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Zico: 👽

  Passei o resto da semana de boa, tava preocupado com a Jasmim que só vivia trancada em casa, mas era melhor assim, ela era uma mina maneira e logo ia brota alguém que gostasse dela de verdade, que quisesse cuidar dela, tratar ela bem, melhor que o Davi, desde a primeira vez que ele ronco pá mim, vindo chei de marra, dando em cima da minha mina, eu já peguei ódio da cara dele e não seria b.o. nem um bate nele de novo, eu nem gostava mérmo disso🤭.

  Passo uns dias desde o b.o. e eu tava na sala com a Nora, ela era muito profissional, me pegava na casa dela ou em outro lugar e no escritório me tratava como chefe.

— Ta com fome?-pergunto sem olhar ela.

— Sim, muita-olha provavelmente o relógio no pulso-, mas ainda faltam 20 minutos pra começar o horário de almoço.

— O chefe sou eu, bora almoçar.

— Se o senhor manda chuva chamou, quem sou eu pra discordar-fala feliz.

  Ela tava mérmo com fome, eu ouvia a barriga dela roncando.  Nós guardamos as coisas e saímos da sala, eu vou até o carro, enquanto ela vai descendo sem mim, quando percebe que eu não tava seguindo, ela volta e me olha séria.

— Ué, não vamos almoçar?.

— Sim, entra aí.

— Achei que ia comer na pensão...

— Não, vamos comer no restaurante do centro do Rio, aonde burguês e os executivos comem, nós anda merecendo isso.

— E quem vai pagar?-pergunta com medo.

— Você-sorrio e ela entra no carro.

  Eu entro e dirijo até o restaurante, eu tava de bermuda, blusa larga de manga, chinelo e o boné na cabeça, a Nora tava gata como sempre, ela levava muito a sério esse lance de trampo, todo dia ela usava roupas comportadas e de sair, ela evitava as roupas curtas e muito decotadas, mas usava umas saias justas e blusas curtas, eu gostava do jeito que ela se vestia, com qualquer roupa que usasse eu ia babar sempre, ela era muito linda.

  Estaciono o carro e fui com ela pra recepção, seguro sua mão entrelaçando nossos dedos, ela me encara e eu sorrio, além de piscar pra ela, assim que a mina bateu os zoi em nós já fez uma careta rápido, a Nora apertou minha mão querendo ir embora, mas eu puxei ela pra continuar andando.

— Boa tarde?-pergunto já que era pra ela falar primeiro.

— Boa tarde.

— Vou querer a melhor mesa que cês tiverem e no melhor lugar-ela dá uma risadinha.

  Ela chama um dos garçons que estavam passando e pede pra ele levar a gente pra mesa, então eu falo com ele o mesmo que falei com ela e ele nos leva pra um lugar bom de ficar, nós agradecemos e faz o pedido, então ele saí.

— Não precisava virmos pra cá, ainda mais pra eu pagar a conta, podia ser na pensão-fala bebendo a água da taça-, você gosta de me humilhar né?-fala tristinha.

— Claro que não, eu te amo-passo a mão devagar por seu rosto.

— Zico, eu não tenho dinheiro pra pagar esse lugar-diz baixinho-, você pediu uma comida que custa quase 300 reais-fala abismada-, mais o meu prato, mais o vinho que pediu, mano, eu gastei meu dim quase todo, eu só tinha 100 reais na conta, dava pra dois pratos de 13, uma coca gelada e um dinheiro que ia sobrar pra repor alguma coisa que acabasse em casa.

Esperando cair papelOnde histórias criam vida. Descubra agora