Capitulo 53 :

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Arthur:  Já disse que eu adoro estar com você? — abriu um sorriso fofo — Senti saudades suas, Dona Carla.

Carla: Eu não devia falar para inflar ainda mais o seu ego, mas eu também, senhor Picoli. —  Sorriu abertamente.

Arthur: Ainda mais por ter aguentado a viagem depois da foto... — o sorriso dele mudou em um milésimo para um sorriso safado, carregado de malícia. Carla fechou os olhos e tampou o rosto com as mãos. — Você estava bêbada não estava?

Carla: Pior que não. — respirou fundo e tomou coragem de olhar para o rosto dele. — Só queria provocar.

Arthur: E conseguiu... — ela que sentiu suas bochechas pegarem para fogo. — Sabe que vai ter que pagar pelo que fez mais tarde não sabe?

Carla: Ah Arthú... — respirou fundo e tentar manter a calma.

Arthur reparou no tanto que ela estava vermelha e não entendia nada. Por telefone e por mensagens ela era completamente solta e descontraída, mas bastava estar na frente dele que corava de um modo assustador. Riu um pouco dela e bebeu sua taça, percebendo ela sugando discretamente o suquinho dela.

Arthur: Por que não bebe nada alcoólico? — perguntou mais uma vez empenhado em saber mais um pouco de vida dela.

Carla: Prometi que nunca iria beber mais depois de tomar um porre. Eca, não gosto nem de lembrar daquele dia. — fez cara de nojo ao lembrar de tudo o que aconteceu. Foi seu primeiro e último porre, assim como esperava. Beber para esquecer os problemas não é uma ótima ideia, era um fato.

Arthur: Por que tomou esse porre?

Carla: Problemas... — revirou os olhos e logo em seguida respirou fundo. Não era agradável lembrar aquelas coisas na frente de Arthur.

Arthur: Com o namorado? — Levantou a sobrancelha curiosa.

Carla: Eu falei que  não gosto de lembrar aquele dia. — tentou parecer divertida. O fato é que odiava lembrar toda aquela época triste e humilhante de sua vida, não queria lembrar pelo menos hoje naquele dia tão especial daquele traste.

Arthur: Ui, desculpa! —  Levantou as mãos para o alto e ambos riram.

O jantar chegou e os dois chegaram a comer sem tirar os olhos um do outro. Carla a muito tempo não se divertia com uma pessoa assim,

Carla era pura magia, feliz um bom humor contagiante e aquele lado misterioso dela o fazia querer mais e mais saber sobre ela. Sabia que algo estava errado com Carla, mesmo com todos aqueles sorrisos e bom humor os olhos dela não negavam a tristeza, estavam com um brilho profundo e triste, muito diferente do brilho dos olhos nos outros encontros dos dois. Iria perguntar depois, não queria estragar aquele jantar que está sendo tão e romântico para ambos.

Logo após terminarem o jantar decidiram ir embora. Arthur pagou a conta e logo depois saiu de mãos dadas novamente, chegaram em frente ao restaurante enquanto o manobrista foi o carro dele.

Arthur: Sabe... O jantar estava ótimo mais faltou uma coisinha lá dentro.

Carla: O que? — olhou para ele confusa.

Artur: Isso. — puxou ela pela cintura e grudou seus lábios ao dela.

Carla sorriu em meio ao beijo e logo abraçou Arthur ficando ainda mais colada nele. O beijo era algo mágico, uma coisa indescritível, diferente dos outros. Por que tudo com ela era diferente das outras? Uma coisa brilhante quase que obrigou os dois a se separarem. Olharam na direção da "coisa brilhante" e logo viram dois paparazzi clicando em cima deles. Carla ficou estática ainda um pouco tonta pelo beijo e cega pelos flashes, assim como Arthur que ficou totalmente sem reação.

O manobrista chegou com o carro e os dois logo entraram no carro como foguetes, não falaram absolutamente nada. Arthur parecia bravo, o maxilar travado e o rosto rígido, arrancou com o carro e se o paparazzi não tivesse desviado com certeza teria sido atropelado. Carla olhou pela janela vendo borrões devido à velocidade que Arthur estava, Carla estava com medo de ele estar chegando a duzentos km/h. Ficou quieta, afinal, algum modo precisava descontar a raiva. Ficou mais amedrontada por não saber nem onde estava, não conhecia aquele lugar.

Carla: Onde estamos? — calmamente falou, ainda temendo uma reação exasperada dele.

Arthur: Não sei. — falou no mesmo tom que ela desacelerando o carro.

Carla: Arthur... — entrou em pânico só de pensar que os dois poderiam estar perdidos. Olhou para o painel e relaxou ao ver um GPS instalado ali bom, perdidos não estavam.

Arthur: Não me conformo com a minha vida. Tem noção do que vai acontecer né? — olhou para ela.

Carla: Vão colocar a foto em uma revista e em todos os meios de comunicação. Ou seja, todos vão descobrir. — abraçou suas pernas.

Arthur: Você fala como se nos estivemos fazendo alguma coisa errada.

Carla: Não é nada disso! Você sabe do que eu tenho medo.

Arthur: Por Deus Carla! Você quer o que? Casar? Olha podemos ir para Las Vegas e...

Carla: Por que está dizendo isso para mim? — olhou para ele inconformada. Afinal, não tinha culpa de ele ate a agarrado em frente do restaurante e dois paparazzi tiraram fotos.
A culpa foi dele que a beijou em lugar público enquanto sabia muito bem que aquilo podia acontecer.

Arthur: Me desculpe. Você não tem a menor culpa. Mas tenho medo do que vão falar Carla. Esse povo é ruim, eles só querem ganhar dinheiro, só pensam nisso. Tenho medo não por mim, mas por você. —  acariciou o cabelo dela.

Carla: Como por mim?

Arthur: Eles são uns bandos de sanguessugas. Tenho medo deles te perseguindo por simplesmente estar comigo. Não quero que sua vida mude por estar comigo. Na verdade, o que mais zelo na minha vida é a descrição da minha vida pessoal e também das pessoas que me cercam. —  Disse e Carla apena a sentiu.

Carla: Entendo... —  Disse olhando para ele admirada. Arthur era a pessoa mais linda e fofa que já tinha visto em toda sua vida. — A partir do dia que você me beijou naquela sala de jogos, eu prometi para mim mesma que não importava o que estava para acontecer, eu queria e quero ficar com você. Mesmo com o risco de sua mãe me matar, dos paparazzi me perseguindo. Eu não me importo desde que nos dois estejamos juntos. — olhou para ele que estava perplexo com tudo o que ela tinha acabado de dizer. Até mesmo Lua estava assustada afinal, não conseguiu abrir a boca.

Arthur: Isso foi uma declaração?

Carla: Ainda não. — coçou a cabeça completamente confusa — Só foi para te dizer que você vai ter que me aguentar porque eu não vou sair do seu pé tão facilmente.

Arthur: Ótimo, porque eu também não vou parar de te irritar e nem deixar você livre para aqueles modelos com quem você trabalha.

Carla: Depois eu que sou ciumenta....

Arthur: Há, tenho que cuidar do que é meu.

Carla: E quem disse que eu sou sua? —  o desafiou e ele apenas revirou os olhos pela implicância dela.

Arthur: Bom, não é ainda no sentido literal da palavra, mas quem sabe daqui a alguns anos. —  Disse piscando para ela que abriu a boca chocada com o que ele acabou de dizer. — Ou você quer ir mesmo para Las Vegas?

Carla: Bobo. — deu um tapa no braço dele.

Arthur: Olha um mês e já começou a me agredir! Vamos parar? — murmurou para si próprio e Carla gargalhou por esse jeito divertido dele. — Vamos falar de coisa séria.

Carla: Ih, vai sobrar para mim! — fez uma careta animada.

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Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora