Zico: 👽
Passo 5 dias e nós na correria de sempre, meu pai agora tava ficando em casa, pois minha mãe sempre descobre tudo muito rápido e disse que não quer ele no meio das guerras, que já ajudou o bastante.
Sabadão sem lei foi cancelado, tinha como fazer baile com essa pré-invasão não e se os cara resolvesse invadir na hora do baile, muita gente inocente ia morrer.
Em falar em 5 dias, no segundo dia do Finim na casinha o Yure tiro ele de lá, eu disse que não ia me meter mais nisso, só não queria problema e se tivesse problema com o Finim de novo, o Yure que ia resolver as merdas que ele faz.
Segunda de noite o João atendeu o Zanute, tava perto de nós, então ele fala normal e fala o que nós mandou, que a Jasmim ia ficar até tarde na quarta, que de noite seria melhor pra pegar ela, geral ia tá sem esperar e tals, então ele fala tudo e o Zanute confirma.
Passei terça na ansiedade, na quarta acordei felizão, mandei eles fica de olho em tudo como já tava planejado, eu fiquei em casa, causo o Zanute ligasse de novo, ele sabendo que eu tava em casa, podia achar o morro despreparado.
- Vai ficar em casa o dia todo?-pergunta a Nora preocupada.
Ela só sabia o que eu queria que soubesse, mas não era burra, ouvia coisas por alto e juntava um ponto ao outro, então estava aflita, mesmo que tentasse não mostrar.
- Acho que de noite vou sair...
- Não vai, por favor...
- Precisa ter medo não, lindinha, tá tudo sob controle.
- Certeza?.
- Absoluta-beijo sua testa.
Fico o dia e a tarde toda em casa, de noitinha coloco colete, pistola na cintura e fuzil nas costas, além do rádio, eu ia ficar na minha laje, ia cuidar da minha mulher, ia derrubar geral que tentasse invadir minha casa pra fazer mal pra ela e não só eu, tinha uns mano também guardando minha casa.
Ficamos ali por horas esperando algo, quando tava quase pegando no sono(pois acordei cedo como de costume, mas não fiquei na atividade como sempre), do nada ouço várias rajadas, então o rádio começa a toca.
Rádio:
- Guerreiro caiu-diz alguém correndo.
- Mata eles po***!!!!!-grito mirando na rua.
- Tem como fica no começo não, eles vão matar geral que tiver na frente, tamo indo pra trás, lá vai ter mais gente e é melhor pra atirar, tem mais lugar pra se esconder e atirar.
- Falô, me mantém informado.
- Falô.
Rádio:
Os tiros tava cada vez mais perto, eu do alto conseguia vê o brilho das rajadas, aponto mais e mais pra rua, logo brota dois caras de frente pra casa, ouço um tiro e o outro que não caiu eu atiro, os dois tava morto, depois mais e mais tiros.
Rádio:
- Tudo sussa?.
- Sim... tamo no controle de novo.
- Caiu a maioria deles?.
- Caiu.
- E a Jasmim?.
- Não sei, até agora o Davi não disse nada-diz o Yure sério, ele parecia preocupado.
- Vamo esperar mais um pouco, eles deve tão escondido, sei lá.
- É, pode ser.
Rádio:
Ficamos mais uma cota ali trocando tiro, até que eu resolvo descer, a Nora tava trancada no quarto, assim como mandei que ficasse. Saio de casa trancando a porta e saindo na surdina, me esgueirando pelos acessos e indo ao encontro do lugar que a Jasmim andava trampando, pego a pistola com silenciador e vou matando os poucos que encontrava pelo caminho, até que chego no lugar, lá tava limpo, eu conseguia vê a Jasmim e o Zanute perto um do outro, ela parecia ter medo, ele segurava seu queixo e logo seu rosto fica vermelho, ela começa a chorar.
Olho pro outro lado e o Davi tava quase entrando no local, eu mando ele não fazer nada, mando ficar quieto, só mirar e depois atirar. Ele concorda e então nós miramos, esperamos um momento aonde a Jasmim se afaste dele, veja a gente e de um jeito de sair de perto, mas ela não faz isso, na verdade, eles ficam mais próximos, e mais próximos, ele tinha uma pistola com o bico encostado na barriga dela.
Eu aceno pra que ela veja, mas mesmo vendo a gente ali, ela não se afasta, só fecha os olhos e respira fundo, vejo a mão do Zanute tremer e logo escutamos um barulho de tiro, eu e o Davi nos entre olhamos e corremos pro local, gritamos pro Zanute largar a arma e o Davi já xingava ele de tudo que era nome.
*____________________________________*
Nora: 💁🏻♀️
Eu andava sempre com medo, medo de tudo, só vivia trancada em casa e sem vontade de sair, eu quase morri a tiros em um dia de consulta dos meus filhos, não queria arriscar morrer sem os ver, ou perder mais bebês, eu não queria sofrer mais tempo sem filhos, não suportaria.
Eu escutava tudo por alto, o Zico não me contava e nem deixava eu ouvir muito, ele não queria me vê preocupada com tudo, com medo de tudo, pois mesmo ele falando que eu estava segura, eu não me achava tão segurava assim. No dia que escutei sobre a invasão e o Michel confirmou, ele mandou eu ficar no quarto, que era pra eu me esconder em baixo da cama, ele disse que tudo ia ficar bem, mas na minha mente só se passavam coisas ruins, como eu morrendo cheia de tiros e a maior quantidade deles era na barriga.
Fico no quarto sem conseguir dormir, estava trancada como ele me recomendou, quando estava super tranquila, quase pegando no sono começam os tiros, eu tentava me manter calma, mas logo ouço uns que eram tão altos que pareciam em mim, como no dia do carro, então comecei lembrar do triste dia, fiquei chorando e encolhida no canto da cama, coberta até a cabeça e querendo que o Zico esteja bem, que os meninos estejam bem, não só querendo, mas pedindo aos céus para ficarem bem.
Quando os tiros dão uma parada ou só uma diminuída, eu acabo pegando no sono devido ao choro, cansaço e medo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Esperando cair papel
Romansa: (Antes) 4° Temporada de:Meu dono me bate. Eu olhava pra ele com nojo e sentia a ancia vir,seu modo errado de falar me deixava injuriada,suas roupas me deixava irritada e eu não entendia como eu podia sentir ciúmes de um garoto mimado,criminoso e...