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Nora:💁🏻‍♀️

Fiquei chorando de nervosa, já que me matava de ligar pra Thalia e ela nada de atender, então por fim resolvo aceitar meu destino, paro de ligar e vou pra cozinha novamente procurar algo pra comer, como eu não sabia cozinhar e não fazia ideia de como se fazia o que tinha ali, eu procuro na geladeira e por muita sorte, tinham algumas frutas, então pego todas as frutas que tinha ali, descasco e deixo todas em um prato, depois encho um copo com suco de cor laranja(que só Deus sabe os compostos dele) e vou para o quarto, assim que chego deixo as coisas na mesinha, depois resolvo tomar um banho rápido, estava suada e queria dormir com o corpo fresco.

Entro no banheiro do quarto, tiro minha roupa e entro no box, depois ligo o chuveiro e assim que entro em baixo da água, eu percebo que a água estava no frio, eu me tremia ali em baixo. Olho para cima e era muito alto o chuveiro, não tinha como mudar para o quente, então tive que me arriscar na água fria mesmo, era melhor que ficar suja.

Tomo meu banho e faço o passível pra ser rápida, depois que termino tenho que sair do banheiro nua, pois não levei toalha e eu que não iria me secar com essa toalha duvidosa do Zico, deve era acostumado a namorar essas meninas de favela, todas devem ter doenças, aí toma banho e se seca nessa toalha, então prefiro a minha, sem bactérias e sem doenças.

Vou até o guarda-roupa grande que tinha no quarto, procuro por minha toalha limpa e sequinha, então pego a mesma, depois que bato a porta do guarda-roupa não tão forte, vejo o Zico na porta, depois do que ele fez eu sentia medo de ouvir meus pensamentos, vai que conseguisse ouvir e quisesse me bater de novo. Eu não consigo me mover e percebo por fim que eu estava tremendo, ele me encarava e então dá um sorriso de lado.

- Pelo visto não esqueceu quem manda aqui!-diz até normal de mais e vem até mim com calma.

- Fica longe de mim, por favor-falo em um fio de voz e as lágrimas já estavam caindo de vagar.

- Eu quem sei aonde fico ou não!-agora sua fala sai rude e eu me calo, só fecho os olhos com medo de tudo que ele podia fazer.

Sinto sua mão na minha, então abro os olhos, ele me ajudava a enrolar a toalha no corpo, eu respirava forte, seu cheiro de álcool era notório, provavelmente essas bebidas de pobre, mas pelomenos ele parecia mais calmo que hoje cedo, bom...eu que não vou ousar contraria-lo.

Depois disso ele põe na mesinha uma sacola e sai do quarto, me deixando respirar mais tranquila. Me seco, ponho minha lingerie e meu pijama, depois vou comer minhas frutas e beber meu suco, mas me senti curiosa para ver o que tinha na sacola, então abri de vagar, assim que abro vejo uma espécie de comida, algo diferente dos normais, tinha pão, carne,alface, ovo e algumas outras coisas, o cheiro era divino, então eu logo paro de comer minhas frutas e como o que ele trouxe, ele não disse que não era para mexer, então possa ser que seja para mim.

Quando estou comendo ele entra no quarto, me olha normal e depois vai até o guarda-roupa, o mesmo arruma suas coisas na parte vazia e depois vai para o banheiro, em minutos escuto o barulho da água e depois de pouco tempo vejo-o sair do banheiro com a toalha enrolada na cintura. Ele vai para o guarda-roupa de novo e eu o sigo com os olhos, então ele vasculha suas coisas e pega uma cueca e então tira a toalha me fazendo ficar um tanto sem jeito, já que estava totalmente nu ali na minha frente.

Ele põe a cueca, depois a bermuda e por fim coloca a toalha pra secar e eu foco no meu alimento, então ele se joga na cama e fica mexendo no celular.

- Obrigada-falo baixo.

- Não fiz por tu, fiz porque eu não posso deixar essa criança morrer aqui, isso ia atrapalhar meus planos-fala sem me olhar e sem desprender seus olhos da tela.

Eu dou uma leve espiadinha na sua tela e ele via o Feed do Facebook, e cada vez que descia para ver, aparecia uma menina nova com roupas mais que curtas, com poses eróticas e tentando seduzir os homens e claro que o Zico reage com amei e meu enjoo vem, deixo tudo ali e saio correndo para o banheiro, levanto a tampa da privada rápido e vomito tudo ali, respiro e lavo a boca, escovo os dentes, dou descarga e depois volto para o quarto, como esperado o Zico nem ligou para minha saída abrupta, por mim, podia me ignorar a vida toda, eu não iria ligar, fora que seria um favor que estaria me fazendo.

Agora não sinto mais fome ao olhar o resto da comida e das frutas que ainda tinha ali, mas como assim mesmo, já que não queria colocar uma criança morta para fora, como se fosse uma viva. Após comer eu levo as coisas para a cozinha, deixo na pia e vou para o quarto, olho para ele e imagino que não vai sair dali tão cedo.

- Você vai dormir aqui?.

- Lógico, o quarto é meu.

- Mas pelo que soube, aqui na casa ainda tem 2 quartos... porque não dorme em outro, ou não deixa eu ir para outro?.

- Porque a casa é minha e eu faço o que quero, se quiser dormir aqui, tudo bem, se não pode ir para sala, lá tem dois sofás e tu pode fica avontade no sofá.

- Qual é o seu problema, isso é para me irritar?.

- Você que deve tá querendo me irritar metendo bronca né?-fala sério me olhando.

Eu suspiro e me calo, então pego algumas cobertas e um travesseiro, além do meu celular, desço as escadas, apago as luzes e deito no sofá, me cubro e durmo.

Madrugada:

Caio do sofá, estava com sono e cansada, mas aquele sofá era pequeno de mais para mim, eu gostava de espaço, então cedo a dormir na mesma cama que aquele indivíduo repugnante, além de pobre, criminoso e nojento. Entro no quarto na ponta do pé, abro a porta devagar tentando não fazer barulho,mas então é aí que faz, vou caminhando até a cama, quando do nada o abajur foi ligado e ele aponta uma arma para mim.

- Ahhhhhhhhhh!!!!!!!-grito assustada, ele era um louco.

- Cara*** garota, cala a po*** da boca!!!!-ele grita irritado.

- Você me assustou, idiota!.

- Quer que eu faça o quê?, tu tava dormindo na sala e do nada tão entrando no meu quarto de vagarinho, achei que os cara vieram me apaga.

Eu ponho a mão no peito e respiro, depois ponho na barriga aonde eu sinto uma dor, acabo fazendo careta.

- Qual foi, o que rolou?-pergunta.

- Estou sentindo dor...

- Deita aí, cara-ele manda e eu ando até a cama devagar e cada passo eu sinto a dor vir forte-, é normal isso aí?.

- Acho que foi pelo susto... mas logo deve passar... bom, espero.

- Se não passar fala que te levo pro hospital.

- Pode ficar tranquilo, vai passar...

- Essa cria não pode morrer garota, se não passar, tu me fala!-diz grosso.

- Fica tranquilo, esse bebê é tão indesejado que sobrevive a tudo.

Ele da de ombros, então deitamos pra dormir, eu passei duas horas sentindo dor e depois em fim consegui dormir, pois a dor passou.

Esperando cair papelOnde histórias criam vida. Descubra agora