Capítulo 32 :

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Thaís: Thur eu... — abriu a porta do quarto do irmão de um modo brusco e ao olhar para a varanda e levou um susto enorme. — Aaah, meu Deus! — gritou feito uma louca ao ver Carla e Arthur se beijando.

Os dois na mesma hora se soltaram e empurraram um ao outro para logo depois olhar para Thaís que cobria seus olhos com a mão.

Thaís: Desculpa. E—Eu... E—Eu vou embora. Tchau. — saiu correndo, completamente rubra e envergonhada.

Carla: Thaís volta aqui! — deu um passo para frente mas Arthur a puxou pelo braço e a abraçou pela cintura.

Arthur: Ela não viu nada demais. — deu de ombros e Carla o queimou com os olhos. Ela é uma criança! Estava se sentindo realmente mal, enquanto ele apenas ria da cara dela.

Carla após o café da manhã seguiu como de costume naqueles dias para a praia tomar sol deitada na areia. Enquanto ouvia música sua mente vagava para a noite de ontem e a cada lembrança sentia um arrepio no corpo. Deus... Como ele conseguia lhe deixar daquela maneira? Ao se lembrar que tudo isso acabaria hoje, por culpa de Luan Viana e provavelmente nunca mais voltaria a acontecer, pois ele já estava sumido desde a hora do café da manhã junto de Ronan, Pocah, as duas modelos e Thaís.

A sensação de formigamento típico do ciúmes apareceu e ela tentou apagar as imagens que vinham em sua mente, ao lembrar que ela iria embora hoje e o deixaria com as modelos até terça feira, ao menos era isso que Boninho tinha lhe dito. Viana lhe pagaria com a vida!

Foi despertada de seus pensamentos ao sentir uma lambida áspera e gélida no seu pé, tirou os fones e ouviu a gargalhada que lhe fez pular da canga rapidamente. E lá estava Maya jogando areia em sua canga e Arthur rindo da implicância de Maya com Carla.

Carla: Você deveria ensinar bons modos a esse monstrinho. — levantou da canga e a sacudiu, pois Maya espalhou areia por tudo quanto era lugar.

Arthur: O problema não é ela, é você. — deu uma piscada e Carla abriu um sorriso.

Carla: Agora quem precisa de bons modos é você. — ironizou antes de sentar-se de volta na canga. Arthur gargalhou e foi até atrás dela, agachando-se e prendendo a cintura dela com seus braços. Carla abriu um sorriso e fechou os olhos, aproveitando a sensação maravilhosa que apenas a pele dele fazia com ela.

Arthur: O que acha de um passeio de jetski? — sussurrando ao ouvido dela e em seguida mordiscou aquela parte, fazendo Carla se arrepiar.

Carla: Adoraria. — abriu um sorriso e se deixou ser puxada por ele da areia.

Saíram correndo até o píer e naquele momento ela invejou a boa forma e preparação física dele. Cada passo dele era equivalente a três dela. Talvez ela devesse investir em uma melhor preparação a partir de agora. Parou no deck e esperou ele desamarrar o jet ski e logo montou a espantando com o motor barulhento. Ela continuou de pé, de braços cruzados esperando o dela.

Arthur: Vai ficar ai o resto da vida? — perguntou com a testa franzida, enquanto parou ao lado do deck que ela estava.

Carla: Eu vou com você?

Arthur: O que acha? — arqueou a sobrancelha e ela revirou os olhos para logo em seguida descer as escadinhas do deck e sentar atrás dele. No mesmo momento o jet ski pulou para frente e ela gritou, se agarrando no peitoral dele. Arthur riu da reação dela e acelerou ainda mais, fazendo os jatos de água molharem ele e Carla, que ainda gritava, como se houvesse mesmo algum perigo para ela.

Carla: Arthur vai mais devagar! — gritou no ouvido dele e obviamente teve seu pedido negado. Ele revirou os olhos e acelerou mais, para o pavor dela.

Droga, ele honrava mesmo o termo piloto. Será que havia alguma coisa que ele desacelerasse um pouco? Continuou por quase dez minutos sob tortura dele até ele parar em uma ilhota com uma areia fina e clara e com o mar com um tom maravilhoso de azul e verde. Sua boca se abriu em completa perplexidade, pois nunca tinha imaginado ver um lugar tão lindo em toda sua vida.

Carla: É perfeito. — disse em voz baixa e saltou do jet ski, já sentindo a areia quente tocando seu pé, nesse exato momento cambaleou para os lados, tonta por tudo que ele tinha aprontado no caminho até a ilha. Fez a nota mental de: Evitar ao máximo andar de qualquer coisa com Arthur.

Arthur: Lindo não é? — seu sorriso apareceu ao olhar para trás e ver o mar perfeito bem a sua frente. Para ele não havia lugar mais lindo e calmo no mundo. Olhou para o lado e viu Carla já caminhando pela areia, por isso se apressou em ir atrás dela. — Não queria que você fosse embora hoje. — disse a ela assim que pegou a mão dela e passaram a caminhar de mãos dadas pela areia.

Carla: Nem tudo é como a gente quer... — fez um biquinho e olhou para baixo. Ah... Ela também não queria ir embora.

Arthur: O que você tem? Desde que acordou está triste, calada e isolada de todos. Por acaso se arrependeu de ontem? — parou no meio do percurso e a segurou pelo rosto.

Carla: Não... Lógico que não. Eu só estou... — parou de falar no exato momento que pensou na besteira que ia dizer. Ela não queria ir embora porque queria ficar com ele, porque tinha adorado a noite e queria repetir por todos os dias seguintes. Mas como diria isso a Arthur? Ele era tão... Ele.

Arthur: Está? — perguntou com a voz firme e percebeu que ela olhava para todos os cantos, menos para ele.

Carla: Eu estou cansada Arthur, apenas isso. — moveu os ombros para cima.

Arthur: Sei... — balançou a cabeça negativamente e a encarou.

Carla: Não me olha assim.

Arthur: Então me fala o que você tem. Pronto simples. — começou a insistir e no mesmos segundo se sentiu um idiota.

Ele se sentia um chato insistindo por coisas como sempre fazia. Era seu jeito e ainda não sabia se ter aquela característica era uma um defeito, uma virtude ou parte dos dois. Não sabia viver sem saber das coisas, sem ter tudo que queria e acabava ganhando as pessoas pelo cansaço.

Carla: Arthur não é nada!

Arthur: Você está assim porque traiu seu namoradinho comigo. — mirou ela com os lábios se comprimindo, Carla apenas revirou os olhos e voltou a olhar para seus pés que estavam descalços na areia úmida daquela ilha perfeita. — Vai Carla me fala! Vai fala! — começou a falar que nem uma criança e Carla caiu na gargalhada, logo em seguida sentiu seu corpo sendo elevado para os braços dele.

Carla: Me solta seu maluco! Solta! — ria e sentia medo ao mesmo tempo de cair pois ele ficava descendo e subindo com ela, como se fosse uma criança.

Arthur: Não antes de você me falar porque está assim.

Carla: Como você é insistente!

Arthur: Mal de pilotos. — piscou para ela que riu novamente — Não muda de assunto, ou se não, vou ficar aqui te segurando o dia inteiro.

Carla: Jesus! Eu só estou pensativa. Esse final de semana foi ótimo, eu amei esse lugar, amei as novas pessoas que eu conheci, amei o que aconteceu com a gente. — suas bochechas ficaram cor de rosa no mesmo momento e Arthur sorriu, achando a coisa mais fofa do mundo aquela baixinha. — Eu até mesmo amei o chato do Boninho e a maníaca da Maya, só me sinto um pouco deprimida por ter que ir embora hoje. E por favor, pare com essa brincadeira idiota de que eu sou namorada do Viana.

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Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora