Capítulo 24 :

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Assim que repararam em Carla do lado de Pocah, todos as olharam, lembrando da situação anterior de Carla.

Pocah: Vou lhe apresentar meu marido. — puxou Carla pela mão até uma mesa perto da piscina, onde estavam além de Arthur e também Boninho e José.— Ronan . — cutucou a costela do marido que a olhou e abriu um sorriso. — Vim lhe apresentar minha nova amiga, Carla. — apontou para a Carla e Arthur arqueou a sobrancelha olhando para ela e logo depois para Arthur. Levantou da cadeira e foi até Carla, tomando a mão dela e a beijando.

Ronan: Ronan ao seu inteiro dispor. — fez uma mini reverência a Carla que arregalou os olhos um tanto assustada com aquela figura exótica. — Já lhe conhecia, pois Arthur me falou tanto de você, que ficou curioso e procurei fotos. O que é aquele ensaio de circo da GQ hein? Matou eu e o menino Picoli em três fotos. — ao dizer aquilo, Carla ficou tão vermelha, que mal conseguia mais olhar para Ronan, muito menos para Arthur que abaixou a cabeça e ficou mais vermelho que Carla.

A cena de Ronan e Arthur vendo suas fotos, em um ensaio para lá de sensual que fez para um editorial de moda, em um circo onde ficou suspensa em tecidos no ar apenas de lingerie a deixou inteiramente envergonhada. Arthur levantou do seu lugar e foi até Carla.

Arthur: Está tudo bem com você? Se machucou muito? — tentando suavizar o clima que Ronan causou, perguntou ao ver alguns arranhões no braço dela.

Carla: Tudo ótimo. — sorriu cinicamente e o olhou de um modo estranho, irritada. Se dependesse dele, ela estaria dentro da barriga daquele monstro em forma de cachorro.

Boninho: Parece que você tem concorrentes, hein menininha. — provocou os dois que engasgaram ao mesmo tempo, Carla pela vergonha e Arthur por não acreditar que seus próprios amigos estavam fazendo aquilo com ele.

José: Ronan e Boninho vocês não tem jeito mesmo, né? Estão deixando a garota completamente encabulada, parem com isso. — se manifestou e Carla o agradeceu em pensamentos. Finalmente alguém que falava algo sensato.

Pocah: Concordo com o seu Zé. Deixem os dois em paz. — olhou de canto para todos os homens que deram sorrisinhos significativos e logo mirou Carla, que estava tão envergonhada que o que mais desejava era sair correndo dali.

Já passava das nove da noite quando Carla entrou no salão de jogos da casa, após ser informada por Thaís de que todos estariam ali, conversando e jogando. Após uma tarde divertida na praia, ela foi para seu quarto tomar um novo banho e perto da hora indicada por Thaís, ela chegou no salão com vestidinho branco bem soltinho e uma rasteirinha branca, os cabelos ainda molhados e ondulados. Se sentia uma outra pessoa, parecia uma outra Carla, uma muito mais leve e feliz. Estava se sentindo limpa, relaxada e feliz. Precisava dessa viagem, para sair de toda sua rotina, conhecer novas pessoas, mudar um pouco de seus pensamentos e o resultado estava dando certo.

Ao chegar na sala, ficou deslumbrada com o local que era cheio de sofás brancos na frente de um telão gigante que passava um show do Thiaguinho, um dos cantores favoritos de Arthur. Todos os amigos dele estavam espalhados entre a grande mesa redonda jogando cartas, na mesa de sinuca, na de ping pong ou esgoelando no karaokê. Os amigos de Arthur eram extremamente divertidos e falavam alto, contando casos e piadas que faziam todos os outros rirem. Aquela união a deixou feliz, tanto que ela entrou distribuindo sorrisos a todos que a olhavam, admiradas com a beleza daquela mulher que todos os amigos, sabiam que era a mais nova conquista de Arthur.

Ela varreu os olhos pelo salão e o encontrou, a olhando do outro lado também admirado com tanta beleza natural e saudável, ele estava do lado de Ronan e Thaís, que quando perceberam a troca de sorrisinhos, cutucaram Arthur. Ela, sem saber muito bem como se enturmar com aquelas pessoas, puxou Carol, a menina da agência, para conversar em um dos sofás enormes. Não demorou muito, pois uma senhora veio anunciar o jantar e todos começaram a esvaziar a sala, inclusive Carla que levantou para ir comer, mas foi barrada com uma mão puxando seu braço a fazendo sentar novamente no sofá. Não precisou olhar para saber quem era.

Carla: Não vai jantar? — perguntou olhando nos olhos dele, enquanto sentia os pelos do braço dele roçando no braço liso dela, por estarem sentados grudados no sofá.

Arthur: Não estou com fome. — deu uma piscadinha para ela e Carla sorriu. Sem saber muito o que falar, continuou em silêncio, pensando na comida que estava na mesa, pois ao contrário de Arthur, ela sim estava com muita fome. — E você, está com fome?

Carla: Sim, muita fome. — piscou assim como ele e Arthur a mirou decepcionado. Que tipo de pessoa ela era que nunca caia no papo dele? Eles estavam ali sozinhos e ela tinha fome ao invés de aproveitar o momento com ele?

Beatriz vendo que seu filho não se encontrava na sala de jantar, foi até o salão de jogos chamar por ele e a cena que encontrou, revirou o seu estômago. Arthur estava sentado ao lado daquela loirinha, olhando para ela totalmente hipnotizado. Não era boba e sabia que seu filho não era um santo, mas também sabia que Arthur era extremamente desligado para ver o tipo de mulher com que ele se relacionava e Carla era uma daquelas que não tem oportunidades relevantes na vida e por uma imensa sorte, conhece seu filho e vê nele a chance de se dar bem. Por mais que ela tivesse aquela cara de sonsa, sabia que por trás de toda aquela voz doce e inocente, tinha uma mulher pronta para atacar seu filho e o bolso dele, como todas as outras que apareciam na vida dele.

Entrou na sala e fez o papel de mãe chata, obrigando Arthur a comer na mesa, sob os olhares assustados de Carla, que resolveu obedecer Beatriz e sair junto dela e Arthur para a sala de jantar.

Assim que todos estavam devidamente alimentados, voltaram para o salão de jogos e começaram uma partida de truco, deixando apenas Carla e Thaís de fora, uma por não saber jogar e outra por não gostar, mas para não ficarem sem fazer nada, ficaram ao lado de Arthur o ajudando.

Ronan: Isso não vale, é muita sorte mesmo! O cara já é bom e ainda tem duas gatas ajudando ele. — cruzou os braços e piscou para as duas meninas que riram e logo depois recebeu um beliscão de Pocah. — Calma amor, não sou pedófilo nem fura olho de amigo. — piscou para a esposa e logo depois olhou para Arthur, que sorriu e olhou para Carla, que como sempre, estava vermelha e desejando um buraco nos seus pés.

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