Capítulo 42 :

1.1K 85 52
                                    


Assim que Arthur colocou as louças na máquina, resolveram que iriam ver um filme que para o desespero de Carla era de terror. Ela ficou sentada no sofá enquanto ele foi pegar o brigadeiro na cozinha.

Carla: Eu não quero ver filme de terror. — disse baixinho enquanto agarrava o braço dele. Arthur olhou para o lado e sorriu ao ver ela toda encolhida no sofá.

Arthur: Ah Carla esse filme é besta, nem dá medo! — revirou os olhos e ela fez um biquinho. Não era brincadeira, ela realmente tinha muito medo desses filmes, embora soubesse que não deveria mostrar aquilo para ele.

Carla: Se eu não conseguir dormir de noite a culpa é sua e desse filme besta.

Arthur: E quem disse que você vai dormir? — abriu um sorriso para ela que engasgou com o brigadeiro e começou a tossir.

Carla: Começa logo Arthú. — completamente incomodada com aquela frase dele, pediu e ele apertou o play e logo apareceu na tela as primeiras cenas de Jogos Mortais 5. — Sangue! Sangue! — gritou e tampou os olhos quando em uma das primeiras cenas apareceu sangue. Ela tinha pavor de sangue! E Arthur descobriu isso quando ela pulou em cima dele, montando nas pernas dele.

Arthur: Carla! — a chamou e reparou que ela escondia a cabeça entre a curva do seu pescoço. Aquela proximidade, as pernas dela roçando na sua, estava o fazendo desviar a atenção do filme constantemente.

Carla: Você não disse que esse filme era besta? Que nem dava medo? Olha querido, isso não dá medo somente em você, porque Deus me livre! Tira isso. — continuou falando escondida no pescoço dele e Arthur gargalhava que nem criança de todo o desespero dela por um filme tão besta. Mas agora que sabia que ela tinha medo e ficava naquelas posições por aquilo, não tiraria tão cedo aquele filme.

Arthur: Fica calma Carla. — acariciou a coxa dela e realmente começou a se aproveitar da situação.

Em duas horas de filme, uma hora e cinquenta e nove minutos Carla gritou e ao perceber que Arthur estava se aproveitando dela, acabou nem mais prestando atenção no filme. Ele passeava a mão pelas pernas dela, por dentro de sua blusa, fazendo sua pele pegar fogo em cada lugar que ele passava o dedo.

Carla: Aleluia acabou! — deu um pulo de cima dele, assim que os créditos começaram a passar. Estava com os cabelos revoltos e o rosto completamente vermelho, pelas carícias indecentes dele durante o filme.

Arthur: Medrosa. — levantou do sofá, para levar a louça na cozinha e ao voltar, Carla estava sentada em uma poltrona, o olhando.

Carla: Eu acho que já vou. — ao dizer aquilo, ele arqueou a sobrancelha e abriu um sorriso debochado.

Arthur: Isso é o que você acha. — andou até ela e se abaixou, fazendo Carla olhar para cima, mostrando a ele aqueles olhos lindos cor de mel. — Entrou aqui não sai tão cedo... Ainda mais depois de ficar um filme inteiro com minhas mãos em você.

Carla: Arthú... — ficou boquiaberta com a sutileza dele em lhe convidar para uma noite de sexo.

Por mais que soubesse que tinha que ir embora, porque sua mãe com toda certeza estaria a esperando, ela não queria ir. Afinal, ela tinha ido até ali com aquela ideia, ela queria sim mais uma noite com Arthur, por mais que fosse difícil admitir aquilo. Sabia muito bem que estava fazendo errado em repetir a dose com ele e deixar que se sentisse tão atraída e próxima dele, não era algo que fazia normalmente. Geralmente conhecia um cara em uma balada e depois saia do quarto pela manhã antes do cara acordar e ela se encantar, ou se arrepender. Após uma decepção amorosa, era o que pessoas normais faziam para não sofrer, para não se apegar. Mas com ele estava sendo diferente, ele a procurava e ela aceitava... E aquilo era errado, pois Arthur era extremamente encantador e não demoraria para ela se apaixonar por ele.

Arthur: O que foi? — perguntou ao ficar preocupado com o olhar dela para ele. Ela parecia tão confusa.

Carla: Não sei... Me deu uma sensação estranha agora. — deu um sorrisinho pequeno e levantou da poltrona, caminhando pela sala.

Arthur: É frio. —!foi atrás dela, que se aproximava da porta da varanda aberta.

Carla: Não é frio! — revirou os olhos. — Eu acho que... — olhou para ele, sabendo que tinha que falar que iria embora, agradecer pelo jantar e pela companhia agradabilíssima e não atender as ligações dele nunca mais, mas simplesmente travou, desviou os olhos dos dele e mirou a piscina retangular no meio da varanda, completamente iluminada.

Arthur: Que... ? — perguntou um tanto impaciente pela reação que ela estava tendo, não era muito comum a Carla ficar quieta pensando.

Ela ergueu os olhos novamente e pensou no que teria a perder se fosse embora daquele apartamento. Ela sabia que se arrependeria, tanto por não ter ficado com ele, tanto por ter se apaixonado... Pelo o que valia a pena tentar?

Carla: Que eu vou dormir aqui mesmo, afinal está muito frio. — falou baixinho, tentando sorrir do melhor jeito possível. Ele soltou o ar e abriu um sorriso. Era aquilo, ela tentaria, até quando ela conseguisse. — Posso?

Arthur: Não precisa nem perguntar, loirinha. — a segurou pela cintura, obrigando Carla a vir para frente e unir os lábios dela aos seus.

Ela cercou o pescoço dele com os braços, querendo sentir ainda mais o corpo dele em contato com o seu e sentiu novamente aquela sensação maravilhosa de isolamento, se estar em cima de nuvens e esquecer que havia um mundo lá fora, esquecer os problemas, esquecer quem ele ou ela eram, tudo virava pó quando estava com ele. Ele sabia como agir com ela, como fazer seu estômago girar, seu coração bater mais rápido e seu corpo tremer como se estivesse em uma geleira somente de biquíni. Ele sabia como fazer uma mulher feliz.

Comentem

Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora