 

No sábado mesmo, por volta das 20:00 da noite, ele faz o jantar e diz que vamos comer juntos, então eu sento à mesa e fico ali mexendo no celular, mandando mensagem para a minha mãe e para o Yuri, quando do nada começam a chegar pessoas, chegam os pais e o Geovane, o Ian também estava e assim que me olham sorriem nojentos, eu falo por educação, mas logo levanto para não vomitar neles, eu precisava de ar, não queria essas companhias nojentas que estavam presentes, então fico na sacada olhando a vista e ouvindo a conversa alta deles, nojentos!.

Esperando cair papelOnde histórias criam vida. Descubra agora