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Zico: 👽

  As coisas tava sussa, a Fernanda foi pra casa dos meus avós, essa mina era locona em, tava deixando minha mãe louca também, de preocupada que tava.

— Vamo almoçar lá na minha mãe?-chamo a Nora que tava deitada na cama com os olhos fechados, hoje ela acordou passando mal.

— Não Zico, deixa pra outro dia...

— Eu vou pra lá, tu fica aí de boa?.

— Sim, sem problemas-ela me olha e sorri.

— Falô, depois eu volto.

  Beijo a testa dela e saio de casa levando o celular e o rádio, causo acontecesse alguma coisa eu ficasse sabendo, mandei geral ficar de olho na minha casa.  Chego na casa dos meus pais como sempre, todos(menos minha mãe) estavam na sala.

— Fala família-abraço a Laura e faço toque com meu pai e o Tarantino que por milagre estava em casa.

— Fala meu menó-diz meu pai.

— Oi irmão-diz a Laurinha sorrindo.

— Fala braço-fala o Tarantino.

— Cadê a mãe?.

— Tá evitando meu pai e arrumando o quarto-fala o Yuri olhando a tela do celular.

— Ainda tá de birra?-pergunto sério.

   Não gostava de ver meus pais sem se dá bem, eles sempre foram muito grudados, sem está assim parecia que não eram eles ou que não se amavam mais e eu não queria que eles não se amasse mais.

— Tua mãe tá na razão dela, depois passa… semanas a mais ou a menos não faz diferença-diz normal como se não ligasse.

— Tu tá bem cara?, tá com outra não né pai?.

— Claro que não pivete, eu sou sujeito homem pô, essas novinha só quer dim e não é legal pegar as mina da idade das minhas filhas.

— Ata, antes o senhor forçava a mãe a falar contigo, agora leva de boa.

— Não quero mais forçar carinho e nem nada, ela tem que pensar e vê que não tem necessidade de ficar assim comigo, eu errei com os lance do passado e o da Fernanda, mas eu não penso em repetir a dose, sua irmã tá com raiva de mim e sua mãe com medo, então vou esperar o perdão na tranquilidade, minha parte eu já fiz.

— Ta certo...-falo olhando o nada.

— Aé, amanhã vamos fazer baile.

— Vamos?-pergunto surpreso.

— Sim, faz duas semanas que casou e acho que já pode se tornar chefe.

— Ta brincando?!-falo feliz.

— Claro que não, vou falar com o Talibã sobre essas paradas e amanhã tu se torna chefe oficial do Vidigal e o que precisar pode pedir ajuda a mim, Falcão ou Talibã, nós ajuda e explica sem b.o.

— Valeu pai-abraço ele forte e ele sobe.

   Então meus irmãos me abraçam e me dão os parabéns, depois do nada nós começamos a escutar gritos, se ouvia minha mãe gritando e eu também senti medo dele ter batido nela, saímos todos correndo e assim que paramos na porta ela falou algo sobre ele está morrendo, então ouvimos ele falando o porquê não disse pra gente que estava morrendo e nesse momento eu me vejo não mais feliz que antes, me vejo triste pela primeira vez de verdade e em toda minha vida, nada me abalava mais que pensar em perder minha família, eu me senti mal com o lance da Fernanda, mas eu ainda ia ter outra irmã se ela morresse, mas pai eu só tinha um, mãe eu só tinha uma, não tinha como me dedicar pra outro pai ou outra mãe, não tinha como fazer diferente, eu só tinha eles e se eu perdesse eles, eu perdia realmente tudo.

Esperando cair papelOnde histórias criam vida. Descubra agora