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Zico: 👽

Depois que sai da casa da Nora eu fui conversar com os manos, apertamos um e conversamos sobre tudo que era pra conversar e resolver.    De noite passei na goma do Davi, bati algumas vezes e ele atendeu, fiz toque e ele deu espaço pra eu entrar, então entro na casa, aonde tava até bem arrumada, sento no sofá, ele fecha a porta e chama a Jasmim, que aparece minutos depois, ela vestia as roupas dele, bermuda de pano leve e camisa, que nela parecia um vestido.

— Oi Zico-diz desanimada.

— Trouxe tua parada.

Estendo a mochila com o colete dentro, coloquei ali pra ninguém desconfiar, nem mesmo um suposto traíra que podia haver na favela. Ela pega e abre, logo tira o colete e analisa, então me devolve a mochila.

— Obrigada.

— Já sabe né?, colocar em baixo da blusa sempre quando sair de casa.

— Tá bom… no caso não tem ideia de quando ele vai aparecer?.

— Não, infelizmente a gente não sabe nada ainda… tamo tentando achar o x9 dele, se acharmos e conseguirmos ameaçar o cara, nós podemos conseguir informações precisas.

— Tendi… faz um favor pra mim?.

— Dá o papo.

— Faz o possível pra saber quando ele vai entrar, só pra eu me preparar psicologicamente.

— Tu que manda, valeu aí.

— Valeu-diz o Leco.

Então eu saio da casa e vou pra minha casa, depois disso foi só correria, fiquei uma semana sem falar com a Nora, queria que ela se acalmasse por si só, então imbiquei no sábado depois do trampo pra casa dela, tentei entrar como sempre, mas a porta tava trancada, eu até tinha a cópia, mas como eu sempre entrava ali de boa, não andava com a cópia da chave, até mesmo pra que ela se sentisse segura em sua própria casa.

Bato na porta várias vezes, além de gritar várias e várias vezes, todos que passavam me olhavam como se eu fosse um maluco, ou ficavam esperando o b.o. acontecer.

— Nora!, abre po***!, quero falar contigo!. Abre Nora!, abre aqui, namoral!.

Fico gritando por 5 minutos, até que escuto a janela do quarto abrir, então olho pra cima e na mesma hora ela aparece e joga um balde de água na minha cara.

— Po*** Nora!, cara***!-só sei gritar-, é assim né, tranquilidade… fica achando mérmo que ta lidando com criança.

Ela aparece de novo e me olha com cara de deboche, então eu dou meia volta e vou pra casa, no fim passei mais uma semana longe dela e das crianças, eu sentia saudades, mas tava bom pra brinca de casinha com criança não, ela que deveria ser mais madura, tava mais infantil que meus filhos que nem nasceram ainda.

Sextou e é dia de baile, o pai tava trajado e no pano, meus consagrados já falo que só tava faltando eu, então tirei as fotinha e coloquei nos status, com a legenda clássica: "Hoje o bandido tá pro crime", os outros que lutem.

Sai de casa e fui encontrar com os manos, assim que cheguei em frente a casa do Tarantino, já tava lá as minas e meus manos.

— Fala aí cunhada, Aninha, meus manos, Nora-faço toque com geral, mas a Nora sai andando e puxando a Thalia e a Ana.

— Deixou a mina irritada em-Tarantino zoa.

— Parece que alguém tá na larica-fala o Luan rindo.

Esperando cair papelOnde histórias criam vida. Descubra agora