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Nora: 💁🏻‍♀️

  Assim que o Zico chegou triste, eu tentei ajudar ele ao máximo, aliás, ele podia está ainda me odiando e não querendo nosso filho, mas ele estava tentando e eu estava começando a acreditar nele e nas suas boas intenções.

— Eai, vamos sair?-fala ele olhando pro nada.

— Pra onde?.

— Pro baile, tem baile lá no dendê.

— Se você quer, nós vamos-sorrio.

— Então se arruma aí pra nós ir.

— Tá bom.

  Eu tomo um banho pra despertar, depois de um banho bem tomado eu saio de toalha, o Zico escolhe a roupa e é minha vez de escolher a minha, depois que termino a escolha, eu me seco e me visto, coloco a calcinha fio dental e me olho no espelho, olho em todos os ângulos, já que às vezes eu achava estranho vestir calcinhas finas por causa da barriga, depois coloco um top que já estava um tanto apertado, pois meus seios cresceram de mais, do nada olho pra trás e o Zico tava me olhando com cara de prazer, eu fico constrangida, eu não era acostumada a despertar prazer nas pessoas, na verdade, ele parecia sentir desejo em mim até na forma que eu comia banana, e olha que eu comia normal, não tentava seduzi-lo.

  Ele me olha por segundos e depois vai pro banheiro, eu coloco um macaquinho jeans, ele era igual um short cintura baixa, a parte que prendia em cima era larguinha, comprei pra usar mesmo na minha gestação, então não prendia o bebê e eu podia me movimentar tranquila, a parte de trás dele era larguinha e desfiada, o que mostrava um pouco a poupa da minha bunda, eu não coloco blusa, esses dias até a noite anda sendo quente e eu não queria passar mal por está cheia de roupa.

  Me lembro que odiava vê essas meninas quase nuas andando por aí, agora sou uma delas e amo me vestir assim, era muito quente na comunidade e o Zico até agora não viu pra pôr um ar-condicionado, o ventilador estava até fraco coitado, era dia e noite ligado pra eu sobreviver nessa casa.  Me maquio com algo leve, meu rosto estava gordinho, então eu achava estranho maquiagem escura em mim, penteio meu cabelo e passo creme, deixo ele solto mesmo, coloco meus anéis(o de casamento eu não tirava, nem pra tomar banho), meus brincos de argola e meu cordão de ouro, que o pingente era um trevo de três folhas, coloco minha sandália preta que combinava com o jeans escuro do macacão e com o top que eu usava preto.

   Coloco a toalha pra secar e sento na cama, espero o Michel sair e se arrumar.  Depois de longos minutos ele sai do banheiro de toalha, se seca e se veste rápido, eu odiava esse jeito dele de não se secar direito, ele se secava tão rápido que a roupa que vestia ficava úmida em seu corpo, eu já disse que isso faz mal, todavia esse homem é muito teimoso.

— Vamo?-fala depois de pentear o cabelo baixo e colocar o tênis caro dele.

— Vamos-levanto e saio na frente.

  Ele vem atrás de mim e assim que chegamos na sala ele foi pegando as coisas dele, carteira, chave do carro, eu pego a da casa, ele pega o celular e assim saímos dali, tranco a porta e ele abre a porta do carro, entro, ele fecha a porta e entra do outro lado, depois dirige rápido como sempre, então eu coloco o sinto de segurança, estou nova de mais pra morrer, ainda nem vi o rostinho do meu filho.

   Depois de quase meia hora chegamos na tal comunidade, entramos de vagar e ele foi falando com todos, então paramos em um lugar perto da aglomeração, depois sai e abre a porta pra mim, eu saio e ele tranca o carro, depois segura minha mão e me leva pra perto dos povos que dançavam suados, já era 01:48 da manhã.

   Entramos abrindo espaço e fomos pra área aonde só tinha bandido, o que me provava isso eram os meninos de fuzil ou pistola, até mesmo algumas mulheres, eu seguro sua mão com firmeza, ele me olha, sorri, solta minha mão e coloca seu braço em volta do meu ombro e assim chegamos perto das pessoas.

Esperando cair papelOnde histórias criam vida. Descubra agora