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Abelha: 🐝

Eu andava melhor que antes, estava feliz, o Cláudio me fazia feliz, a gente ficava quase todos os dias quando nem um dos dois pegava o plantão, às vezes íamos pros bailes juntos, andávamos de mãos dadas e brincávamos muito no meio das pessoas, de qualquer pessoa, do morro, dos bailes, das bocas.

Hoje estávamos vendo filme na casa dele, ele morava só com a mãe, ela estava no quarto e nós na sala. Em falar na mãe dele, ela era incrível, super legal, fazia vários tipos de comida e toda hora mandava eu comer, acho que me achava magra de mais.

- Claudim!!!-chega o amigo dele abrindo a porta-, eita que ta boa a parada aí em-fala ele vendo nós deitados de baixo da coberta.

- Que foi Jef?-pergunta irritado.

- Fala meu mano, tudo sussa?, fala aí Abelha, ele já te disse que sempre te achou gata e gostosa?-ele fala rindo.

- Mete o pé seu puto!!!-ele grita e sai de baixo da coberta indo atrás do amigo, que logo rodeia o sofá pro Cláudio não pegar ele-, tô falando sério, Jef, mete o pé!.

- Iii, só tô batendo um lero com a gata-ele gargalha-, abelha, meu amigo sempre sonhou em te namorar, mas às vezes ele tenta ser putão pra tu não achar ele grudento, ou chato, mas ele é um cara de boa, caseiro, que gosta de ser fiel e nunca gostou de pegar geral!-ele fala rodeando o sofá fugindo do amigo e eu só sorria.

- Vai se fu** seu filho dá pu**!!!.

- Calma mano-ele para rindo e o Cláudio dá vários tapão nele-, calma, foi mal, foi mal.

- Foi mal o cara***!!!.

- Calmar, cara, calma aí... irritadinho, nem parece que tá com a mina que queria.

- Que mesmo que eu te tire na base da porrada?.

- Não, mano, vim pra gente fumar junto pô, vim na paz.

- Então tu é amigo do Claudim?-pergunto ainda rindo.

- É, amigos desde pivete, tu é a famosa abelha, gata mérmo, em-fala sorrindo pra mim.

- Sou famosa?.

- Na boca do Cláudio tu é, além de ser deusa-ele ri.

- Ele é um fofo-falo olhando ele que tava chei de vergonha.

- Mano é bom, braço de verdade... mas eai, tu tava mérmo com o Sete?.

- Que eu saiba não, éramos só amigos.

- Ata, é que andava uns boatos, cês só viviam juntos também, quase ninguém acredita em amizade de homem e mulher, eu sou um deles-ele gargalha.

- Mais existe-sorrio sem mostrar os dentes.

Ele ri sem graça, então o assunto morre, Cláudio volta pra perto de mim, eles bolam o fino e nós divide, às vezes a gente se beijava e o Jéferson ficava de vela, mas nós não ligava.

Depois de dias fiz almoço e levei pro Cláudio, já que ele pegou na boca em horário de almoço, tava indo tranquila, quando brota o Luan do nada na minha frente, empatando a passagem do beco, eu já tava uma cota sem vê ele por aí e pela primeira vez em tempos, ele tava sozim, sem pu** a tira colo.

- Licença-falo, mas ele não se mexe.

- Bora bate um lero?.

- Não, agora me dá licença.

- Ana qual foi, bora conversar.

- Abelha pra tu e eu não tô a fim de conversar, fora que estou atrasada.

Esperando cair papelOnde histórias criam vida. Descubra agora